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Estiagem: Perdas superam os R$ 70 milhões

  • Captalist.com.br / Divulgação

No mês de dezembro, em Lages, choveu apenas 38,4 milímetros ou 30,4% da média histórica para o mês, que é de 126,3 milímetros. Esse é apenas um dos dados do Relatório de Perdas - Impacto da Estiagem Sobre o Setor Agropecuário em Lages, documento elaborado pela Epagri e Secretaria Municipal de Agricultura para embasar o decreto de emergência assinado pela Prefeitura de Lages. Somadas, as culturas acumulam prejuízos de R$ 71 milhões somente nesta safra, valor que pode aumentar de acordo com o agravamento da falta de chuvas.

As informações foram repassadas pelo extensionista rural da Epagri, José Luis Martins Alves, que também contribuiu no trabalho de campo. "O presente relatório técnico tem por objetivo descrever os impactos decorrentes da estiagem ocorrida no período compreendido a partir de novembro de 2021, no município de Lages - SC, conforme Declaração Meteorológica da Epagri Ciram. Durante este período observou-se que o volume de chuva precipitado no município ficou abaixo das médias históricas. Estes eventos climáticos contribuíram para uma série de perdas nas atividades agropecuárias do município, com destaque para as lavouras de grãos (feijão, milho e soja), fruticultura, olericultura, pecuária de corte e leite, bem como na falta de água para o consumo humano em muitas propriedades," diz o documento.

Em novembro do ano passado a chuva foi quase normal no município de Lages. Choveu 108,4 milímetros, ou 92,87% da média do mês. Dezembro choveu 38,4 milímetros, quando a média é 126,3 milímetros e em janeiro, até o dia 11, data em que foi fechado o relatório, havia chovido apenas 13% da média histórica.

Mas a estiagem é percebida desde 2017 na Região Sul, que abrange Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A partir de 2019 a situação se agravou e não há expectativa para se normalizar, ao menos nos próximos meses. As chuvas previstas devem apenas amenizar.

Desta forma, a Prefeitura de Lages vem recebendo diversas solicitações de produtores rurais na questão de abastecimento de água para consumo humano e animal. Foram recebidos pedidos de agricultores de diversas comunidades (Asa Verde, Macacos, Cadeados, Cajuru, Pedras Brancas, Boqueirão, Rancho de Tábuas). Essas pessoas são atendidas por um caminhão pipa, trabalho coordenado pela Defesa Civil.

O Decreto de Emergência deve facilitar a solicitação de seguros agrícolas e também a vinda de recursos estadual e nacional. Em 2021, por meio do Programa SC Mais Solo e Água, o Governo do Estado investiu R$ 100 milhões em financiamentos sem juros ou subvenção aos juros de financiamentos para apoiar a construção de sistemas de captação, armazenagem e distribuição de água no meio rural. Além da transferência de recursos para os municípios adquirirem equipamentos.

Foram 2,4 mil produtores beneficiados e serão 100 prefeituras atendidas. O Programa contará com mais R$ 200 milhões em investimentos nos próximos 2 anos.

Além disso, a Secretaria da Agricultura destinou R$ 4,5 milhões para aquisição de 126 distribuidores de água que foram cedidos para os municípios de Santa Catarina ao longo do último ano.

Principais perdas em Lages

Cultura          Perda          Valor (milhão)

Abóbora          50%             1,2

Milho              50%              27,0

Soja               30%              39,0

Leite              50%              1,3

Fonte: Epagri

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