Em cumprimento a Lei 13.431/2017, que estabeleceu o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente que regulamenta a forma pela qual as crianças e adolescentes em situação de violência devem ser ouvidos, iniciou na manhã desta quarta-feira (08) uma capacitação de Escuta Especializada, em cumprimento ao Programa Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes.

Organizada pelo Assistência Social da Amures e Cisama, Lauro dos Santos, em parceria com a Escola de Gestão Pública Municipal (Egem), a capacitação no auditório 2, da Uniplac, tem a adesão de quase 100 pessoas de toda Serra Catarinense. "Nosso objetivo é qualificar as equipes dos municípios para implementar a Escuta Especializada, que é um procedimento de entrevista sobre uma possível situação de violência contra criança ou adolescente, no intuito de garantir a proteção e o cuidado da vítima", explicou.

Lauro dos Santos observa, ainda, que a Escuta Especializada é um trabalho realizado pelas instituições da rede de promoção e proteção, formada por profissionais da educação e da saúde, conselhos tutelares e dentre outros, os serviços de assistência social. A abertura da capacitação contou com a presença do secretário executivo da Amures, Walter Manfroi.

Ele agradeceu em nome dos prefeitos, a participação das equipes técnicas dos municípios e destacou a importância da capacitação sobre as diretrizes gerais da proteção integrada às crianças e adolescentes vítimas. "Esta capacitação é inédita na região e vai permitir às equipes técnicas, elaborar o protocolo de atendimento integrado às crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência de acordo com as orientações de um Grupo de Trabalho Estadual e do Ministério Público", disse.

A capacitação acontecerá em sete etapas. A desta quarta-feira, o tem como orientador o professor Rudinei Luiz Beltrame, Mestre em Psicologia Social e Cultura pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutorando no Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC. Ele tem larga experiência na área de políticas públicas, educação, infância e adolescência, direitos humanos, violência contra crianças e adolescentes, atenção psicossocial e medicalização da vida.

As demais oficinas estão programadas para dias 21 e 22 de junho e depois nos dias 4, 6, 18 e 20 de julho, onde serão trabalhados temas como elaboração de protocolos, aspecto prático da escuta e aspectos norteadores e abordagens.