Com o avanço da vacinação, 213.804 doses aplicadas até ontem (14), a velocidade de contágio do novo coronavírus também perdeu força em Lages, a exemplo do que também ocorre em outros municípios da Serra Catarinense e do Brasil. O setor de triagem, que analisa a situação de pessoas com suspeita do vírus, contabiliza uma redução de 60% no número de atendimentos entre os meses de janeiro e setembro deste ano.

Em janeiro, a unidade de triagem ainda funcionava nas dependências do antigo Pronto Atendimento Tito Bianchini. Na época, foram 6.258 atendimentos. Agora na UPA, no mês de setembro foram atendidos 2.512 casos.

Os dados foram informados pela Secretaria de Saúde de Lages. Também segundo o boletim, as UTIs Covid de Lages e da Amures estão com ocupação de 11%, baixa se considerarmos que há alguns meses estava em 100% e havia fila de espera de leitos. Ontem, uma pessoa aguardava por um leito na UTI Geral.

Os atendimentos na Enfermaria da Upa também caíram de 9.859 em janeiro para 8.746 em setembro. São casos clínicos de toda ordem. Vale lembrar que além da população de Lages, a UPA também atende pessoas de outros municípios da Serra Catarinense. Essa procura se intensifica principalmente nos finais de semana, quando diversos municípios não oferecem atendimento médico local.

Pediatria voltou para o Seara do Bem

Em janeiro de 2020, a UPA de Lages havia absorvido também o atendimento clínico de crianças e adolescentes. Somente os casos de urgência e emergência continuavam no Hospital Infantil Seara do Bem. Com o avanço da pandemia, em março deste ano a Prefeitura de Lages reforçou seu convênio com o hospital, que voltou a atender todos os casos envolvendo crianças, ao menos até dezembro de 2021.

Apesar de não divulgar números, a Secretaria de Saúde informa que o valor repassado ao hospital foi revisado, conforme solicitação que o Hospital Infantil apresentou, devido ao aumento da demanda que exigiu o aumento da equipe. Tentamos contato com a direção do Seara do Bem para falar sobre o tema, mas não fomos atendidos.

Fato é que antes do atendimento ser absorvido pela UPA, a reclamação de pais era constante em relação a demora no atendimento por parte do Seara do Bem. Algumas crianças aguardavam até por quatro horas para passar por avaliação médica. Colocando dois médicos à disposição, a UPA resolveu o problema de filas, assim que assumiu o serviço.