Toda pessoa que deseja adotar uma criança ou adolescente precisa, obrigatoriamente, passar pelo curso de preparação para se habilitar. Este é o primeiro passo dado no projeto adotivo.
Na comarca de Lages, na Serra Catarinense, 11 casais iniciaram as atividades híbridas. Com esta modalidade de encontros presenciais e online, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina é o pioneiro no país. A iniciativa alcançou, em 2023, elevado índice de aprovação dos participantes.
No primeiro encontro presencial, na última semana (2/4), a assistente social Lilian Hack Hellt e a psicóloga Mariana Brandalise falaram sobre assuntos que permeiam a adoção e esclareceram aspectos jurídicos, sociais e psicológicos que envolvem a prática. Entre os dias 8 e 24 de abril, haverá as aulas virtuais. No dia 29 ocorre o último encontro presencial para encerrar o curso.
Os casais participantes são de Lages, Anita Garibaldi e Campo Belo do Sul. Um deles já tem a experiência da adoção. Todos os demais é a primeira vez que buscam a habilitação.
“Este é um momento crucial para quem quer adotar. É agora que se fala sobre as motivações, desafios, angústias e dúvidas sobre o processo que virá”, destaca a assistente social Lilian.
A psicóloga Mariana reforça junto aos participantes diversos aspectos da questão, desde preconceitos e mitos que envolvem a prática, investimentos afetivo e financeiro necessários para a criação de um filho, até sobre a participação e receptividade dos filhos e outros familiares no projeto adotivo, entre outras questões sociais e psicológicas.
No final do curso é emitido um certificado. Na pretensão de casais, as duas pessoas precisam participar integralmente do curso.
Só com esse certificado, aliado a outros documentos, avaliação psicológica e estudo social, será possível ingressar com pedido de habilitação à adoção. Ainda é necessário que o juiz profira uma sentença habilitando o candidato a adotar.
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