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Junho Violeta

Enfrentamento às violências contra pessoa idosa

O dia15 de junho foi estabelecido pela ONU como o Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência Contra a Pessoa Idosa, e é uma data de luta e alerta à população para os diversos tipos de violências contra a pessoa idosa. Esse tipo de violência vem aumentando no Brasil e no mundo.

Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos, nos primeiros três meses de 2024, a Ouvidoria Nacional recebeu um total de 42.995 denúncias de violações contra pessoas com 60 anos ou mais.

Número bem maior do que os registros do mesmo período em 2023, que totalizaram 33.546, e em 2022, com 19.764 denúncias.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), apuram que pelo menos 15,7% da população idosa está submetida a um tipo de violência.

Ou seja, 1 em cada 6 idosos sofre violência em todo o mundo. São muitos casos de denúncia e a mulher idosa é a mais atingida. Muitas dessas situações não são relatadas e denunciadas.

Especialistas apontam que na maioria das vezes o idoso tem vínculo com o agressor - geralmente filho, filha ou neto - ou medo de retaliação, por isso raramente denuncia a violência que sofre.

Entre os abusos mais comuns em 2024, O Ministério dos Direitos Humanos aponta a negligência (17,51%), a exposição de risco à saúde (14,68%), tortura psíquica (12,89%), maus tratos (12,20%) e violência patrimonial (5,72%). Esses dados mostram que a violência contra a pessoa idosa pode estar mais perto do que se imagina e deve ser combatida.

A Cáritas Diocesana de Lages, através do Projeto de Enfrentamento às Violências Contra a Pessoa Idosa, está realizando ações educativas e de conscientização sobre este tema.

“São rodas de conversa com pessoas idosas em treze territórios da cidade, distribuição de folders e materiais para a conscientização e prevenção, reuniões com a rede municipal de atendimento, visitas domiciliares à pessoas idosas em situação de vulnerabilidade social, e atendimento individualizado às quartas-feiras na sede da entidade”, comenta o advogado Luiz Gonzaga Azzi, que é um dos coordenadores do projeto, integrante do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa e também vice-presidente da Cáritas.

“A entidade mantém o Centro de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e pelo terceiro ano consecutivo vem desenvolvendo um projeto de enfrentamento à esse tipo de violência”, explica.

Em 2023 e neste ano, foram estabelecidas parcerias com a Secretaria Municipal de Assistência Social, para acessar o Fundo Municipal do Idoso. A entidade contratou uma equipe multiprofissional, integrada por uma assistente social, uma psicóloga, uma advogada e uma jornalista.

Nas rodas de conversa são realizadas dinâmicas interativas, escuta humanizada, estudo sobre as violências e formas de prevenção.

A partir das conversas, trabalha-se também o empoderamento da pessoa idosa e a melhora da autoestima. Nesses momentos, a equipe procura estabelecer vínculos com os idosos, que muitas vezes conhecem outros idosos que sofrem violência, e indicam para a equipe realizar visitas e averiguações.

Quando a assistente social e psicóloga detectam situações de violência, são feitas orientações e encaminhamentos para a rede de atendimento.

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