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Em 2021, indústria alavancou empregos em Lages

  • As contratações da Berneck vão alavancar os números neste início de ano

    Rodrigo Lima / Divulgação

A indústria da transformação de Santa Catarina encerrou 2021 com a criação de 51.715 novas vagas formais de emprego. Analisando-se apenas este setor, o resultado coloca o estado na terceira posição no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo (112.983) e Minas Gerais (58.396). O destaque deste setor também é observado em Lages. Das 1.939 vagas geradas no ano passado, a Indústria registrou 978, ou 50,4% do total.
Os números foram divulgados essa semana pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que fechou os resultados de dezembro de 2021. No último mês do ano, Lages teve um resultado negativo com o fechamento de 666 vagas, nada que estragasse o bom resultado, o melhor dos últimos 10 anos para o município.
O vice-presidente regional da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) para a Serra Catarinense, Israel Marcon, acredita que o setor continuará crescendo em 2022, mas não no mesmo ritmo, até porque além da pandemia, as eleições geralmente retraem novos investimentos. "Temos a Berneck que vai contratar cerca de 450 pessoas este ano, puxando os números para cima. Temos também empresas ampliando, a exemplo da Klabin e GTS. São ampliações significativas em valores, mas que não terão tanto impacto na geração de emprego."
Ou seja, Israel tem boa expectativa para 2022, mas avalia que 2021 foi um ano muito interessante para a indústria, com um resultado difícil de ser replicado este ano.
A Indústria gerou 978 vagas e fechou o ano com 11.023 pessoas empregadas no setor. O Comércio criou 594 e mantém 11.007 pessoas em regime de CLT. Curiosamente, o setor de Serviço, que possui 16.023 pessoas, fechou o ano com apenas 7 novas vagas de saldo.
Santa Catarina
De acordo com análise do Observatório Fiesc sobre dados do Novo Caged, divulgados nesta segunda-feira, 31, a indústria catarinense foi responsável por 11,8% da abertura de novas vagas formais do setor no país.
"Santa Catarina vive hoje uma realidade de pleno emprego, com a menor taxa de desocupação do país. A indústria catarinense tem uma contribuição fundamental neste resultado. A qualidade e a competitividade das nossas empresas geram oportunidades de trabalho e renda, impulsionando o desenvolvimento do estado e criando um ciclo virtuoso para a nossa economia", afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
Com relação ao saldo geral de emprego, Santa Catarina encerrou 2021 com a abertura de 167,9 mil novas vagas formais, o que representou 6,1% do total nacional e a quinta posição entre os estados. O maior resultado foi registrado no setor de Serviços (66.806), seguido pela Indústria (66.229), Comércio (33.548) e Agropecuária (1.271).

Subsetores
Santa Catarina registrou em 2021 a maior expansão na atividade industrial do país, com crescimento de 12,4% até novembro. A demanda por Bens de Capital impulsiona esse resultado. De acordo com o economista do Observatório FIESC, Marcelo de Albuquerque, o setor de Máquinas e Equipamentos aumentou o total de pessoas empregadas em 13,4% em 2021, com abertura de 6.860 novos postos de trabalho. Da mesma forma, no setor de Metalmecânica e metalurgia, a variação foi de 10,8%, com geração de 6.124 novas vagas.
Outro destaque está na Indústria Automotiva, que apesar dos entraves na cadeia logística, gerou 2.549 novas vagas. Houve um bom desempenho na atividade de cabines, carrocerias e reboques, com incremento de 22,4% nas vagas formais do setor em 2021.

Brasil
Com os dados do mês de dezembro do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), o ano de 2021 encerra com saldo positivo e histórico de 2.730.597 milhões de novas vagas de emprego. Desde o início do governo, de janeiro de 2019 a dezembro de 2021, já são 3.183.221 milhões de vagas com carteira assinada.
O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, destacou o trabalho realizado pelo Governo Federal na manutenção de empregos e na melhoria do ambiente de negócios no país, o que contribuiu significativamente na geração de novos postos formais de trabalho.
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