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Cotidiano

Carla Reche

Ecoando

Não, não foi apenas uma manifestação pelo assassinato cruel da Ana Júlia. A família da garota quis mais, quis que o grito de basta fosse para todas as mulheres que passaram (e ainda passam) por algum tipo de violência. Sim, o nosso grito saiu às ruas e que ele não caia no esquecimento a exemplo de tantos outros. Feminicídio não pode virar banalidade (se já não o é) e se não formos persistentes na luta para o fim desse abuso, é exatamente o que vai acontecer. Sim, ouvi frases machistas como: pra que fazer manifesto? Sim, ouvi julgamentos vindos de pessoas que sequer sabiam o que estava acontecendo. Julgando quem não está mais aqui para se defender? Julgamento de como era a vida de quem foi assassinada covardemente? Parem com tanta hipocrisia. Parem de pensar que vocês são perfeitos, que não cometem erros... E se isso acontecesse na sua casa, com a sua irmã, com a sua mãe, com sua filha, como se sentiria sendo julgado por pessoas que sequer lhe conhecem? Temos vida que pulsa dentro de nós. Uma vida que você não tem o direito de tirá-la, deixando mães sem filhas, filhas sem mães, basta de impunidade. Vai ter que pagar pelo crime, pelo ato covarde. Tem coragem para matar e acha que vai ficar por isso mesmo, é? Não é possível que tenhamos, em pleno século 21, que continuar nos escondermos em casas de proteção ou registrar BO para manter distanciamento de ex-companheiros? Mas o que é isso? Em que mundo vivemos? Não, não e não. Isso precisa acabar.


Perdendo tempo

 "Eita, que estado maravilhoso é Santa Catarina! No litoral belas praias e na Serra, neve com sensação térmica de -12. Amo esse pedacinho de terra, mas @governadormoises triste ver a infraestrutura de uma cidade com um potencial tão maravilhoso, INVISTA NO TURISMO DA SERRA." Um pedido justíssimo de Lucas Schuster, que esteve esta semana no Morro das Antenas, em Urupema, e sentiu na pele as dificuldades existentes por lá. E uma das moradoras do município, Evilin Cristina foi mais além: "Concordo plenamente com o Lucas. Precisamos de infraestrutura para atender turistas. A estrada poderia ser alargada e ter assistência para fluir o trânsito. Muitas pessoas vêm pra cá e não conseguem subir o morro e isso gera frustração. Que as autoridades olhem melhor para o potencial de Urupema e toda a Serra.". Eu também concordo. Temos a faca e o queijo nas mãos, temos tudo para ser um Gramado, uma Canela e só vamos empurrando com a barriga. Que pena.


Lucas enfrentou dificuldades para subir o Morro das antenas,

a exemplo de outros turistas


Fazendo a diferença

E é assim que penso que deve ser o acolhimento com as pessoas que buscam por atendimento na saúde: o tratamento. Mas não apenas o tratamento indicado pelo profissional, mas aquele tratamento que chamamos de humanizado: olhar nos olhos das pessoas, tratá-las com carinho, com respeito, amenizando dores do corpo e da alma. Estou dizendo isso porque me chamou atenção algumas postagens nas redes sociais da equipe Animi - Unidade de Tratamento Oncológico. Uma delas mostra uma enfermeira massageando o braço de um paciente em quimioterapia. Então fui conhecer este espaço e ele me impressionou. A começar pelo ambiente acolhedor e do calor humano encontrado por lá. Não, a Animi não parece uma clínica que trata pacientes com câncer. Parece um lar. Por lá não tem apenas seringas, agulhas, camas, medicação... Tem tudo isso, mas apresentado de uma maneira diferente e que a gente sente na forma em que tratam o paciente. A Animi tem tratamento alternativo como o reiki, meditação e o estímulo de uma equipe cuidadora e preparadíssima para atender o doente e sua família. Um tratamento igualitário para quem tem ou não recursos financeiros. Meu olhar se encantou com o que viu e meus ouvidos com o que ouviram. Por mais equipes Animi, por mais médicas como Maite Vassen Schurmann.


Maite e o marido Pedro estão à frente do espaço humanizado da Animi


Um dos espaços alternativos e disponível aos pacientes e equipe da unidade


Revelando-se

- Wendel, tô gostando do material que tens feito e publicado nas redes sociais. Vamos falar e mostrar um pouco de você, profissional, na minha coluna? - Fala Carlinha, tudo bem? O que posso enviar, porque se deixar livre, vai sair um livro (rs). - Então, guri, é coluna. Faz um resumo aí e manda uma foto sua e um dos seus últimos trabalhos. Este foi meu diálogo com Wendel Graupner: rápido e pelo WhatsApp, que matou minha curiosidade sobre um talento que evoluiu e muito.

Diz aí Wendel: "Iniciei na comunicação aos 13 anos, diagramando o Jornal O Momento no início dos anos 90. De lá pra cá passei por grandes agências, até montar meu escritório na capital, onde atendi por 10 anos clientes como a Pizza Hut, Souza Cruz e a multinacional Cargill. Nos dois últimos anos estive na diretoria de comunicação da Câmara de São José, onde fiz, durante a pandemia, a primeira Sessão Legislativa online com votação eletrônica remota do país, em parceria com o Senado Federal. Modelo que foi usado por mais de 4 mil municípios em 80% do território nacional. Também implantei o primeiro canal Legislativo de TV aberta digital do país, numa cidade não capital, em parceira com o Senado. Atualmente, em Lages, atende como publicitário em estratégias de branding, design, marketing digital, gestão de tráfego pago, fotografia e produção de vídeos". Dá-lhe garoto!


Wendel é o idealizador da primeira sessão legislativa online com

votação eletrônica remota do país


A capa do disco de vinil do músico talentoso Ricardo Bergha,

criada por Wendel


Curtas

*Carine Rusche comemorando a conquista da filha no vestibular Acafe inverno 2021. Karoline foi uma das aprovadas no curso de medicina.


*Uma crise hídrica, a pior dos últimos 91 anos. E qual foi a solução encontrada? Adivinhou: o reajuste na bandeira tarifária. Um reajuste de 52% e já autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Quer mais?


*Pois, se sabem de todos esses problemas - que não é de hoje - porque não começam a agir? Esperam acontecer para então achar uma solução? E qual é a solução? O povo. Sim, porque temos cara de palhaço e arcamos com tudo. Mais fácil sobrar para o nosso bolso, não é mesmo?!


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