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Patrick Cruz

Inter - 75 anos

  • Fom Conradi/Divulgaçã0

"E o Inter?"

Não vou usar meias-palavras: eu tenho uma tonelada de preguiça, uma caçamba e meia de má vontade quando ouço esse tipo de pergunta. É claro que isso não se aplica a todas as pessoas que fazem essa indagação. Na verdade, trata-se de manifestação bastante legítima: o Inter de Lages encerrou sua participação no estadual da primeira divisão no primeiro semestre, e depois disputou o Campeonato Catarinense sub-17. Na sequência, dadas as circunstâncias sobre as quais já se falou neste espaço - falta de recursos e necessidade de guardar os esforços para a temporada 2025, quando o clube disputará a Série B -, decidiu abrir mão de sua vaga na Copa Santa Catarina, competição que disputaria no segundo semestre.

Até que o time volte a treinar e a disputar jogos, é provável que passe por uma espécie de hibernação. É uma lástima que isso ocorra, mas esse é o quadro. Não há de nos consolar, mas é importante que se registre que essa é a triste realidade de nove em cada dez clubes do futebol brasileiro. Tenho fé de que o Internacional há de sair deste grupo de equipes com calendário indigente, mas, no momento, ele engrossa a estatística da inanição.

Sobre a colocação inicial, pensando bem, vou reformar o raciocínio: em 95% dos casos em que alguém faz a tal pergunta - "E o Inter?" -, dá vontade, isso sim, de erguer uma estátua para o indagador. Trata-se de um torcedor que está com saudade de ver o time em campo e não vê a hora de retornar ao Tio Vida para gritar gol e chamar bandeirinha de ladrão. Se o clube da nossa terra continua a despertar a ansiedade de nossos convivas, estamos bem. O clube, nem tão bem assim, vamos admitir, mas o amor está vivo - o que, nas atuais circunstâncias, não é pouco.

Há notícias apenas a conta-gotas, e é absolutamente natural que as pessoas façam perguntas para tentar descobrir algo. Vai ver - pensam esses rubros curiosos -, estamos a uma interrogação de saber a quantas anda nosso estandarte de chuteiras, nossa alma de vermelho, nosso Inter.

Fom Conradi/Divulgaçã0

Colorados, insistam: "E o Inter?" "E o Inter?"

Mas tem um tipo muito específico de autor da pergunta que se faz de interessado, mas que mal consegue esconder a desfaçatez. E por quê? Porque, no caso desses indivíduos em particular, eles tentam, com a questão, fingir interesse, mas querem, na verdade, abrir caminho para suas asneiras, que apenas resvalam na realidade dos fatos - e também para dizer que o Inter não lhes diz respeito, que não lhes cabe mover uma única e escassa palha para tentar melhorar o que hoje está ruim. "Não é problema meu", raciocinam, por assim dizer. Mas é, sim, senhor. 

E o Inter? O Inter está onde todos nós, aqueles que nos importamos com ele, estivermos. Você está realmente interessado, paisano? Que tal começar a não confundir o clube com indivíduos dos quais você desgosta? Já seria um avanço e tanto.


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