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Gilberto Ronconi

Continente das Lagens será presente de aniversário para a cidade

O superintendente da Fundação Cultural de Lages falou com exclusividade ao Folha da Serra sobre o lançamento da reedição do livro Continente das Lagens, da Festa do Pinhão e do Fetel.


Folha da Serra_ Apesar da pandemia, os equipamentos da Fundação Cultural continuam. Uma das ações é com relação à Páscoa?

Gilberto Ronconi_ Pensamos em criar alguma coisa que trouxesse um pouco de positividade e esperança para o cidadão. Então, criamos pela primeira vez, o Jardim da Páscoa. É uma coisa simples, é o início de um grande evento, que pode crescer muito ao longo dos próximos anos. Temos ali na Praça João Costa, no calçadão, no espaço cultural Aristiliano Ramos, um cenário de Páscoa. Uma decoração para que as pessoas possam ter um pouco de felicidade no momento que passam por ali, fazer o seu registro. Tem a toca do coelho, tem algumas figuras emblemáticas da Páscoa, principalmente para as crianças. Mas em relação ao cristianismo, como você falou, como é um momento de reflexão, um momento de paz interior e de ressurreição de Cristo, é um momento de nos reinventarmos. De ressurgirmos de uma coisa que está acontecendo, e sabermos enfrentar isso com positividade, com esperança que tudo vai dar certo. É uma ideia que tivemos, através da equipe de artesãos e artesãos, também em conjunto com a Secretaria de Assistência Social e com a participação da Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente.


A exemplo do que ocorreu no Natal passado, vai haver algum evento virtual?

Não. É uma inovação, inédito na cidade, nunca tinha sido feito algo relativo à Páscoa. É um projeto piloto, que estamos lançando para que possa crescer e entrar no calendário de eventos do município. Pensamos em fazer alguma atividade artística, mas em vista da pandemia, temos de respeitar os decretos vigentes. Vamos deixar a decoração estática, para que as pessoas possam ir lá, fazer sua foto, principalmente as crianças, que possam contemplar aquela decoração tão bem feita pelos nossos artesãos e artesãs, de uma maneira 100% caseira, com materiais que já tínhamos, a custo, praticamente, zero.


Havia a expectativa de uma retomada do Fetel (Festival de Teatro de Lages). Ainda se pensa nessa possibilidade?

O Fetel é um sonho nosso, desde 2017, fazer a retomada do festival. Neste ano, temos a esperança de realizá-lo, porque sempre acontece de setembro para frente e, neste ano, programamos para que acontecesse em novembro. Estamos com o regulamento em andamento, estudando algumas novidades, modificações, tendo em vista essas novas adequações, mas queremos que aconteça, como sempre foi feito, não em caráter competitivo, mas em caráter de mostra, convidando grupos de fora, mas dando oportunidade para os grupos aqui de Lages para fazerem aquela chamada, novamente, do Fetel. O teatro sempre foi muito forte em Lages. Ele nasceu aqui há muitos anos e sempre teve características bem marcantes, como um dos maiores festivais de teatro do país. Queremos retomar isso aos poucos.

Há alguns anos criamos, na nossa Escola de Artes, o curso de teatro e temos uma grande quantidade de alunos muito interessados pelo teatro.

E temos a nossa Alte, a Associação Lageana de Teatro, que são os nossos 'dinossauros', que passaram pelo auge do teatro de Lages, e sempre nos ajudam. Estamos conversando com eles para montar o regulamento e voltar a fazer o Fetel, para que volte a fazer parte do calendário de eventos de Lages.


Sobre o aniversário de Lages. Quais as novidades para este ano?

Este ano, o aniversário de Lages tem uma característica muito bacana. Vamos fazer 254 anos de existência. Porém, a instalação da Vila de Lages completa 250 anos. Nós temos, também, de uma empresa 100% lageana, do Públio e do Serginho Sartori, a proposta de uma exposição ressaltando esses 250 anos de instalação da Vila de Lages. E, se tudo ocorrer bem, em maio, que foi em maio de 1771 que foi instalada a vila, vamos colocar a exposição no Casarão Juca Antunes (datado de 1951), que é um equipamento novo da Fundação Cultural; e ali vão começar as comemorações alusivas ao aniversário de Lages, culminando em novembro com muitas atividades culturais e artísticas e já emendando com o Natal Felicidade, e a gente quer que isso tudo esteja normal na parte sanitária, para que se possa realizar um grande evento.


Ainda com relação ao aniversário de Lages, a grande novidade é a reedição do [livro] Continente das Lagens, do Licurgo Costa.

Estamos dizendo, internamente, que este será um evento de gala. As pessoas conhecem o livro Continente das Lagens, escrito pelo lageano Licurgo Costa, que é a bíblia de Lages. Então, já foi feito um trabalho de revisão, de edição, foi compilado, colocado mais matérias e fotos, principalmente. Agora, está no período da licitação, para, daí, a editora fazer a impressão. É um livro com dois volumes, cada um com cerca de 600 páginas.

É um livro que, além de rico em história, servirá como um presente, para Lages, para que as pessoas possam ter, ali, toda a nossa história. É um livro que todas as pessoas de Lages deveriam conhecer e serve, também, para pesquisas universitárias, acadêmicas, enfim, é um livro marcante. Queremos fazer esse lançamento, justamente no aniversário de Lages, sendo um dos principais eventos alusivos a esta data.


E como estão funcionando os principais equipamentos da Fundação Cultural, como a biblioteca, o museu, a Escola de Artes?

Nossa Escola de Artes, onde temos nossos cursos, como violão, violino, teclado, acordeom, sanfona, teatro, danças, como o balé, o street dance, estava parada desde o ano passado. Retomamos no final do ano em caráter temporário. Agora, fizemos a chamada dos instrutores, que são contratados por meio de edital de credenciamento e estão devidamente contratados. Deveriam ter começado na semana passada, mas devido às medidas restritivas, achamos por bem segurar. Marcamos para o dia 5 de abril, iniciarmos, novamente, com as aulas.

O museu [Thiago de Castro] esteve a maior parte fechado e o Memorial Nereu Ramos. Mas nós não deixamos de fazer um trabalho intenso, internamente, como a digitalização do acervo, porque desde o episódio do incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, o Iphan solicitou que todos os museus fizessem essa digitalização, sempre acompanhada pelo Ministério Público e pela Fundação Cultural, para que não aconteçam eventualidades. Estamos com uma boa parte do acervo digitalizada e nova catalogação de tudo que temos lá.

Na biblioteca, funcionamos um bom período, e ainda estamos funcionando, de maneira remota, mas as pessoas podem solicitar o empréstimo dos livros através do WhatsApp ou do site da Fundação Cultural, que nós emprestamos, entregamos com segurança, higienizados.

O Teatro Municipal Marajoara, que um dos mais afetados, não tem evento, não pode fazer evento, mas também estamos utilizando esse período para fazer algumas reformas internas. E temos o ponto de leitura, no terminal [urbano], esse totalmente fechado. Porque tem um fluxo muito grande de pessoas, e não temos como abrir e controlar.


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