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Inter 75 anos

Patrick Cruz

Zé Melo, o frasista

Já vai fazer dois anos que Zé Melo, o maior artilheiro da história do Inter de Lages, nos deixou. A saudade é grande, e quando ela bate, um jeito de ela não se transformar em melancolia é relembrar as tiradas bem-humoradas do ídolo.

Há alguns anos, ex-pupilos do craque colorado, que frequentaram a escolinha que ele teve com outro grande ídolo do clube, Martinho Bin, criaram no Facebook uma página apenas para reunir alguns dos bordões de Zé Melo. Era uma homenagem, mas também uma pequena provocação ao ex-camisa 7, que tinha seus arroubos de mau humor quando via a bola ser maltratada em treinos e jogos dos meninos. 

Abaixo, algumas das frases típicas de Zé Melo que seus ex-alunos reuniram na página. Aos colorados saudosos, vale o exercício de lê-las em voz alta, tentando reproduzir o andamento arrastado, malemolente, e o som um tanto anasalado da fala do artilheiro, que chamava a si mesmo de “Negrin” ou com o uso da terceira pessoa - e que, para acentuar o efeito cômico, errava pronúncias e concordâncias. A diversão é garantida.

“Tsáa! Nóis aí de se agasalhar bem pra nóis não aí de pegar um resfriado, uma boa tarde pro amigo!”

“Vai difrente e volta discosta.”

“Primeiramente boa noite para os amigos e que amanhã seja que nem hoje, mas diferente.”

“Que saudade que eu andava do amigo!”

“Zé Melo foi pra Ta-i-wan.” 

“Ei, William, você é muito fraco de resenha, gastei meu latim com você.”

“Vocês olha bem pra vocês vê, que vcs devam ver que até segunda feira vcs ja devam ta vendo oq q vai acontece !”

“Pow, que bonito vê os menino ontem récebendo o troféu de campeão e dano a volta ólimpica. Ééé, meu véi, enchendo o Negrin de orgulho!”

“É, meu véi, quem tem olho grande não entra no Japão!”

“Você já levou um ‘kong-fu’ chipanzé?”

“Vamo estourá o boca do sapo!”

“Vou deixar vocês irem um dia na venda, pra depois não ficarem: ‘Ô, Zé Melo, quero um chips, um bibalu’.”

“Se eu fosse um lutador de kong-fu, eu seria o ‘Negrin Voador’!”

“Sai daqui, peá, antes que eu enfie essa caneta na sua jingular.”

“Tsáá, hoje eu estou inspirado nos deuses da hiena.”

“Vai lá, fio duma égua, e me lembre depois de cortá esse teu cabelo feio.”

“Feliz Natal pros amigo, e que ano que vem o Negrin não precise de ser indelicado com ninguém, tá certo?”

“Tchau pros amigo!”


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