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Metas para o ano novo

Cuidados com o realismo e autoconhecimento

Em um estudo realizado pela Universidade de Scranton, na Pensilvânia, apenas 8% das pessoas conseguem cumprir suas metas de ano novo. Este dado evidencia um desafio recorrente: o planejamento de metas, embora impulsionado pelo otimismo do fim de ano, nem sempre resulta em conquistas concretas.

Com o término de um ciclo e a chegada de um novo, o clima de renovação e esperança leva muitos a traçar novas resoluções. No entanto, para que esses planos se tornem realidade, é essencial que o processo de planejamento seja estruturado de forma realista, levando em consideração as limitações pessoais e o autoconhecimento.

A psicanalista, filósofa e autora do livro “O Caminho para o Inevitável Encontro Consigo Mesmo”, Ana Matos destaca que o primeiro passo para um planejamento de metas bem-sucedido é compreender que o autoconhecimento é fundamental. 

“A ideia de começar o ano com grandes mudanças é uma reação emocional ao clima de transformação que caracteriza essa época do ano. 

As pessoas se sentem impulsionadas a estabelecer metas grandiosas, sem refletir adequadamente sobre o que de fato é possível realizar”, afirma Ana. 

Ela observa que, em muitos casos, essas metas são estabelecidas de forma impulsiva, levando à frustração e ao desgaste psicológico quando não são atingidas. 

Para Ana, é essencial refletir sobre o que realmente faz sentido no contexto de vida de cada pessoa. "É comum que as pessoas criem metas ambiciosas, como começar a terapia, praticar exercícios físicos regularmente ou adquirir uma nova habilidade. 

Porém, é fundamental analisar se essas metas são realmente compatíveis com a rotina e os recursos disponíveis", sugere a especialista. Ela destaca que, se o objetivo é, por exemplo, iniciar um processo terapêutico, é preciso definir um orçamento claro e um prazo razoável para começar. 

A psicanalista ressalta que o maior erro no planejamento de metas é a desconexão entre os desejos e a realidade de vida. “Estabelecer metas realistas não significa limitar os próprios sonhos, mas garantir que esses objetivos estejam alinhados com a realidade de quem se é, com os recursos disponíveis e com o verdadeiro desejo interior”, explica. 

Ao olhar para o ano de 2025, Ana Matos recomenda que, ao definir objetivos, as pessoas busquem equilíbrio entre suas aspirações e a realidade cotidiana. 

“Em vez de seguir uma lista de resoluções alimentadas pela euforia do final de ano, é crucial avaliar o que é viável, levando em consideração não apenas os sonhos, mas também as condições práticas que sustentam essas metas. 

O foco deve ser sempre o bem-estar e o crescimento pessoal, com metas que impulsionem a transformação sem sobrecarregar o indivíduo”, orienta.

O segredo do planejamento eficaz, segundo a psicanalista, está na harmonia entre o que se deseja e o que se pode efetivamente realizar. Ao adotar essa perspectiva, as chances de alcançar os objetivos tornam-se mais reais e sustentáveis, e o caminho para a realização pessoal se torna mais claro e possível de ser trilhado.

Fonte: Lapresse.com.br

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