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Tradicionalismo

Bia Melo

CHARQUE?

No século 18, enquanto ocorria o ciclo econômico da mineração no Brasil envolvendo os estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, havia uma crescente valorização do rebanho de gado existente no Rio Grande do Sul, introduzido pelos jesuítas no século 17. Os bois serviam para a alimentação e as mulas para o transporte dos mineradores.

Para que fosse possível manter a carne em estado propício para ser consumida, foi dado o início da conservação deste produto, primeiro através da sua secagem ao sol, na região do Ceará, sob a forma de carne de sol ou carne do sertão.

Entretanto, uma grande seca no Ceará em 1777 aniquilou os rebanhos. Para sorte dos gaúchos, no mesmo período é assinado o Tratado de Santo Ildefonso, que permitia uma trégua na luta entre espanhóis e portugueses, possibilitando investimentos econômicos na região, até então exclusivamente criadora de gado, através da estância.

Em 1779, é registrada a chegada do retirante da seca, o português José Pinto Martins, que transferiu-se do Ceará para o RS, estabelecendo a primeira charqueada industrial em Pelotas, dentro dos limites da Vila do Rio Grande, fundada em 1737.

Esta primeira charqueada, localizada num dos distritos do futuro município, às margens do arroio Pelotas, protegeria a propriedade do vento e das areias do litoral, que arruinariam a produção. Outro ponto favorecedor era a fácil comunicação com o porto do Rio Grande através de iates.

A consolidação das charqueadas, grandes propriedades rurais de caráter industrial, só se dá no século XIX, às margens dos arroios Pelotas, Santa Bárbara, Moreira e canal São Gonçalo. O gado, matéria-prima, era proveniente de toda a campanha rio-grandense, introduzido em Pelotas através do Passo do Fragata e vendido na Tablada, grande local dos remates na região das Três Vendas.

Ao contrário do que possa parecer, nas charqueadas não se criavam bois. Haviam raras exceções, como a Charqueada da Graça, mas essa criação não dava conta da produção total do charque.

Na chamada boca do arroio, entre o São Gonçalo e o arroio Pelotas, as terras foram rapidamente sendo tomadas por escravos. Só então a área adquire o nome de Passo dos Negros.

Com o progresso advindo da venda do charque, em 1812 acontece a criação da Freguesia e em 1832 a instalação da vila, oficialmente criada em 1830. Somente em 1835 a vila é elevada à condição de cidade. Charqueadores transferiram-se do Rio Grande e se fixaram em Pelotas, construindo palacetes, principalmente depois da criação da Vila.

O charque era utilizado para alimento dos escravos em todo o Brasil e nos países que adotavam o sistema escravista, sobretudo o Caribe (Cuba, principalmente). Do gado, se aproveitava tudo: o couro, o pó dos ossos para fertilizante, o sangue para gelatina, a língua defumada, os chifres para várias utilidades. Esses produtos eram exportados para toda a Europa e os Estados Unidos.

O charque era quase exclusivamente produzido pelo Brasil. De concorrentes, apenas Uruguai e a Argentina. "Quando esses países estavam em crise, o que era comum em virtude das guerras civis, a produção pelotense atingia maior rentabilidade".

A safra era sazonal e durava de novembro a abril. As charqueadas tinham em média 80 escravos, ocupados nos intervalos da safra em olarias nas próprias charqueadas, derrubadas de mato e plantações de milho, feijão e abóbora nas pequenas chácaras que cada charqueador possuía na Serra dos Tapes, onde ficam hoje a Cascata e as colônias de Pelotas.

Os navios que levavam o charque não voltavam vazios. Traziam mantimentos, livros, revistas de moda, móveis, louças da Europa - e açúcar do Nordeste, consolidando a tradição do doce em Pelotas. "Embora aqui não se plantasse cana-de-açúcar, os doces de Pelotas chegaram a ser rivais dos do Nordeste, região açucareira por excelência."

Em 1820, eram 22 charqueadas e, em 1873, 38. Outro dado espantoso é o número de abates, num total de 400 mil cabeças de gado por ano. Simões Lopes Neto, na Revista do Primeiro Centenário de Pelotas, editada em 1911, comenta que até aquela data foram abatidas 45 milhões de reses e umas 200 firmas se sucederam.



Leila Fernandes, da cidade de Fraiburgo SC, Márcio, WTur Turismo,

Organizador da Cavalgada em homenagem ao Bicentenário de Anita

e Marli Andréola , na recepção aos cavaleiros na Fazenda Lua Cheia.



Os adeptos das cavalgadas aproveitaram para percorrer os campos da

Coxilha Rica no lombo do cavalo. Os participantes, Dieyne Pereira,

Pedro Abimael Fernandes e o casal Ermano Córdova e Elizete Scoss.


Amadeu Nazareno, Gean Carlo Ribeiro Souza e Juarez Matos, estiveram

na cavalgada e ao chegar na fazenda Lua Cheia, aproveitaram para um

bom "dedo prosa ".


Que tenhamos como exemplo, esses dois "tauras" que participaram

ativamente da cavalgada com muitos causos e boas risadas!!

Parabéns Seu Pedro Daboit e seu Incio!!


Lageanos participam da Expointer em Esteio RS e conquistam premiações

nas raças Hereford e Braford na modalidade argola.

- Supremo Grande Campeão Macho Hereford.

- Suprema Grande Campeã Fêmea Hereford.

- Reservada de Grande Campeã Hereford aspada.

- Reservada de Grande Campeã Braford

- Terceira Melhor Fêmea Braford

- Terceiro Melhor Macho Braford.

Parabéns Edson Colombo, colaboradores e cabanheiros da Fazenda Mãe Rainha !!

Foto: @grafaels85 / Divulgação

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