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Tradicionalismo

Bia Melo

Tradicionalismo ou Nativismo?

Quem quiser demonstrar a cultura gaúcha visualmente vai ter um retângulo cujas pontas ostentam cores diferentes com um degradê em direção ao centro. No ponto mais equidistante das extremidades vai existir um matiz difícil de identificar a que lado pertence. Assim é a cultura do Rio Grande do Sul, composta por dois movimentos distintos, mas iguais. Há o tradicionalista, que não compreende ou não gosta do nativismo e o nativista que não entende ou não aprecia os rituais do tradicionalismo. Porém há aqueles que, como no matiz central do quadro imaginário proposto, ora são interpretados como tradicionalistas, ora como nativistas. Transitam nos dois campos culturais com a mesma notoriedade e legitimidade. Luiz Carlos Barbosa Lessa, falecido, considerado o maior teórico do tradicionalismo, registra em seu livro Nativismo, que a cada trinta anos surge um novo "ismo". Menciona o gauchismo de Cezimbra Jacques em 1889, regionalismo por volta de 1920, o tradicionalismo em 1947 e o nativismo a partir da década de 70. Complementa o folclorista: em 2000 deve se cuidar para não haver o "barulhismo". Seu temor tem uma certa ponta de razão, mas ele não prevê o possível momento do centrismo na cultura gaúcha.

Definir o tradicionalismo e o nativismo parece ser tarefa simples quando se lê as palavras num dicionário, contudo, decifrar os movimentos representados por estes dois "ismos" é mais complexo. Saber quem são e o que pensam as pessoas que formam estes dois grupos que se complementam e, às vezes, se confundem requer uma análise mais profunda do que uma simples frase, muitas vezes preconceituosa. Entender o que pensam os membros destes dois grupos de indumentárias distintas e outras vezes tão semelhantes, é complexo. Decifrar estas duas tribos com guerreiros aquartelados nos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) ou nos ginásios de esporte que viram cenários para os festivais, não é fácil. Conhecer as lideranças dos que ostentam cargos adquiridos através de eleições e dos que conquistam posições por meio de suas prestigiosas manifestações artísticas, é fundamental. É necessário recorrer à sociologia e à antropologia para tentar desvendar o mistério de uma divisão quase oculta e ao mesmo tempo tão declarada.

O tradicionalismo gaúcho é um movimento organizado com uma estrutura hierárquica rígida e um mapeamento do Estado. É quase como um governo paralelo especificamente para o gerenciamento da tradição, mas não exclusivamente. Há uma questão humana intrínseca. Possui um presidente na capital, trinta coordenadores nas chamadas Regiões Tradicionalistas (RTs) e os patrões nos Centros de Tradições Gaúchas. Há cidades que possuem ainda uma associação das entidades, cujo presidente tem sua posição hierárquica estabelecida entre o patrão e o coordenador. Como primeiras-damas culturais existem as primeiras prendas em três modalidades e três níveis. As modalidades são mirim, juvenil e adulta e os níveis são as prendas das entidades, das regiões e do Estado. Um cargo surgido mais recentemente é o de Peão Farroupilha, nos mesmos níveis das prendas e nas modalidades de piá e adulto. Todos são uma espécie de relações públicas do tradicionalismo e conquistam seus cargos num verdadeiro vestibular cultural. Ao contrário do nativismo, há uma rigidez quase militar no tradicionalismo no que tange a indumentária. Chega em alguns casos no limite de que a imagem vale mais do que o conteúdo.

Fonte : Paulo De Freitas Mendonça


Dr. Antony Rosa, com sua esposa Rosiana Machado

e sua filha Marina, comemorou a classificação onde

está habilitado à final do freio do proprietário em Esteio RS.

Parabéns!!


Com charme e elegância que Drª Dayane Hoefling,

cirurgiã dentista, curtiu o passeio a cavalo, num

momento de lazer, apreciando o contato com a natureza


O Galpão Estilo Tropeiro de Lages recebeu os

cavaleiros vindos de Anitápolis. Eles realizaram uma

confraternização com o tradicional almoço


Vivendo um momento mágico, que Geovana Schlischting

Faria comemorou seus 15 anos e realizou sua sessão de

fotos no município de São Joaquim, pelas lentes de Rodrigo Nunes


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