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Política

Olivete Salmória

Moisés deixou um bom legado

Temos de fazer aqui referência ao ex-governador Carlos Moisés e o seu legado. Não há quem possa contestar a qualidade de seu governo. Em que pesem os problemas decorrentes com a compra dos respiradores, não há absolutamente nada que o desabone ou a se reparar. Atendeu muito bem aos municípios, cumpriu os compromissos deixados pelo governo anterior, modernizou o estado, aparelhou as polícias, enxugou o governo reduzindo os cargos comissionados, diminuiu as secretarias – lembramos que foi ele quem, de fato, acabou com as ADRs. Tomou inúmeras medidas que transformaram o estado, deixando-o muito melhor do que quando recebeu. Só a dívida da saúde que ele pagou e o dinheiro que economizou com a revisão dos contratos milionários já teria valido a sua passagem pelo Centro Administrativo. Mesmo o caso dos respiradores, atribuo muito mais a sua pouca experiência administrativa, sua pressa em enfrentar a pandemia e a influência de alguns de seu entorno, do que propriamente sua intenção de se locupletar. E digo mais.... Moisés só não fez um segundo mandato por causa de sua ingenuidade política e a falha da sua assessoria política. Eleito na onda do Bolsonaro, seu entourage o fez acreditar que era ele a estrela e não fruto de uma agenda muito maior do eleitor exigindo uma virada política. Seu antecessor era a síntese de uma prática política que estava chegando ao fim. O eleitor já não aceitava mais. Tanto que na tentativa de voltar ao Senado, as urnas lhe disseram “não”. Um fato inédito se avaliarmos a trajetória de outros políticos de SC. Perder uma eleição com duas vagas ao Senado tendo deixado o governo do estado onde foi eleito duas vezes em primeiro turno, era algo impensável! Não dando ao governador seu segundo mandato, também coisa inédita, só verificado quando Esperidião Amin foi derrotado por Luiz Henrique da Silveira. A maior prova de que Moisés foi eleito na onda Bolsonaro, que seu sucessor foi na continuação desta mesma onda. Mas, ele não entendeu qual foi o fenômeno que o levou ao poder e parece que, se entendeu o que o derrotou, foi tarde demais. Seus apadrinhados é que impediram que enxergasse o cenário político como ele é, e quais seriam as alternativas que teria. Preferiu voo solo, a ponto de se aventurar em um partido sem nenhuma estrutura, acreditando que sua estratégia era infalível.

 

“Acredita-se que, ao final das atividades e apuração da totalidade dos dados, Lages possua em torno de dez mil habitantes a mais do que nos últimos dez anos, quando o mais recente Censo Demográfico foi efetivamente executado”

Prefeito Antonio Ceron, em conversa com o coordenador do Censo 2022, Paulo Peruzzo Filho. Havia 154 mil habitantes faltando 3.750 domicílios a serem visitados.

 

Sai da presidência e assume espaço no secretariado

Correu nos bastidores da Câmara a informação de que o então presidente Jean Felipe não estava querendo deixar o cargo. Parece que para ser convencido foi negociado um espaço no executivo, mas especificamente no secretariado de Ceron. Assim, pode ser cumprido o acordo em que colocava Feitinhas na presidência da Câmara. Não sabemos ainda para onde Jean Felipe vai a partir de fevereiro, mas fala-se na Secretaria da Saúde, no lugar de Clayton Camargo. Assim, haverá duas pastas nas mãos de uma mesma família: pai e filho. O pai de Jean, Luiz Henrique, já é o titular da pasta da Segurança. Jean Felipe, assim, alça voo para um posto mais alto: candidato a prefeito. Mas, para isso terá de brigar pela vaga dentro do próprio partido (PP): o vice-prefeito Juliano Polese também almeja isso.

 

“Superintendente da fundação tem de pedir para sair”

Entre os inúmeros pedidos de informação protocolados pelo vereador Gerson dos Santos (PDS) está um que pede à Fundação Cultural os valores recebidos de verbas estadual e federal nos últimos anos. A resposta foi de que a “Fundação Cultura não recebeu nenhuma verba seja do governo estadual ou federal nos últimos tempos, por conta de contas pendentes de seis anos atrás, desde 2013”. A resposta o deixou furioso por entender que a superintendência da fundação já deveria ter resolvido essas pendências e se não o fez “foi por incompetência e deveria pedir para sair, visto que está atrapalhando o desempenho do prefeito”. Aliás, reclamou também dos secretários que não atendem os pedidos e nunca estão em seus gabinetes, “mas no final do dia podem ir ao Mercado Público que estão lá tomando chope!” Gerson está se aproximando de Maurício e este está fechado também com o Lucas e o Podemos, vamos ver o que sairá daí.


