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Pesquisa

Iluminação Artificial aumenta produção de Lúpulo

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Iluminação Artificial aumenta produção de Lúpulo

Este é o primeiro resultado da parceria público-privada entre o Grupo Fienile, a Ambev e a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

As pesquisas do mestrando Hyan de Cásio Pierezan sobre "Suplementação Luminosa na Cultura do Lúpulo" estão sendo realizadas desde o início do ano em Lages, na Fazenda Santa Catarina da Ambev, em uma parceria do Grupo Fienile, da Ambev e da Udesc. Hyan faz as avaliações e pesquisas, a Ambev cedeu a área para fazer as avaliações e o Grupo Fienile cedeu os módulos led para que eles realizem a pesquisa sobre a suplementação luminosa. "A cultura do lúpulo é indicada em faixas de latitude de 35 a 55 graus. Como em Lages tem 27 graus de latitude, tem uma duração do dia um pouco menor do que o ideal para a cultura, então a suplementação luminosa com led vai servir para compensar a falta de luminosidade nessas regiões, em determinadas épocas de cultivo," explica Hyan. Eles suplementam a diferença necessária para a cultura completar o ciclo, entre 2 e 4 horas a mais por dia, dependendo da variedade.

As pesquisas ainda estão em curso, mas o professor Leo Rufato, PhD em Fruticultura e Fisiologia de Plantas, professor de fruticultura, viticultura e culturas alternativas (Lúpulo e Cannabis ) da Udesc já adiantou que apenas com produção luminosa conseguiram produzir de 30% a 40% a mais do que uma produção normal até agora. Ele explica que trata-se de uma tecnologia inovadora no Brasil, na qual três pontos merecem destaque: primeiro por ser uma cultura que não temos registros de longo cultivo no país, que é o Lúpulo, e a suplementação luminosa com led, que vem a ser uma novidade no Brasil tanto para o Lúpulo quanto para as outras culturas, em segundo lugar a parceria público-privada na qual o Grupo Fienile, como empresa de tecnologia privada, aposta em uma cultura nova que é o Lúpulo, com o Apoio da Ambev, e em terceiro lugar a Udesc, que é pioneira na pesquisa do cultivo de lúpulo no Brasil, uma vez que defendeu a primeira tese de doutorado na cultura de Lúpulo de todo o Brasil, e agora terá a primeira dissertação de mestrado defendida no país com suplementação luminosa. "São pontos que poucas pessoas têm a possibilidade de trabalhar, que é a parceria público-privada," comemora.


Positivos

Para Felipe Sommer, da Ambev, os resultados até agora são muito positivos. Ele verificou que após a poda da colheita deste ano (eles precisaram antecipar a colheita este ano), uma segunda safra de lúpulo se manifestou. Foi observado que a planta quis continuar o crescimento mesmo após a poda e eles creditam isso à tecnologia de suplementação luminosa. "Duas semanas após a poda já estava com o início robusto de produção de flores com ramos laterais, uma planta que tem pouquíssimo tempo de desenvolvimento e se comparar com as plantas sem suplementação luminosa, mesmo com sistema de condução montado, não apresentaram crescimento vegetativo."

A tecnologia de iluminação artificial otimiza o processo de fotossíntese da planta, complementando, inclusive, a quantidade de horas-luz necessária por dia para que a planta se desenvolva em locais nublados, onde o inverno é mais rigoroso, como o que acontece por exemplo no Sul do Brasil. A sede do grupo está em Patos de Minas, Minas Gerais, e além deste projeto em Lages, SC, a tecnologia já está presente em várias regiões do país, como a Bahia, Rio Grande do Sul e em outras cidades de Minas Gerais.

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