Em Lages, o Banco de Alimentos faz a ligação entre produtores rurais, fruteiras, supermercados e restaurantes que doam alimentos e as entidades e pessoas carentes. O objetivo é reduzir o desperdício de alimentos na cadeia produtiva e por consequência a fome. A iniciativa contrapõe pesquisas nacionais que apontam milhões de pessoas em situação de fome no Brasil. O volume de alimentos arrecadados e doados dependente da produção dos agricultores e das doações espontâneas. Em julho de 2023, foram recebidos e doados 8.085,30 quilos de alimentos (8 toneladas). 

Entre entidades socioassistenciais e associações de moradores, o Banco de Alimentos atende 91 locais, média de cinco mil pessoas de todas as idades. Não é possível mensurar o número exato de pessoas amparadas pelo Banco de Alimentos desde sua criação até os dias de hoje. Trata-se de um dado variável, pois está submetido à demanda e à rotatividade nas próprias entidades.

São recebidos legumes, frutas e verduras variados, todos totalmente aproveitados.Tudo para deixar um prato cheio, diversificado e nutritivo. O Banco de Alimentos conta com profissional nutricionista para orientar as instituições caso necessitem de respaldo técnico sobre a melhor utilização dos produtos.

Iniciativa do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o Banco de Alimentos de Lages é mantido com recursos financeiros públicos federais e municipais, e vinculado à Secretaria Municipal da Assistência Social e à Diretoria de Segurança Alimentar e Nutricional.

Para onde vão os alimentos

Os requisitos para a distribuição de alimentos, definidas pelo Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), são os seguintes: organizações de alta complexidade;  organizações de média complexidade; organizações ofertantes de sopões ou outro tipo de refeição à população; famílias beneficiadas por programas de transferência de renda e benefícios assistenciais e, por último, associações de moradores

É preservada parcerias com o Mesa Brasil Sesc - Rede nacional de Bancos de Alimentos (Serviço Social do Comércio) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), dentre outros órgãos e, articuladamente, mantém-se um diálogo com os parceiros para garantir a segurança alimentar no município.

O poder da solidariedade

Existem duas formas de o alimento chegar ao Banco de Alimentos: Através da doação de produtos por supermercados, fruteiras, indústrias, campanhas de arrecadação e produtores rurais, e também por intermédio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que é de onde surge a maior parte dos alimentos distribuídos no Banco. O PAA, criado pelo artigo nº: 19 da Lei nº: 10.696, de 2 de julho de 2003, possui duas finalidades básicas: Promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar.