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Hospital Tereza Ramos

Obra é retomada, mas sem previsão para abrir as portas

  • Diretor Maurício Batalha

    Cláudia Pavão

Parada há dois anos, as obras da nova ala do Hospital Tereza Ramos, em Lages, voltam a ter continuidade, a fim de possibilitar a abertura das portas e oferecer os serviços de saúde a uma população de cerca de 300 mil habitantes da Serra Catarinense.

O diretor-geral do hospital, Maurício Batalha, informou, em coletiva à imprensa, que para a retomada da obra, Estado e empreiteira precisaram fazer um encontro de contas, o que aconteceu em 19 de março deste ano. A partir daí, a empreiteira retomou os trabalhos.

Além disso, decisões referentes à estrutura do hospital precisam ser tomadas para a continuidade dos trabalhos, a exemplo da forma como serão ocupados os espaços.

O novo prédio conta com sete pavimentos, o subsolo, de acordo com Batalha, deverá ser ocupado com a emergência, a qual atenderá as emergências oncológicas, obstétricas e ginecológicas, podendo, ainda, agregar outras especialidades. "Mas isso será amplamente debatido, antes de se definir as especialidades."

No térreo, a ideia é implantar os procedimentos de imagem, sendo que os aparelhos, a exemplo do tomógrafo, já foram comprados e a estrutura necessária para a instalação desses equipamentos, como a baritagem (colocação de produto utilizado na blindagem de ambientes que serão expostos à radiação) das salas, está concluída, faltando apenas alguns acabamentos. Para este setor, o Estado também licitou uma torre de endoscopia, com dois endoscópios, dois colonoscópios e dois broncoscópios, ampliando a capacidade de atendimento da unidade. "Hoje temos apenas um aparelho para realizar todos esses exames. Também já licitamos um aparelho novo de Raio-X, e ainda teremos um ultrassom novo e um tomógrafo", comparou o diretor.

No primeiro e no segundo andares, também de acordo com Batalha, há uma discussão sobre a necessidade de serem implantados mais leitos de UTI Covid ou se há maior necessidade de leitos de enfermaria. Dependendo da decisão, a obra tem de se adequar às questões técnicas, já que cada situação exige equipamentos e procedimentos diferentes. "De qualquer forma, o primeiro andar está pronto para receber 20 leitos de enfermaria ou 30 de enfermaria, dependendo da destinação definida. Também faltam os equipamentos periféricos. São muitos ítens."

O terceiro andar foi destinado à UTI Covid, onde estão 24 leitos, já funcionando. No quarto andar será o centro cirúrgico, com 10 salas de cirurgia. O problema nesse setor, também é técnico, a exemplo das saídas de ar-condicionado que foram instaladas no local onde deveria ser o foco cirúrgico. "Para resolver o problema, tivemos de chamar as empresas do foco cirúrgico, do ar-condicionado, as secretarias de Infraestrutura do Estado, e da Saúde, para discutir, tecnicamente, qual a melhor alternativa. Com isso, quero dizer que tudo é muito complexo na construção de um hospital e a demora para a conclusão, se deve, também a isso", disse Batalha.

O diretor destaca que apesar das dificuldades, das questões técnicas, dos inúmeros detalhes que envolvem essa construção, tudo está providenciado, inclusive o processo de homologação do heliponto. "Não tem nada parado", afirma.

Presente à coletiva, o representante regional do Governo do Estado na Serra Catarinense, Lucas Neves afirmou que a velocidade das obras não é a que gostaria que fosse, mas que deve obedecer à lei das licitações, que é de 1993, e mesmo assim o poder público tem de segui-la. "Por isso, queremos mostrar a vocês o que estamos fazendo. O maior interessado para que esta ala funcione na totalidade, é o próprio Governo do Estado, porque a função deste hospital é atender às pessoas", disse Lucas Neves.


Sobre a nova ala

A nova ala do Hospital Tereza Ramos (HTR) tem mais de 26 mil metros quadrados, e é constituída por cinco andares, sendo sete pavimentos. Começou a ser construída em 2013 e era para ter sido concluída em 2015.

A parte física do novo prédio do Hospital Tereza Ramos teve um custo de R$ 86 milhões, pagos pelo Governo do Estado por intermédio do programa Pacto da Saúde. Já as passarelas, que ligam a ala nova à antiga, custaram R$ 3.174.552,81.

Os móveis foram adquiridos por R$ 1.392.077,00. Além disso, foi realizada licitação de R$ 11 milhões para a compra de aparelhos, como instrumentos médicos e outros itens.

Com a ampliação, o hospital deve se tornar um dos mais modernos do Estado e melhorar o seu trabalho como centro de referência para o tratamento de câncer.


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