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Fechamento da Kimberly

Correia Pinto sofre um duro golpe

  • Depois de décadas de atividade, empresa encerra sua operação em Correia Pinto

    tissueonline.com.br / Divulgação

Sem ter o que fazer para evitar a situação, a administração pública de Correia Pinto acompanhou o fechamento da empresa Kimberly, a segunda maior quando o assunto é arrecadação municipal. Os impactos na economia já foram calculados, mas o que mais preocupa é a questão social. São cerca de 700 postos de trabalho, entre diretos e indiretos, que deixarão de existir. Para mitigar os efeitos, a empresa prometeu remanejar alguns colaboradores para outras unidades. 

Para se ter uma ideia, o município arrecada, em média, R$ 306 mil mensais com Imposto Sobre Serviço (ISS). R$ 30 mil era originado na Kimberly. Ou seja, imediatamente a prefeitura vai perder 10% da arrecadação nesta rubrica. No ICMS o impacto será de R$ 85 mil mensais, diferença que entrará na contabilidade a partir de 2022. É que o retorno deste imposto não é imediato. Os repasses por parte do Governo do Estado são feitos com base em exercícios fiscais anteriores.

Ao repassar as informações, o secretário de Administração, Maurício Rodrigues Gogacz lamenta o ocorrido. "É uma empresa multinacional. Nem prefeitura e nem Câmara de Vereadores puderam fazer alguma coisa. Era a nossa segunda maior empresa em arrecadação de impostos e os impactos serão severos na questão social."

Maurício avalia que além dos 210 colaboradores diretos, a empresa mantinha alguns terceirizados. Essas pessoas não terão mais emprego e deixarão de consumir em outros setores, como no Comércio de Serviços.

Nos últimos meses, Correia Pinto registrou a abertura de novas empresas, mas o número de empregos gerados não é suficiente para anular os efeitos do encerramento das atividades da Kimberly. "Temos ainda a pandemia. Em 2021 as administrações públicas sentirão os efeitos negativos..."

O que diz a empresa

A multinacional americana Kimberly-Clark anunciou o fechamento de sua fábrica Correia Pinto (SC), que encerrará as operações até 16 de dezembro. De acordo com a companhia, a decisão é parte de um programa de reestruturação global de três anos, anunciado em janeiro de 2018. Segundo Andrea Rolim, presidente da Kimberly-Clark no Brasil, com o programa, está sendo criada "uma estrutura mais enxuta, rápida e ágil".

"A decisão de fechar a fábrica se deve à necessidade da empresa globalmente de aumentar a eficiência e o crescimento do negócio, ao mesmo tempo em que permite investimentos em tecnologia, inovação e suas marcas", declarou a empresa, em nota, reiterando que a medida não tem relação com a pandemia de Covid-19. Andrea ressaltou, em comunicado, que as decisões estratégicas incluem o fechamento de algumas unidades fabris no mundo e investimento e expansão de outras. "É importante deixar claro que a decisão não foi tomada por nenhum motivo relacionado aos resultados do time ou de liderança da fábrica", enfatiza.

De acordo com a empresa, será oferecido aos colaboradores um pacote de desligamento, além de materiais de suporte e treinamento para facilitar a realocação profissional. A companhia também afirmou que está atuando para mapear oportunidades de realocação do maior número possível de funcionários para suas três outras fábricas, localizadas em Mogi das Cruzes, Suzano e Camaçari, bem como seu escritório corporativo localizado em São Paulo. De acordo com Andrea, até o momento, já foram identificadas cerca de 70 possibilidades de recolocação, que serão ofertadas aos colaboradores.

Os 210 trabalhadores da unidade já foram comunicados da decisão e terão um período de recesso até o próximo dia 23, "para que nesse momento, possamos trabalhar junto ao sindicato local em um pacote de indenizações e apoio a todos os colaboradores", segundo a presidente.

Fonte: tissueonline.com.br/

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