Comarca de Lages se une à campanha contra a fome em apoio a instituições locais |
O Inter como elo entre pessoas e ações
Os eleitores decidiram, e Carmen Zanotto assumirá a Prefeitura de Lages no dia 1º de janeiro de 2025. Nos próximos quatro anos, a liderança do poder público municipal estará nas mãos de uma mulher, um fato inédito na história da cidade.
É raro que os eleitores de fato conheçam os programas de governo dos candidatos em que votam. É uma pena. Daríamos um passo de evolução como sociedade se mergulhássemos nas ideias e propostas de mulheres e homens públicos.
O plano de governo da Coligação Avança Lages, encabeçada pela prefeita eleita, não cita nominalmente qualquer entidade, órgão ou instituição, nem do setor público, nem do privado. E isso é positivo: é preferível, sempre, que não se fulanize ideias que se concebe para o bem comum. Planos de governos não são, ou não deveriam ser, ao menos, peças de marketing ou autopromoção.
Mas a leitura da peça da Coligação Avança Lages permite enxergar as possibilidades. Logo no início do documento, de 26 páginas, lê-se que a então candidata e seus apoiadores almejam quatro grandes transformações: “prestação de serviços de qualidade, proximidade com os cidadãos, gestão participativa e resultados efetivos”.
Aproximar-se dos cidadãos, um desses anseios, é um ato de construção orgânica. Nós nos aproximamos de coisas, pessoas e ideias com os quais nos identificamos - e o Inter de Lages, como bem sabemos, é a grande bandeira em comum de lageanos e serranos. Nenhuma instituição ou marca de Lages ou da Serra Catarinense mobiliza tanta gente há tanto tempo - e o Inter, vamos lembrar, completou, neste ano, 75 anos de existência.
É possível enxergar o Inter como ferramenta, como linha auxiliar, também em outros pontos do plano de governo. Quando o texto cita, na página 10, a proposta de se “fomentar o investimento nas categorias de base de esportes” e "organizar e promover eventos esportivos municipais” pode-se imaginar que o único clube de futebol profissional da região central de Santa Catarina seja o amálgama de esforços do gênero.
O Internacional é uma entidade privada, o que não significa que ele não possa ser um instrumento de ações que visem ao bem coletivo. Quando uma prefeitura municipal - qualquer uma - doa um terreno a uma fábrica de parafusos ou oferece a essa indústria isenção de impostos para ela se instalar em seu território, não se trata necessariamente de desvio de finalidade ou má-fé: sabe-se que ações como essas estimulam a arrecadação de impostos, a criação de empregos e o aumento da qualificação dos trabalhadores locais.
O Inter já é, na verdade, um instrumento de reforço de nossa identidade e melhoria da nossa qualidade de vida. Todos nos sentimos mais lageanos, afinal, quando vemos o time da nossa terra vencer jogos e campeonatos. E certamente isso faz um bem danado para a saúde.
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