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Cervejaria União Serrana Empresário repete os passos do tataravô

A história de Juliana Marquardt Fornari e Leonardo Fornari é marcada por várias coincidências. Pode-se dizer que a paixão pela aviação promoveu o primeiro encontro, que virou namoro, casamento e o investimento em uma atividade totalmente nova, a de produção de cervejas. De origem alemã, a moça é natural de Rio dos Cedros, mesmo município de Josaphat Lenzi, tataravô de Leonardo, que há mais de um século também produziu cervejas em Lages, fato desconhecido até pouco tempo por ela. Com poucas modificações, o rótulo antigo é o mesmo que envelopa as garrafas da Cervejaria União Serrana.

Com forte sotaque, Juliana conta como tudo ocorreu até a montagem da cervejaria às margens da Avenida Dr. João Pedro Arruda, em Lages. Ela conheceu Leo, apelido como chama o marido, no hospital de Canoas, Rio Grande do Sul. É que o rapaz é piloto de avião e ela fazia o curso de comissária de voo. Eles estavam fazendo exames médicos necessários para exercer as atividades.

"Na época, eu morava em Florianópolis com um tio que também é piloto. A gente manteve contato e Leo me convidou para tomarmos um chopp. Concordei, mas disse que teria que ser logo, estava com viagem marcada para um intercâmbio em função do curso," recorda Juliana.

Assim, quando foi para Irlanda, a moça já namorava com o lageano, que a visitou na Itália. Juntos também foram para Munique, na Alemanha, onde conheceram de perto a produção de cervejas. "Quando voltei ao Brasil ele me convidou para morar com ele em Lages. Foi quando decidimos produzir cerveja de forma artesanal, motivados pelo que tínhamos visto na Alemanha. Compramos umas panelinhas e iniciamos o processo."

Os amigos aprovaram a cerveja e o pai de Leo disse que tinham que montar uma cervejaria. Foi quando ela conheceu os rótulos usados por Josaphat Lenzi da Cervejaria União Serrana. Ele era tataravô de Leo e nas imediações de onde atualmente se encontra a Facvest, produzia vinho, suco de uva, champagne e cerveja. Juliana conta que Josaphat foi processado em função do uso da marca champagne. "Ele exportava para a Europa, mas não sabemos se parou de produzir em função desse processo."

Outra coincidência, é que Josaphat Lenzi era de Rio dos Cedros, mesma cidade de Juliana. A casa em que ele morava existe até hoje e foi visitada pelo casal.


Os equipamentos

Praticamente tudo o que é utilizado na cervejaria tem forte vínculo histórico. Os equipamentos pertenciam a um empresário hungaro que montou uma cervejaria no Brasil na década de 1990. O empreendimento não deu certo. O casal descobriu as máquinas paradas e comprou. Além de vender, o mestre cervejeiro veio da Hungria, ficou um mês em Lages para orientar na produção e repassou sua receita da cerveja Pilsen.


O bar

Cada móvel do bar da cervejaria tem uma história. As mesas menores são revestidas com restos antigos de demolição retirados do piso de um apartamento, a mesa grande e extremamente pesada seria jogada fora por um empresário e a antiga porta de madeira pertencia ao prédio dos Correios.


O ônibus

Apelidado de Bier Bus, o ônibus utilizado pela cervejaria é dotado de mesas e uma chopeira. É utilizado em passeios e até em eventos. "A gente se veste de fritz e frida. Fizemos um casamento, descemos do ônibus e fizemos chopp em metro com os noivos e depois com os convidados."

Mas o veículo pertencia ao pai de Leo. Ficou 10 anos parado e foi reformado para levar os convidados do casamento de Juliana e Leo até Rio dos Cedros. "Nós mesmo reformamos. É que em Rio dos Cedros, a tradição é que os noivos e os padrinhos, após o casamento, passam pelo botecos para tomar tragos. O ônibus foi a forma que encontramos para levar todos," explica Juliana.

Com o início da cervejaria, o casal fez uma nova reforma para adaptá-lo à atividade. "Colocamos a mão na massa. Foi cansativo, mas compensador."

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