Gerson foi visto no mercado Público conversando com o ex-vereador Maurício Batalha. Parece que têm planos para 2023

 

Voos minguados

Os voos no Aeroporto da Serra Catarinense estão aos poucos minguando. Iniciou com seis por semana e agora já está com apenas a metade: são três voos. Na segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira. Além disso, a Azul iniciou as operações naquele aeroporto de Correia Pinto com o jato da Embraer 195. Assim foi até julho, quando então voltou a operar com o ATR 72 600, o mesmo que usava nos voos no aeroporto local (Lages). Em suma, nada mudou para melhor, pois agora, para tomar o avião, precisamos percorrer cerca de 30 km para chegar até lá. Tem usuário dos voos da Azul reclamando, pois estão pagando aproximadamente R$ 160,00 para o deslocamento de táxi entre o aeroporto e Lages.

 

Coisa feia!

A Flex mandou mais de mil funcionários embora, antes do Natal,  alegando erro no sistema. Segundo um dos funcionários “no sábado ficamos sabendo que estávamos todos desligados, e até agora não recebemos a segunda parcela do 13º salário, muito menos chamaram para a rescisão e liberação de nossos papéis”. Fizeram o desligamento dos funcionários antes do dia 20 para não pagar a segunda parcela do 13º, e “agora estamos sem papéis de seguro, FGTS  e rescisão,  ficam só enrolando e não dão resposta nenhuma”.

 

Peixe grande

A Promotoria da Moralidade Pública de Lages e o Gaeco de Lages também estão envolvidos nas investigações da Operação Mensageiro. Estão, inclusive, conduzindo as inquirições dos envolvidos. Todas as pessoas citadas na Operação e ligadas à Semasa de Lages estão sendo ouvidas por aqui. Até mesmo outras pessoas cujos nomes ainda não vieram a público, porque correm em sigilo de justiça. Isso porque o Tribunal de Justiça é que expediu os mandados e quando isso ocorre significa que há alguém com prerrogativa de foro. Traduzindo: tem peixe grande na jogada.

 

Terceira licitação

Parece que agora as obras do Parque Ecológico João José da Costa Neto serão mesmo retomadas. A empresa que estava fazendo as obras abandonou a empreitada e depois disso foram feitas três licitações, sendo as duas primeiras desertas. Agora deu certo e a nova empreiteira assume as obras a partir desta segunda quinzena de janeiro. Além das instalações, serão abertas novas trilhas e instalado um horto para produção de mudas de árvores.

 

Devolução

A Câmara de Vereadores devolveu ao executivo, neste final de ano, exatos R$ 433 mil. A justificativa para a devolução de tão pouco (considerando que o orçamento de 2022 foi de R$ 12 milhões) foi de que a direção teve de investir na compra de novos computadores.  Com o salário que recebem, pelo menos os vereadores poderiam adquirir seus próprios computadores.

 

CPI

Mesmo em recesso, o vereador Jair Júnior está colhendo assinaturas para a instalação de CPI para apurar responsabilidades no caso das fraudes levantadas pela Operação Mensageiro. Já conta com a assinatura dele e de mais três outros vereadores: Elaine de Morais, Suzana Duarte e Leandro do Amendoim.

 

Cristina no HTR

O ex-vereador Maurício Batalha deixou a direção do Hospital Tereza Ramos. Para seu lugar estava sendo cotado o também ex-vereador Toni Duarte. Toni acompanhou Fernando Coruja quando este mudou para o PDT e saiu candidato a deputado estadual. Trabalhou para eleger Carmen à federal. Mudou de sigla, mas continuou trabalhando pelo Cidadania e para a deputada. Mas ele não aceitou o convite. Carmen, então, chamou sua amiga mais chegada para ocupar a vaga: a médica Cristina Subtil. Ela deverá acumular a função com a coordenação do Curso de Medicina da Uniplac. Em tempo: um dos nomes também cogitados era do marido de Cristina, o também médico Edson Subtil, mas esse teve forte rejeição em meio à classe.


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