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Moisés troca secretários, descarta lockdown e apresenta novo governo

  • Murici Balbinot/RCN

Oficialmente no cargo de governador do Estado de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva recebeu a imprensa no final da tarde desta sexta-feira (27) para apresentar um plano do Executivo para os próximos dois anos. Por cerca de 40 minutos, falou sobre a absolvição do impeachment, apresentou novos nomes do Executivo e os planos de combate à Covid.

Em apresentação inicial, Moisés disse que "a verdade" e "a justiça" prevaleceram no julgamento do Tribunal Especial de Julgamento do Impeachment. Repetiu que não há justa causa e que será absolvido também no segundo processo. 

Além disso, afirmou que não comentaria ações tomadas pela vice Daniela Reinehr e que pensa no futuro do Estado. Nos bastidores, auxiliares dizem que ele trabalhou muito durante o período de afastamento e que construiu relações com o Parlamento. 

À imprensa, mostrou uma apresentação tipo power point denominada "SANTA CATARINA ESTADO DE VERDADE nova fase 2" com o que diz serem os focos da gestão a partir de agora. Entre eles, a promessa de prioridade para o planejamento ao futuro do Estado, e aceleração de investimentos. 

Segundo ele, planejamento hídrico, retomada econômica e infraestrutura serão pilares do governo a partir de agora.  

Para o planejamento hídrico, prometeu visitar o Oeste e anunciar investimentos em abastecimento. Alegou que muitas vezes os recursos ficam concentrados no saneamento. 

Para investimentos, o foco será investimento em rodovias e ligações aos portos e aeroportos. Moisés falou mais de uma vez que o projeto é pensar o Estado daqui 15 ou 20 anos. A meta é atingir R$ 2,3 bilhões em investimentos até o final do mandato. 


Novos nomes

Antes do evento, Moisés realizou uma reunião com secretários. Nela, já participaram os novos integrantes do Executivo. Eron Giordani será o secretário da Casa Civil. Giordani atuava até esta semana como chefe de gabinete do presidente da Assembleia Legislativa de SC (Alesc), deputado Julio Garcia (PSD). 

Ele é uma espécie de avalista político para os próximos atos. Moisés citou que não há um parlamentar na Casa Civil, mas alguém com muito trânsito entre as bancadas.  

"Diálogo. É isto que teremos na prática dentro da Alesc [...] O Eron vai nos ajudar no diálogo com todas as bancadas e os 40 deputados, com diálogo franco e aproximação do Executivo com o Parlamento até porque essa sempre foi a crítica mais ácida ao nosso governo", afirmou.  

Além disso, foram apresentados outros nomes. Alisson de Bom de Souza volta à chefia da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e o jornalista Jefferson Douglas na Secretaria de Comunicação. Juliano Chiodelli retomará o cargo de secretário-adjunto da Casa Civil.  


Pandemia

Para a pandemia, Moisés descartou lockdown e disse que a vacina deve ser coordenada pelo governo federal. Além disso, anunciou que se reunirá com a equipe de saúde neste sábado (28) para discutir ações de combate ao vírus e haverá conversa em breve com os prefeitos.  

Moisés disse ainda que o foco será reestruturar o atendimento. "Hoje são 190 leitos desabilitados. Eles fazem falta. Se nós tivemos esses leitos ativados, teríamos só 70% de ocupação", disse. Ele garantiu que o Estado pagará aos hospitais pelo funcionamento dos leitos para garantir o serviço. 

Moisés declarou que o combate à pandemia continuará sendo regionalizado e descentralizado, com participação de outros atores. Ele conta com a conscientização dos catarinenses e a fiscalização das medidas de segurança.

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