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Lages 257 anos

Neste dia 22, Lages comemora 257 anos de história

  • MSM Imagens Aéreas

É difícil comparar épocas distintas, principalmente quando envolve décadas. Mas, se no passado, no auge da extração da araucária, Lages era a capital econômica e política de Santa Catarina, atualmente, ao completar 257 anos, pode-se afirmar que o município vive uma fase positiva em várias áreas.

Quando o assunto é população, está em décimo lugar no estado, com 164.981 habitantes. A renda per capita (IBGE-2020) é de R$ 37.369,21, valor que coloca o município apenas na 148º posição estadual.

Mas quando se calcula a soma de todas as riquezas produzidas, ficamos em 12º com o total de R$ 5,9 bilhões.

Não fazemos feio também quando o assunto é saneamento básico. Temos uma das melhores taxas do Brasil em função da ativação do Complexo Araucária e da execução do Complexo Ponte Grande.

Outro destaque é a alfabetização. Segundo o IBGE, 97,3% das pessoas em idade escolar frequentam as escolas. 

Qualidade de vida também é destaque. Não somos o município mais rico do estado, mas Lages oferece diversos atendimentos na área da saúde, tanto que é considerada polo macrorregional do setor.

Vale lembrar que o município também é polo macrorregional na área da educação, com rede particular, estadual, municipal e diversas universidades presenciais e à distância.

Temos uma segurança que lembra cidades de pequeno porte. Quem é de fora se surpreende ao perceber que aqui se pode caminhar à noite em ruas e avenidas sem ser molestado. O número de assaltos é quase nulo. 

A infraestrutura urbana também é destaque. É claro que temos problemas com ruas e avenidas mal conservadas, pontos de alagamentos e de enxurradas, mas o Centro foi revitalizado tornando-se um dos mais modernos de Santa Catarina, a cidade possui boas avenidas, o Mercado Público tornou-se ponto de lazer e gastronomia e o saneamento básico avança com as obras do Complexo Ponte Grande. 


Território é gigante

Segundo o IBGE, a cidade de Lages ocupa apenas 49,26 Km², de um território com 2.637,6 Km². Ou seja, o maior município em extensão do estado tem uma vasta região para desenvolver atividades econômicas.

Os números mostram essa realidade. A pecuária, fundamentada em raças de alta qualidade, e o diversificado setor florestal, atualmente disputam a atenção com a produção de grãos.

Considerada a nova fronteira agrícola de Santa Catarina, a região de Lages ampliou a produção de trigo em 494% na safra 2021/2022. As estimativas do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) apontavam para uma colheita de 7,6 mil toneladas de trigo em 2,8 mil hectares plantados nos municípios que fazem parte dos Campos de Lages.

A pavimentação do acesso à Coxilha Rica, partindo da BR-116, em Capão Alto, em direção ao interior da localidade, que em grande parte está em Lages, era o que faltava para que o município ampliasse a produção de soja.

Segundo informações divulgadas pela Prefeitura de Lages (na época), a safra agrícola 2020 - 2021, na região da Coxilha Rica, foi maior do que a anterior, e isto se deve a uma maior regularidade de chuvas em relação à safra 2019 - 2020, e também ao aumento da área plantada. 

A Cooperativa Agropecuária do Planalto Serrano (Cooperplan) estimava uma colheita de 14 mil toneladas de grãos (milho, soja, feijão e pipoca), enquanto que a Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos (Copercampos) esperava receber na safra de verão acima de 260 mil sacos de grãos, ou seja, em torno de 20 mil toneladas de cereais produzidos por produtores da região da Coxilha Rica.

Vale lembrar que o município também se destaca na produção de cevada e lúpulo, insumos utilizados na produção de cerveja.


Breve histórico

Habitada até o século XVIII por índios caingangues e xoclengues, começou sua história com a construção da estrada ligando as províncias do Rio Grande do Sul e de São Paulo.

Em seguida, alguns colonos iniciaram fazendas de gado e de exploração de erva- mate e madeira. Isso fez surgir conflitos entre índios e colonos ocasionados pela disputa dos pinheirais.

Os pinhões de araucária e animais eram a fonte de alimento básica dos índios. Fundada em 1766 pelo bandeirante paulista Antônio Correia Pinto de Macedo, Lajes (era escrita com J) servia inicialmente como estalagem para a rota comercial entre o Rio Grande do Sul e São Paulo, principalmente na passagem do gado dos campos gaúchos para abastecer os trabalhadores da extração de ouro em Minas Gerais.

Correia Pinto batizou-a assim devido à abundância da pedra laje na região, o nome original era Nossa Senhora dos Prazeres dos Campos das Lajens.

Instituída vila pelo governador de São Paulo Luís António de Sousa Botelho Mourão, Lajes teve seu território transferido da capitania de São Paulo para a capitania de Santa Catarina, por D. João VI, em 9 de setembro de 1820. Décadas após o fim da Revolução Farroupilha, teve seu primeiro paço municipal edificado entre 1898 e 1902.


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