A informação é de que o ministro não quis receber a comitiva por entender que não tinha uma posição oficial de parte do próprio órgão
Apesar de estar agendado, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, não recebeu a comitiva da Serra Catarinense que foi a Brasília tratar do embargo pelo Ibama em várias propriedades da Coxilha Rica. A reunião estava marcada para quarta-feira (13). Porém, de positivo, foi o encontro com o Fórum Parlamentar Catarinense, que conheceu detalhes sobre o procedimento de agentes do Ibama.
Conforme explicou o presidente do Sindicato Rural de Lages, Márcio Pamplona, os parlamentares ouviram e entenderam, pois, muitas vezes eles não têm a informação e não sabem da realidade. Foi uma oportunidade para explicar bem a situação e o risco de novas notificações no restante da região e no Estado de Santa Catarina. “Agora eles ficaram imbuídos em uma missão de conversar com o Ministério do Meio Ambiente e com o Ibama”, disse o dirigente.
Márcio Pamplona disse que o Ministro não quis receber a comitiva por entender que não tinha uma posição oficial de parte do próprio órgão. Portanto, ele não poderia dar uma resposta de imediato, e, por isso, achou melhor não se envolver nesse primeiro momento. Por outro lado, os deputados, por ser um ano importante para eles, vão poder agir com mais força na resolução do problema.
Notificações do Ibama
Há pouco mais de uma semana, fiscais do Ibama notificaram diversas propriedades da Coxilha Rica, na Serra Catarinense, baseado na Lei da Mata Atlântica, em relação à supressão da mata nativa para o plantio de lavouras. Para o Ibama, considerando que o Estado de Santa Catarina está totalmente inserido no Bioma Mata Atlântica, entende que qualquer tipo de supressão vegetativa, inclusive a de campos nativos, necessita de prévia autorização dos órgãos ambientais.
Por sua vez, os produtores afirmam estarem respeitando o Código Florestal Estadual e Federal, com base na legislação do IMA e não poderiam ter sido notificados. Tal imposição do Ibama afeta diretamente milhares de famílias e pode prejudicar investimentos com perspectivas de geração de novos postos de trabalho e retorno econômico aos municípios.
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