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Maurício Batalha

Missão é abrir a noova ala do Hospital Tereza Ramos

Advogado, ex-vereador pelo partido Cidadania, esteve ao lado da deputada Carmen Zanotto quando ela era secretária de Saúde do Estado, e foi executivo da Secretaria de Saúde de Lages. Essa e outras experiências o credenciaram a assumir a diretoria do Hospital Tereza Ramos, que é um dos mais importantes de Santa Catarina.


Folha da Serra_ Com a pandemia, qual a situação que o senhor encontrou o Hospital Tereza Ramos?

Maurício batalha_ A gente tem uma situação delicada em relação aos profissionais e neste momento. Mas encontrei o hospital com boa organização. Servidores muito aliados e a situação muito bem encaminhada e a gente veio somar à equipe, aliando a experiência que a gente já teve na Secretaria da Saúde, entre 2003 e 2009, tentando destravar alguns processos que o hospital tinha. Mas a organização do hospital, a questão de andamento e o comprometimento, tanto do setor administrativa, quanto dos setores técnicos, me deixou muito surpreso positivamente. O hospital tem excelentes servidores em todas as áreas. Aqui na gestão, tudo que demandei, não levou mais de duas horas para que eu tivesse em mão. No entanto, existem aqueles pequenos 'atravancamentos' do setor público, e esta foi a função me dada pelo governador Moisés e pelo secretário de Estado da Saúde, André Motta; o secretário adjunto da Casa Civil, Juliano [Polese]; o secretário da Casa Civil, Eron [Giordani], com os quais a gente conversou, e o próprio Lucas Neves que está fazendo esta interlocução entre a região e o Governo. A gente tem trabalhado em consonância e isso tem me deixado muito aliviado. Não é uma missão fácil. É o momento Covid. Liberação de abertura de leitos no prédio novo, hoje nós temos 36 leitos de UTI, todos em funcionamento. No prédio novo, são 26 leitos UTI Covid, no prédio velho são mais 10 leitos UTI Covid e temos mais 10 leitos de UTI para as demais patologias; somando um total de 46 leitos de UTI funcionando no Tereza Ramos.

Estamos junto ao Governo do Estado para a abertura de mais nove leitos de UTI ainda no prédio antigo, para atendimento à Covid. Estamos à espera de equipamentos, que há uma escassez no mercado, de insumos de medicamentos; estão todos trabalhando no limite.

A nossa missão é cuidar da Covid nos nossos serranos e abrir as novas alas do hospital. A gente está trabalhando na organização junto à empresa [que construiu o prédio], e o governo todo está imbuído para tentar ajustar as questões [burocráticas], para que seja retomada a obra.


Fala-se muito na abertura de mais leitos para o atendimento da Covid, mas a nova ala do hospital foi idealizada muito além da Covid. Há uma expectativa de quando esta ala entrará 100% em funcionamento?

Não posso gerar expectativas e dizer que será daqui a 15 dias ou daqui a 15 meses a abertura. A missão dada pelo governador Moisés é que quanto antes ela [nova ala do hospital] seja aberta.

E o que estamos fazendo, é o levantamento de todas as demandas para a abertura desses 46 leitos que já abriram. E numa expectativa de abertura da nova ala, se abriam mais do que isso. O hospital é planejado para mais UTIs do que as 26 que já têm no terceiro andar. Pode-se abrir? Pode. Mas seria necessária uma reformulação de espaço. UTI não pode ter quartos fechados, teria de ter, pelo menos, um visor de vidro, e toda uma questão que não é simplesmente abrir uma UTI.

Nós, com os 36 de Covid e mais os oito nove que estamos tentando equipamentos no mercado; e outra coisa escassa que são os profissionais com conhecimento e capacitação na área de intensivista e o próprio enfermeiro e o técnico que têm de ter capacitação diferenciada. É um setor muito crítico para, simplesmente, abrir. Tem de abrir com todo o suporte.


Quanto falta para concluir esse prédio?

Estamos fazendo esse levantamento. Entre as questões, por exemplo, está a parede da sala do tomógrafo, que precisa ser baritada, mas na licitação, isso não estava incluído e vamos ter de fazer uma licitação ou um aditivo com a empresa. Esta decisão já está em Florianópolis.

Acredito que, brevemente, teremos novidades em relação à obra e à abertura [da nova ala do hospital].


Há falta de médicos e outros funcionários? Os que passaram no concurso já foram todos chamados?

Hoje, faltam profissionais. Todos estão, ou nos hospitais do Estado, nas unidades de saúde, nos centros de triagem. Chapecó teve de trazer médicos de São Paulo, do Mato Grosso. A gente tem processo seletivo para concluir. Outro problema são os profissionais que têm pego Covid. Na semana passada, foram oito ou 10 profissionais afastados. E faltam pessoas com capacitação para contratar, que não têm experiência. Eles estão exaustos, tem a questão psicológica de ir para dentro de uma ala Covid, o risco de ser contaminado.

Qual o maior desafio em administrar um hospital como o Tereza Ramos?

Neste momento, é dar condições para os profissionais para quando os pacientes com Covid chegam. Não se podem esquecer as outras patologias que são graves, como as cirurgias oncológicas; nós temos uma maternidade, com grávidas de alto risco; UTI neonatal, e temos de tentar dar o mesmo suporte dado à Covid. Mas, agora, o grande risco é a Covid. Então, o grande desafio é trabalhar sem deixar nem um desses setores perecer e também, concomitantemente, trabalhar para abrir o novo prédio, que é a missão dada.

Além disso, depois que passar a pandemia, vamos ter um grande gargalo que são as cirurgias eletivas e vamos ter de estar preparados para isso.

O hospital vai precisar muito da sociedade como um todo.


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