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Economia

Mauro Maciel

Caso o preço baixe, pode faltar gasolina no Brasil?

Esta semana, alguns postos de combustíveis dos Estados Unidos não tinham gasolina para vender, apesar do produto ter subido muito de preço nos últimos meses. Começo o texto com essa informação porque os EUA são os maiores produtores de petróleo do mundo. O Brasil é o nono da lista e também reajustou os valores da gasolina e do diesel.

Aí vem a pergunta: porque é tão caro se a produção é tão grande? E, caso o preço baixe, pode faltar? Texto publicado pelo site da Revista Exame em 105 de maio deste ano põe luz sobre a situação (https://exame.com/economia/brasil-falta-combustivel-congelar-precos-entenda/).

"O Brasil é exportador de petróleo, mas, ao mesmo tempo, importa derivados, especialmente o óleo diesel. Cerca de 20% dos derivados consumidos no país vêm de fora. A situação é resultado de um conjunto de refinarias que não são suficientes para dar conta da demanda nacional, além da integração global das cadeias do setor.

Para abastecer todos os postos do país, é preciso importar diesel e gasolina. Dessa forma, se a Petrobras se afasta muito do preço desses derivados no exterior, os importadores não podem competir com a estatal e tendem a reduzir as compras lá fora.

Isso pode levar o país ao desabastecimento, até porque a produção nacional, mais barata, fica atraente para a exportação. O país também precisa importar óleo leve produzido no Oriente Médio especialmente para a produção de lubrificantes."

Ou seja, de acordo com a análise, o Brasil precisa acompanhar o preço praticado fora do País e a solução dessa situação depende basicamente de duas soluções. A primeira é a valorização do Real diante do Dólar, o que deixaria o preço menos salgado e a segunda seria o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, que bagunçou o mercado internacional.


"Mesmo se a gente fosse uma economia auto suficiente, não vai ter ninguém querendo investir aqui se não tiver a mesma margem que ele tem no exterior. Não se pode perder o norte dos preços internacionais. A gente nunca vai importar zero."

Valéria Lima, diretora-executiva de Downstream (mercado de derivados) do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), sobre a situação dos combustíveis.


Senac e Acil_ Por meio de uma parceria firmada com o Núcleo de Inovação da Associação Empresarial de Lages (Acil), a Faculdade Senac Lages promove, no dia 29 de junho, a partir das 19h, a palestra "Cultura de inovação: boas práticas para a transformação sustentável na sua empresa", que tem como objetivo mostrar na prática os conceitos de cultura e inovação nas organizações, além de entender como conduzir os caminhos para transformação e inovação do seu negócio.


Senac e Acil 2_ A palestrante é Camila Bardini, mestra em economia criativa, especialista em mundo 4.0 pela USP; empreendedora, consultora de inovação e de negócios, facilitadora de processos criativos, demonstrará, de maneira prática, que a inovação é algo cultural, que deve ir além de uma entrega pontual e necessita ser incorporada ao trabalho cotidiano.


R$ 50 milhões_ A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), em parceria com o BNDES, formalizaram parceria focada no desenvolvimento de inovações de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). O Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados, sediado em Florianópolis, é uma das unidades Embrapii a apresentar suas competências para o desenvolvimento de projetos na área. O acordo vai disponibilizar R$ 50 milhões não reembolsáveis para apoiar projetos de inovação da indústria nacional - empresas de todos os portes e setores podem acessar o recurso.


Recorde_ A confiança do industrial catarinense registrou o maior patamar em 2022. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), apurado em Santa Catarina pelo Observatório Fiesc aumentou 2,6 pontos em junho, o dobro do avanço da média nacional no período. O resultado coloca o ICEI catarinense novamente próximo à média nacional, após cinco meses consecutivos em patamar abaixo. O ICEI nacional também ficou no nível mais alto do ano em junho.


Epagri_ Já pensou em um biofertilizante que vai do mar para a lavoura? A Epagri e a UFSC já. E a proposta está virando realidade em Palhoça. Lá, está sendo produzida a macroalga Kappaphycus alvarezii, que depois de processada se transforma em biofertilizante. Segundo o Decreto 4.954, biofertilizantes são "produtos que contém princípio ativo ou agente orgânico, isento de substâncias agrotóxicas, capaz de atuar, direta ou indiretamente, sobre o todo ou parte das plantas cultivadas, elevando a sua produtividade, sem ter em conta o seu valor hormonal ou estimulante".


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