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Hantavirose

Três pessoas morreram, uma na Serra

  • Deve-se manter os locais limpos para evitar contato com o rato

    Pinterest/Divulgação

Os ratos podem carregar o vírus por toda a vida sem adoecer. A infecção humana ocorre mais frequentemente pela inalação de aerossóis ou poeira, formados a partir da urina, das fezes e da saliva de roedores silvestres infectados

Contaminadas por Hantavirose, três pessoas perderam a vida somente este ano em Santa Catarina. Uma das vítimas foi um menino de 11 anos de Urubici, que foi mordido por um rato silvestre. A morte foi no dia 7 de setembro, mas a notificação ocorreu somente no dia 20, após confirmação laboratorial. Atualmente, a vigilância epidemiológica do município monitora 36 casos suspeitos. A Secretaria de Estado de Saúde e a Fiocruz estão no município para monitorar as zoonoses. 

Os exames dos casos suspeitos são feitos no Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen), em Florianópolis. Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), no município de Urubici houve um aumento na população dos roedores silvestres dos gêneros Akodon e Oligoryzomys, que podem ter o hantavírus.

Conforme a Dive, essa situação pode estar relacionada à floração da planta taquara cará (Chusquea mimosa variação australis), que ocorreu no final do verão.

Essa vegetação se encontra dispersa em uma extensa área de Mata Atlântica, de forma que o aumento na população de roedores silvestres pode se estender para outras regiões do estado, de acordo com a Dive.

Diogo Blumer, secretário de Saúde de Urubici, confirma a presença dos roedores, mas diz que o número de focos diminuiu nos últimos dias. Como o município é essencialmente rural, os produtores estão sendo orientados continuamente sobre o risco. “Utilizamos até os meios de comunicação para orientar as pessoas da cidade,” afirma Blumer.

O que é

A hantavirose é uma zoonose viral aguda, cuja infecção em humanos, no Brasil, se apresenta na forma da Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus. Na América do Sul, foi observado importante comprometimento cardíaco, passando a ser denominada de Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH). Os hantavírus possuem como reservatórios naturais alguns roedores silvestres, que podem eliminar o vírus pela urina, saliva e fezes. Os roedores podem carregar o vírus por toda a vida sem adoecer. A infecção humana ocorre mais frequentemente pela inalação de aerossóis, formados a partir da urina, das fezes e da saliva de roedores silvestres infectados. 

Em Santa Catarina, a doença é marcada por uma alta taxa de letalidade. Em 2022, até a presente data, foram registrados cinco (05) casos confirmados de hantavirose, e dentre estes, três (03) evoluíram para óbito, o que representa uma letalidade de 60%. Os casos de hantavirose estão na sua maioria relacionados às atividades de produção em área rural, como a colheita e armazenamento de grãos, plantio, limpeza de galpões, desmatamento etc., locais onde o roedor silvestre é encontrado. 

Fatores de risco

Pescarias e acampamentos também são considerados fatores de risco para a hantavirose. Os roedores silvestres conhecidos como rato da mata e ratinho do arroz (Akodon sp e Oligoryzomys sp, respectivamente) diferenciam-se dos roedores maiores encontrados mais frequentemente em ambientes urbanos, como a ratazana e o rato de telhado. São roedores de pequeno porte (o macho adulto chega a 25 gramas), e vivem preferencialmente próximos a plantações, principalmente de grãos, mas podem também se encontrados em ambientes periurbanos. A cor da pelagem pode ser avermelhada, cinza ou até cor de terra 

Sintomas

Fase inicial

• Febre

• Mialgia

• Dor nas articulações

• Dor de cabeça

• Dor lombar

• Dor abdominal

• Náuseas, vômitos e diarreia 

OBS.: Esse quadro inespecífico dura cerca de 1 a 6 dias, podendo prolongar-se por até 15 dias, e depois regredir

Fase mais severa

• Febre

• Dificuldade de respirar

• Respiração acelerada

• Aceleração dos batimentos cardíacos

• Tosse seca

• Pressão baixa

Prevenção

A prevenção das hantavirose baseia-se na utilização de medidas que impeçam o contato do homem com os roedores silvestres e suas excretas (fezes ou urina). As medidas de controle devem conter ações que impeçam a aproximação dos roedores, como, por exemplo, roçar o terreno em volta da casa, dar destino adequado aos entulhos existentes, manter alimentos estocados em recipientes fechados e à prova de roedores, além de outras medidas que impeçam a interação entre o homem e roedores silvestres, nos locais onde é conhecida a presença desses animais.


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