Moradores do Coral e CDL Lages aprovam projeto de revitalização da praça da Paróquia do Rosário |
"O turismo na região da Coxilha Rica está efervescente." A avaliação é do secretário de Desenvolvimento Econômico de Lages, Álvaro João Mondadori Junior, o Joinha, que também responde pela Secretaria de Turismo. Para ele, o setor público tem verba muito limitada, mas a iniciativa privada está investindo muito no setor.
Um dos empresários que está investindo na região é Roque Pellizzaro Junior. Nascido em Curitibanos, o empresário foi presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e presidente do SPC / Brasil. Joinha comenta que esteve na propriedade de Roque, na Coxilha Rica. "Ele comprou uma casa de 1903, reformou inteira e agora quer abrir ao turismo."
Segundo o secretário, a intenção do empresário é receber no máximo três casais por vez. São hóspedes que não ficarão isolados, já que o objetivo de Roque é interagir com essas pessoas. "Ele quer participar da vida dessas pessoas e da mesma forma, quer que elas participem da dele," detalha Joinha.
Apesar do crescimento no turismo de São Joaquim e Urubici, o município de Lages ainda responde por 54% do setor na Serra Catarinense e com a pandemia o secretário diz que as pessoas estão preferindo viajar para o interior onde ficam distantes umas das outras e não precisam usar máscaras.
Essa tendência contribui para valorizar e movimentar o turismo rural ou de visitação a pontos turísticos. Com a pandemia, o setor de turismo foi um dos principais prejudicados. Agora, alguns empreendimentos estão conseguindo, ao menos, recuperar parte dos prejuízos.
Pesquisa confirma tendência
Um estudo realizado pela Agência de Desenvolvimento do Turismo de Santa Catarina (Santur) levantou um conjunto de dados e informações sobre o comportamento dos turistas no contexto da pandemia de Covid-19. A Pesquisa de Intenções de Viagens, publicada no dia 27 de outubro de 2020, apontou Santa Catarina como destino seguro, reforçou a tendência do turismo regional e a necessidade de cuidados contra a Covid-19.
As informações obtidas também permitiram traçar um perfil desse turista, que tem entre 30 a 39 anos, prefere viajar de carro, para deslocamentos num raio de até 300km e acompanhado da família. Utiliza buscadores online e redes sociais no planejamento, tem especial interesse em sol e praia e preferência por hotéis ou pousadas para 2 a 3 dias de permanência. Apesar de ver Santa Catarina como um destino seguro, na preparação da viagem leva em consideração ameaças como o risco de contaminação pela Covid-19 e a possibilidade de adiamentos em decorrência da pandemia.
O presidente da Santur, Leandro "Mané" Ferrari, avalia que os resultados da pesquisa vêm ao encontro do trabalho que vem sendo realizado desde o início da pandemia, como melhorias de infraestrutura turística e elaboração de protocolos sanitários para proporcionar um turismo seguro a visitantes, trabalhadores e empreendedores do setor.
"Mais que isso, confirma que estamos no caminho certo ao apostar mais fichas no turismo interno, revalorizando atrativos catarinenses e incentivando que nascidos ou residentes no estado conheçam mais de Santa Catarina. Ainda, demonstra que a Santur tem empreendido de forma assertiva no desenvolvimento de outros projetos, entre eles o de roteirização para valorização de atrativos e produtos em todas as regiões turísticas do estado", enfatiza Ferrari.
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