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Serra Catarinense

Produção de grãos avança em mais 600 hectares

  • Wenderson Araujo/CNA

Seguindo a tendência nacional, os produtores rurais da Serra Catarinense ampliam a produção de grãos, principalmente a de soja

Considerando-se as lavouras da região da Coxilha Rica, em Lages, Capão Alto, Campo Belo Do Sul, Cerro Negro e Anita Garibaldi a produção de grãos deve ser 3% maior em relação à safra passada. Pode parecer pouco, mas isso significa uma ampliação entre 600 e 800 hectares, ou 600 e 800 campos de futebol, para exemplificar melhor a situação. A avaliação é da Copercampos de Campo Belo, que atende esses municípios. 

O aumento segue tendência nacional. Estimativa dos técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam uma colheita de 271,2 milhões de toneladas de grãos na safra 2021/2022.

Os números também são expressivos nos municípios da Serra Catarinense citados acima.  Segundo levantamento do engenheiro agrônomo da Copercampos de Campo Belo, Vinicius Rodrigues Spiazzi, serão 675 mil sacas de 60 kg de soja consumo, 109 mil sacas de soja semente e 350 mil sacas de milho. Para a safra 2022/2023, que será colhida nos primeiros meses do próximo ano, há uma previsão de aumento das áreas de plantio de soja e diminuição de Milho. 

O mercado está em alta e há grande demanda por soja e milho. O problema é o custo de produção que também está elevado, principalmente em função do diesel e dos defensivos agrícolas, que encareceram em função da guerra entre Rússia e Ucrânia. A maioria dos insumos são importados e, desta forma, cotados em Dólar.


Solo da região é fraco

Para Vinicius Rodrigues Spiazzi a produção de grãos da Serra Catarinense poderia ser maior, mas o solo não ajuda. “O grande fator limitante da produção em nossa região ainda é a calagem, solos ácidos, pouco investimento em correção de solo e solos compactados.” A tecnologia, principalmente aplicada nas sementes, ameniza essa deficiência. “Temos inúmeras tecnologias que auxiliam no aumento da produtividade, uma delas com certeza é as novas cultivares com alto potencial produtivo. Mas para que elas expressem o seu potencial, precisam dos solos férteis e bem estruturados,” explica Vinicius. 


A força do agro

A produção agrícola e, neste caso, a de grãos, alavanca vários setores da economia. Além dos empregos diretos gerados nas lavouras, trata-se de uma atividade altamente mecanizada, com plantadeiras, colheitadeiras, pulverizadores, vagões de transporte e caminhões. 

A indústria metalmecânica investe para atender essa demanda crescente. Fábricas de tratores, implementos e máquinas fazem o mesmo. Para sair das lavouras, 100% das produções são escoadas com caminhões e essa logística, por sua vez, impulsiona todo o setor de transporte, combustíveis, manutenção de caminhões, lanchonetes e restaurantes.  


Safra de grãos deve ser superior a 271 milhões de toneladas no Brasil

Os agricultores brasileiros devem colher em torno de 271,2 milhões de toneladas de grãos na safra 2021/2022. A estimativa é dos técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e, se atingida, representará um acréscimo de quase 14,5 milhões de toneladas em comparação com o ciclo anterior.

Apesar da expectativa positiva, a produtividade do principal grão cultivado no país, a soja, foi prejudicada por condições climáticas desfavoráveis registradas em importantes regiões de plantio, como os estados do Paraná, Santa Catarina e em parte do Mato Grosso do Sul. Além disso, no Rio Grande do Sul, a estiagem derrubou à metade a produção da leguminosa.

Diante dos prejuízos registrados nessas e em outras unidades, os técnicos da Conab calculam que os sojicultores colherão cerca de 125,6 milhões de toneladas do grão – uma redução de cerca de 10% em relação à safra 2020/2021. Com isso, o estoque de passagem da safra 2020/21 passou para 8,85 milhões de toneladas e a projeção de exportação para 77,19 milhões de toneladas, das quais 66,6 milhões de toneladas já foram exportadas entre janeiro e agosto deste ano.

As estimativas constam do 12º Levantamento da Safra de Grãos. Os responsáveis pelo estudo calculam que a produção total de milho cresça 30% em relação ao resultado anterior, atingindo cerca de 113,2 milhões de toneladas. Graças, principalmente, à retomada da produtividade na segunda safra, que deve responder por algo em torno de 86,1 milhões de toneladas do total previsto. Em função do clima, a Serra Catarinense não produz a segunda-safra. 

Alta também para o estoque de passagem para o trigo em 2023, influenciado pela maior produção esperada para o cereal. A previsão é que o estoque finalize em 1,6 milhão de toneladas para a safra com ano comercial de agosto de 2022 a julho de 2023. 

Com informações da Assessoria de Imprensa da Conab


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