Por Juliana Maria

Empreendimento: Como tornar uma planta atraente depois de cinco ou dez anos

A readequação do produto após anos de planta pode ser o desafio mais difícil das construtoras. São diversas as possibilidades de um empreendimento imobiliário falhar no decorrer do projeto: problemas financeiros, litígios judiciais ou impedimentos ambientais são algumas das causas mais comuns.

Ainda incipientes no Brasil, as transações com distressed assets, isto é, esses ativos "estressados", problemáticos, configuram uma alternativa que podem ser interessantes para os players do setor imobiliário.

Um levantamento recente realizado pela Solv, unidade de negócios da Incorporadora Viver, especialista na recuperação de ativos residenciais estressados no Brasil, identificou mais de 2 mil obras paralisadas em todo o país. Uma construção inacabada acarreta prejuízos não somente financeiros, mas também ambientais, seja com a produção de entulho, desperdício de água, além de gerar grande quantidade de poluentes que afetam o ar e o solo.

Um edifício projetado há anos não possui a mesma eficiência de um pensado nos dias de hoje e precisa passar por algumas etapas antes de as obras serem retomadas. Entre elas, estão uma nova revalidação do projeto, a adequação para a legislação vigente, uma validação de alvarás para que essa obra seja retomada e a adequação às necessidades do novo consumidor, como o reuso da água, e espaços de lazer.

Ao retomar um projeto paralisado, a barreira da obra parada por muito tempo precisa ser quebrada. Diferentemente de uma incorporação tradicional, o primeiro e fundamental passo é conquistar a confiança do novo cliente e seguir com as novas vendas. Outro desafio está relacionado à adequação do produto para a realidade atual do mercado.