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Correia Pinto

Aeroporto Regional deve alavancar economia

  • Cláudia Pavão

A previsão da realização de voos comerciais no Aeroporto Regional do Planalto Serrano dá fôlego à administração do prefeito de Correia Pinto, Edilson Germiniani dos Santos, que está a pouco mais de um mês no cargo. A expectativa é alavancar a economia, principalmente nos setores de serviço e turismo. Os primeiros contatos já foram realizados neste sentido e tudo depende do início oficial da operação.
O aeroporto está pronto e a Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, publicou no dia 19 de janeiro, a Portaria de Certificado Operacional para voos comerciais regulares. A autorização da agência permite a operação de aeronaves com capacidade acima de 200 lugares. Segundo o prefeito, as negociações avançam com a empresa Azul Linhas Aéreas, que até o início de 2020 operava em Lages.
O prefeito aguarda também uma visita oficial do governador de Santa Catarina, Carlos Moisés. A agenda estava programada para 21 de janeiro e foi cancelada. Em solo correiapintense, Moisés deve anunciar o Programa de Fortalecimento da Aviação Regional em Santa Catarina, que prevê a redução da alíquota de ICMS para empresas que operam em aeroportos regionais. O lançamento seria na Serra porque a ideia do programa nasceu de uma iniciativa dos empresários da Acil de Lages, que buscaram o apoio de vários políticos para obterem a redução do imposto, principal pedido das empresas aéreas para manterem a operação. O benefício ficou da seguinte forma, as empresas que operam em até três destinos pagam 17% de ICMS, quem opera em mais de quatro destinos paga 12% e quem opera em seis ou mais destinos paga 7% de imposto.
Edilson Germiniani comenta que está sendo procurado por muitos empresários interessados no serviço. "Atualmente, o aeroporto já pode receber voos particulares, mas é muito importante que tenha voos regulares. Existe uma demanda muito grande de pessoas interessadas, tanto da Serra Catarinense quanto de regiões próximas, como Alto Vale do Itajaí e Meio Oeste."
Com a suspensão das atividades da empresa Azul em Lages, o aeroporto em operação mais próximo da região é o Hercílio Luz, em Florianópolis, o que dificulta muito a logística, principalmente em relação à distância e ao trânsito da capital catarinense.
A possibilidade clara de operação desperta o interesse de investidores. O prefeito não pode revelar nomes, mas diz que foi procurado por pessoas interessadas em investir na região das Águas Sulfurosas, a mesma onde está instalado o Aeroporto Regional do Planalto Serrano.

Ligação com Palmeira
A realização de voos comerciais no aeroporto regional pode contribuir para desengavetar o projeto que prevê a pavimentação entre Correia Pinto e Palmeira. Além de facilitar o transporte entre os municípios, o asfalto facilitaria o acesso de pessoas que residem na região do Alto Vale ao aeroporto, evitando um longo contorno pela rodovia BR-116.
Esse projeto foi discutido em reunião realizada na Câmara de Vereadores de Correia Pinto, há cerca de 10 anos. Na época, a empresa Klabin se comprometeu em fazer o projeto e custear a obra. A despesa seria amortizada no ICMS devido pela empresa ao estado.
Equipes do Governo do Estado estiveram na estrada para analisar a situação, mas o projeto não avançou.
São quase 30 quilômetros de estrada e a obra é considerada cara, já que exigirá a indenização de vários terrenos e a construção de pontes, viadutos e terceiras faixas. Mesmo assim, a expectativa da administração é que se encontre uma forma de realizá-la, o que seria de grande benefício para toda a região.

Saúde e estradas são as prioridades
Com o apoio de vereadores, o prefeito de Correia Pinto mantém contato com deputados estaduais em busca de recursos para o município. Com o mesmo objetivo, tem viagem marcada no dia 8 para Brasília, onde falará com a bancada catarinense. Esses contatos já garantiram R$ 3 milhões, parte desse recurso, cerca de R$ 900 mil, Edilson Germiniani diz que conseguiu em 2020, antes mesmo de assumir o cargo.
São recursos que serão utilizados principalmente na recuperação das estradas. O prefeito avalia que a maioria foi destruída em função dos mais de 20 dias de chuvas. "Em alguns dias choveu mais de 100 milímetros. Assim que tivermos uma semana de tempo seco colocaremos as máquinas para recuperar. Vamos alugar algumas para agilizar os trabalhos. Não podemos deixar nosso produtor rural na mão. A colheita de melancia já começou e temos as outras safras, a exemplo da moranga."
Além das safras, que já começaram a ser colhidas, o prefeito está preocupado com o retorno das aulas, previsto para o dia 18 de fevereiro. As estradas precisam estar em condições para receber o transporte escolar. Ponto positivo é que a prefeitura já tem uma cascalheira licenciada para extrair o minério.
Na área da Saúde, Edilson Germiniani avalia que conseguiu solucionar o problema da falta de médicos e de técnicos em enfermagem. A contratação ocorreu nesta semana e, como ele mesmo define, agora é preciso acompanhar os trabalhos para ver se não surgem novas demandas.
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