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Clima

Calor, temporal e geada. Tudo na mesma semana

  • Defesa Civil de Lages / Divulgação

Segundo a Epagri/Ciran entre os dias 19 e 23, o indicativo é de tempo mais seco com sol em todo o Estado

Devido ao forte calor, a tempestade com ventos de quase 100 quilômetros por hora, na segunda-feira, causou prejuízos em Lages, afetando 200 pessoas que precisaram ser socorridas pela Defesa Civil. O volume de chuva também assustou, a água invadiu várias residências. Inacreditavelmente, na madrugada de quarta-feira, no interior de São Joaquim, foi registrada geada, a segunda deste mês e a de número 142 do ano. Felizmente, a semana termina com o clima mais normal. A previsão é de temperaturas amenas, com chuvas em pontos isolados, nada de radical.

Em função da cobertura parcial de nuvens, não deve esquentar tanto no sábado e domingo. Mas com a proximidade do início do verão, a tendência é de calor. Segundo a Epagri/Ciran entre os dias 19 e 23, o indicativo é de tempo mais seco com sol em todo o Estado, com chuva isolada na Grande Florianópolis, Vale do Itajaí, Planalto Norte e Litoral Norte devido a circulação marítima. No restante do período, até o fim do mês, sol, calor e pancadas isoladas de chuva, especialmente na tarde e noite, típicas de verão (isoladas e passageiras). 


Danos à agricultura

Quem foi ao supermercado nos últimos dias já percebeu o aumento no preço de alguns alimentos, como o tomate e a cebola. É que o clima tem prejudicado essas culturas. Granizo, chuvas em excesso e estiagem prolongada estão entre os fenômenos. O engenheiro agrônomo da Climaterra, Ronaldo Coutinho do Prado, diz que precisa chover de forma regular até o final deste mês, permitindo que algumas lavouras de verão sejam salvas.

Nos últimos meses, várias culturas já foram perdidas, parcial ou totalmente. Na lista está a maçã que enfrentou granizo e frio fora de época. O volume do prejuízo ainda não foi divulgado, mas produtores alegam que a safra foi comprometida. Outras frutas, a exemplo do pêssego e ameixa estão na mesma situação. Na região, Urubici, Bom Retiro e Urupema também registram perdas.

As atenções, agora, se voltam para as culturas de verão, como a soja e o milho. Avaliando como será janeiro, Coutinho aponta a previsão de chuva, mas também não descarta geada em pontos mais altos, o que seria danoso à produção de grãos. 

 

Ano começou mal

Pode-se dizer que o agro catarinense não teve um bom ano. Em março, boletim da Epagri/Cepa apontava prejuízo de R$4,2 bilhões devido à estiagem. “A safra 2021/22 de maçã deve ser 12,4% menor do que a estimativa inicial, com produção de 581.782,3 toneladas, o que é 82.096,1 toneladas a menos do que o esperado inicialmente. As perdas financeiras com a maçã estão estimadas em R$50.283.875,3 neste momento”, explicou, naquele mês, Haroldo Tavares Elias, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa.

Segundo o mesmo boletim, houve prejuízo de R$1.8 bilhão com a soja e R$1.5 bilhão com o milho. Ou seja, caso não volte a chover regularmente, esta será a segunda safra consecutiva de prejuízos nas lavouras. Segundo Coutinho, chuvas torrenciais não ajudam, lavam a adubação e as sementes e apodrecem as mudas em desenvolvimento.


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