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Patrick Cruz

Inter 75 anos

Inter, uma obra coletiva

Na última semana de março, logo depois da eleição da rainha e das princesas da 34ª edição da Festa Nacional do Pinhão, cumpriu-se outra tradição, nascida há mais de uma década: as representantes oficiais do evento mais importante da cidade trajaram as vestes do time que a representa.

Assim como fizeram, desde 2011, as soberanas que as antecederam, a rainha Luana de Oliveira Martins e as princesas Anne Caroline Machado e Emilie Caroline Vedana posaram, sorridentes e orgulhosas, com a camisa do Inter de Lages. Diante delas estava o fotógrafo Nilton Wolff, autor das imagens e criador desse rito não-oficial, mas ainda assim cheio de significado, em que a nova realeza se apresenta com o manto vermelho.

Assim como grande parte dos milhares de lageanos e serranos, Nilton Wolff é um apaixonado torcedor do Internacional. O fotógrafo começou a capturar imagens de jogos e treinos do time no início dos anos 2000, quando estreou na imprensa local, mas, muito antes disso, nutriu o sonho de se tornar jogador profissional de futebol ao defender a equipe sub-20 do clube.

O jovem Nilton atuou inicialmente como volante, a mesma posição de seu ídolo, Martinho Bin, o atleta que mais vezes atuou pelo Inter na história. Mas, como fazia gols, mesmo atuando em uma posição eminentemente defensiva, o volante migrou para a ponta direita.

Com um filho recém-nascido, Nilton precisou deixar o futebol em segundo plano para procurar emprego. Mas é claro que o Inter seguiu em sua vida, como estava antes mesmo de ele exibir seus dotes nas categorias de base.

Nilton Wolff, que jamais foi dirigente do clube, criou a tradição das fotos em que as soberanas da Festa do Pinhão aparecem com a camisa colorada. A iniciativa é simples, informal, e sua força está justamente aí: um colorado achou que cairia bem unir dois dos principais símbolos da cidade em uma só imagem, e, tomada a decisão, foi lá e fez.

O Internacional de Lages é uma obra coletiva. Em 2024, o Inter vai completar 75 anos de fundação, um feito que não seria possível se centenas, milhares de pessoas não tivessem depositado um pouco de si na vida do clube ao longo desse tempo.

Não se precisa de decreto, documento ou registro em cartório para ajudar a transformar a vida de algo que nos diga respeito - seja da cidade em que vivemos, seja do clube pelo qual torcemos. Com sua série de fotos, Nilton Wolff prova que, para construir, basta querer.

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