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Tradicionalismo

Bia Melo

TRADICIONALISMO OU NATIVISMO

(Continuação)

A cultura gaúcha, como um todo, é um encontro familiar. A frequência nos CTGs, rodeios e festivais, normalmente, é de três gerações. Estando os grupos de diferentes idades voltados ao mesmo objetivo, a herança cultural é legada com maior facilidade entre eles e o fortalecimento do regionalismo é mais pulsante. Encontrada no seio da cultura gaúcha, a família rio-grandense posiciona-se na defesa de seus mais íntimos anseios. Os pais acompanham o crescimento etário e cultural de seus filhos e os apóiam nos momentos de dificuldade, como amigos da mesma entidade social, sem deixarem de ser exemplos e ídolos. Tanto que o rodeio crioulo, uma das atividades recreativas do tradicionalismo, institui o concurso de laço "pai e filho", incentivando a integração familiar. Da mesma forma, acontece no nativismo quando um jovem sobe ao palco para defender sua música num determinado festival, toda a família oferece apoio à sua atuação.

A sociabilidade familiar, um dos maiores problemas da comunidade mundial na atualidade, tem na cultura gaúcha um ponto de apoio importante. Seus exemplos estão presentes desde os CTGs dos mais remotos rincões até os da capital gaúcha.

As lideranças de ambos os movimentos também mobilizam as famílias na questão organizacional. É comum encontrar casais participativos nos CTGs ou na organização de festivais de música ou poesia. Quando no grande grupo, em congressos do Movimento Tradicionalista Gaúcho ou nas reuniões da Associação das Comissões Organizadoras de Festivais de Música do Rio Grande do Sul, é uma grande família. Barbosa Lessa faz uma afirmação sociológica para o evento: "qualquer sociedade poderá evitar a dissolução enquanto for capaz de manter a integridade de seu núcleo cultural. "Nestes encontros há o congraçamento de pessoas de todas as facções partidárias, todas as classes sociais, credos e cores. A cultura é o objetivo comum para o qual todos convergem suas dedicações.

Embora isso aconteça na comunidade local, os comandos políticos, distantes do fato cultural, teorizam equivocadamente sobre a cultura gaúcha. Os da extrema direita e da extrema esquerda julgam que a estrutura das estâncias na cultura gaúcha, patrões e peões, seja ideologicamente a favor da primeira e contra a segunda. Ambos estão enganados, porque ela está acima disso. É uma característica atribuída ao meio de vida do rio-grandense. "O gaúcho é socialmente um produto do Pampa, como politicamente é um produto da guerra", afirma o pensador fluminense, Oliveira Vianna, em seu livro Populações Meridionais do Brasil.

Nos festivais há uma comemoração da arte criada em relação aos temas, mais do que uma vinculação política que ela possa expressar, e normalmente as letras de música estão recheadas de defesa das questões humanas. O antropólogo rio-grandense Ruben Gorge Oliven registra em seu livro, A Parte e o Todo - A Diversidade Cultural do Brasil-Nação, algo comprobatório deste amor à arte acima de tudo. "... o que me chama atenção é o fato de o público aplaudir indistintamente músicas.

Fonte : Paulo de Freitas Mendonça


Integrantes do Rancho do Vinagre, da cidade de Brusque,

Santa Catarina, realizaram uma cavalgada no último sábado (24)

no município de São Joaquim, reunindo amigos da Serra e do

Litoral. Na foto, Chico do vinagre com seus amigos


Paisagens da Serra encantam participantes


Cavaleiros de Brusque SC


Seguindo os usos e costumes de "três gerações," pai, filho

e neto. Zanatinha, Zanata e Vava Melo.


Cristian Sá Andrade participou da cavalgada e animou o

grupo com sua gaita!!


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