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Política

Olivete Salmória

Agora é esperar para ver!

A abertura do Natal Felicidade (nesta edição chamada de Doce Natal), na sexta-feira, e a reinauguração do Mercado Público, no sábado, geraram um fato político que pode ter consequências na próxima semana. Na última sessão da Câmara do ano, que acontece na terça-feira, dia 14, pelo acordo firmado no início da legislatura, o atual presidente Gerson dos Santos (PSD), deverá renunciar e então se procederá uma nova eleição para a condução de Jean Felipe (PP) ao cargo. Mas, nestas duas ocasiões citadas, o presidente da Casa foi desdenhando pelo executivo: no primeiro caso foi chamado ao palco, mas foi o único a não ter direito à palavra. Saiu furioso do local. No Mercado Público nem foi chamado, sendo ele a terceira autoridade mais importante na linha de sucessão do paço. E, estava lá! Isso chegou a gerar o protesto da vereadora Suzana Duarte (Cidadania), a única dentre os vereadores a ser chamada ao palco, mas na qualidade de representante da deputada Carmen Zanotto. Chegou a chamar o prefeito de arrogante por ignorar o poder legislativo. O líder do governo, Agnelo Miranda, foi em defesa de Ceron, argumentando que ele não desdenhou o legislativo. Disse que a inauguração de uma obra é algo efêmero "não dura mais do que aquele momento. Mas o prefeito Ceron é uma pessoa democrática. Tanto que na placa do memorial do Mercado Público - que é algo que fica para sempre- consta o nome do presidente da Casa Legislativa". Durante toda essa discussão, o presidente Gerson se manteve em silêncio. Entre seus pares, Gerson tem dito que pretende cumprir o acordo (isso é: renunciar ao cargo), desde que cumpram também o que lhe foi prometido. Não diz, porém, exatamente o que lhe foi prometido. Se presume que seja o apoio a sua candidatura a deputado estadual e/ou a manutenção dos cargos (nove no total) que ele detém hoje como presidente, mantendo sua equipe para tocar a campanha. No encontro do PSD, realizado em Florianópolis nesta semana, foram lançados três nomes para candidato a deputado estadual: Ozair Coelho (polaco), Gerson dos Santos e Jean Pierre. O nome que o partido homologará sairá dentre eles. Mas, já circula nos bastidores que pesquisa aponta o nome do Polaco como tendo maior potencial eleitoral. Portanto, estaria aí uma justificativa - forjada ou não- para tirá-lo da disputa. O que acontecerá lá na frente é ainda muito incerto, mas as lideranças já estão dando sinais de que o podem preterir. Nestas alturas, Gerson deve estar lamentando ter deixado o MDB, que ao contrário do PSD onde sobram caciques, sofre hoje a falta de lideranças para colocar sua militância em movimento.


"Penso que quando a gente entrega obras como essa aqui, com recursos do governo, é autoexplicativo. Estamos realizando obras que nunca se fez antes e muitas obras da administração anterior. Temos certeza que estamos pagando a conta do governo anterior e pagando a nossa conta."

Governador Carlos Moisés, na reinauguração do Mercado Público, em resposta ao ex-governador Colombo que taxou seu governo de fantasma


Colombo recorre a Kassab

Raimundo Colombo chamou o líder maior do PSD, Gilberto Kassab, para o encontro estadual, na capital, com um intuito bastante claro: enfatizar a importância de seu nome no cenário político de SC e colocá-lo como o mais forte para a disputa eleitoral do ano que vem. "Colombo tem muita experiência e ainda é jovem, com décadas de atuação pela frente. É mais do que compreensível que SC queira Colombo novamente no Governo do Estado", disse Kassab. Vamos ver se este esforço para emplacar seu nome como candidato ao governo sensibiliza seus pares. Sabemos que nem de longe ele é consenso dentro do PSD.


Colombo recorre ao Kassab para reforçar a escolha de seu nome como candidato


"Onde estavam os R$ 680 milhões?"

Ao falar sobre os investimentos feitos pelo governo, durante a entrevista coletiva, concedida na reinauguração do Mercado Público, o governador Carlos Moisés questionou onde estavam os mais de R$ 680 milhões que hoje sua administração tem economizado todos os anos, possibilitando que tenha recursos para investir. Foi uma crítica direta à administração Colombo.

Moisés, na entrevista coletiva na abertura do Mercado Público


Suspensas

Semana passada saiu o resultado da Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pela prefeitura, declarando inconstitucional a realização de eleições para a escolha de diretores das escolas do município. Ocorre que, a decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça saiu dois dias antes das eleições agendadas. Em vista disso, a prefeitura expediu nota suspendendo as eleições. Agora teremos de aguardar para saber qual será a decisão do prefeito: se nomeia os diretores ou acaba dando prosseguimento ao processo, pois o sindicato dos professores ainda não se deu por vencido neste caso.


Mais dois cargos

A Câmara de Vereadores aprovou projeto de lei complementar que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos servidores da Câmara de Vereadores do Município de Lages. Prevê a criação de mais dois cargos no legislativo: de tradutor de libras e um analista de licitações.


Cinco anos depois

Vereador Leandro do Amendoim entrou com pedido de informação a respeito das obras do três Ceims - dos bairros Santa Helena, Nadir e Centenário. Destacamos que essas obras foram iniciadas ainda na administração anterior ao primeiro mandato de Antonio Ceron. Passou-se cinco anos e elas ainda não foram concluídas.


Contentamento

Prefeito Ceron passou a semana passada inteira visitando o Mercado Público, pelo menos três vezes ao dia, encantando com o resultado da obra. Cancelou toda a sua agenda para acompanhar cada um dos visitantes, tal sua felicidade por ver a obra concluída. Não é todo o prefeito que, ao assumir, recebe esse legado de obras importantes em andamento e pode concluí-las.


Impositivas

Foram apresentadas 52 emendas ao orçamento da prefeitura para o exercício de 2022, que totaliza mais de R$ 700 milhões. Embora os vereadores façam indicações para a destinação de recursos para obras e ações, o executivo só atende se assim desejar. Alguns dos vereadores, como Jair Júnior e Heron de Souza, são a favor de que seja aprovado, também aqui, as emendas impositivas - como a Assembleia já tem desde 2017 -. Neste caso, 1% do orçamento fica à disposição dos vereadores para que indiquem onde deve ser usado. E o executivo será obrigado a fazer a destinação.


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