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Páscoa

Saiba como diferentes religiões comemoram a data

Páscoa cristã incorpora elementos da tradição judaica; outras religiões também adotam o período como um momento de reflexão e renovação

Cristianismo

A Páscoa Cristã é uma das festividades mais importantes para o cristianismo, pois representa a ressurreição de Jesus Cristo, o filho de Deus.

Durante os 40 dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa - período conhecido como Quaresma - os católicos se dedicam à penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz.

A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, ocasião em que as pessoas cobriam a estrada com folhas da palmeira, para comemorar a sua chegada.

A Sexta Feira Santa é o dia em que os cristãos celebram a morte de Jesus na cruz. E por fim, com a chegada do Domingo de Páscoa, os cristãos celebram a Ressurreição de Cristo e a sua primeira aparição entre os seus discípulos.

A Páscoa já era comemorada antes do surgimento do Cristianismo. Tratava-se da comemoração do povo judeu por terem sido libertados da escravidão no Egito, que durou aproximadamente 400 anos.

Segundo a Bíblia, supostamente Jesus teria participado de várias celebrações pascais. Quando tinha doze anos de idade foi levado pela primeira vez pelos seus pais, José e Maria, para comemorar a Páscoa, conforme narram algumas das histórias do Novo Testamento da Bíblia.

A mais famosa participação relatada na bíblia foi a "Última Ceia", onde Jesus e os seus discípulos fizeram a "comunhão do corpo e do sangue", simbolizados pelo pão e pelo vinho.

Judaísmo

A páscoa cristã tem a sua origem no judaísmo. A festa, celebrada pelos judeus de maneira solene, relembra a passagem do povo pelo Mar Vermelho e a libertação da escravidão no Egito.

Na Bíblia, a Páscoa aparece pela primeira vez no capítulo 12 do livro do Êxodo, dentro do contexto de vida nova. De acordo com as escrituras, a páscoa judaica acontecia como celebração familiar, de ação de graças a Deus pela passagem da escravidão.

A páscoa judaica é chamada Pessach. “Pessach, em hebraico, quer dizer passagem: a passagem de uma margem à outra do rio, de um modo de vida a outro, do estado de escravidão para a responsabilidade de sermos livres”, afirma o ex-presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Fernando Lottenberg, em comunicado.

“A narrativa é feita com o objetivo de nos convidar a tomar o lugar dos nossos antepassados e tentar entender o que passaram e viveram naquele contexto – e que escolhas fizeram. O judaísmo ancora sua tradição, simultaneamente, nas memórias do passado e no seu significado contemporâneo”, completa.

Igreja Ortodoxa

As igrejas ortodoxas celebram a Páscoa, segundo o calendário Juliano, instituído por Júlio César, no ano 46 antes de Cristo. O calendário para celebração é baseado na astronomia.

Devido a divergências sobre o assunto desde os primeiros anos do cristianismo, um concílio de bispos realizado no ano de 325 definiu que a páscoa deveria ser comemorada pelos cristão no mesmo dia. A unificação das datas vigorou até 1582, quando a Igreja Romana adotou o calendário Gregoriano, com o objetivo de fazer ajustes no ano solar.

Desde então, a celebração da páscoa pela Igreja Ortodoxa segue critérios específicos que divergem da Igreja Católica. A páscoa deve ser comemorada sempre num domingo. Em data que segue a lua cheia do equinócio da primavera no Oriente, após o dia 21 de março. Nesse sentido, ela acontece sempre após a páscoa judaica.

Espiritismo

A doutrina espírita não comemora a Páscoa, embora siga os preceitos do Evangelho de Jesus. A religião respeita a Páscoa comemorada pelos judeus e cristãos, e compartilha valores e o simbolismo da solenidade, ainda que apresente outras interpretações.

Nesse sentido, os espíritas buscam celebrar a Páscoa ao longo do ano todo com o objetivo de vivenciar a mensagem de Jesus.

A doutrina destaca a passagem bíblica de Gálatas: “Fui crucificado junto com Cristo. Já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne, vivo-a no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim”.

Islamismo

Os muçulmanos não comemoram a Páscoa da mesma forma que os católicos, uma vez que acreditam na existência de Jesus como um profeta de Deus.

Além disso, Jesus é citado em diversas passagens do Alcorão, confirmando narrativas bíblicas. No entanto, a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras) ressalta que o Islam é uma religião monoteísta, ou seja, acredita em um Deus único, e que não há nenhuma divindade além dele.

Os muçulmanos consideram o Ramadan como mês sagrado, que corresponde ao nono mês do calendário lunar. Durante os 30 dias do Ramadan, o muçulmano deve se abster de comer, beber, ter relações conjugais e de todas as más ações. O jejum deve ser feito desde a alvorada até o pôr do sol, de acordo com a tradição. O momento é considerado um método de purificação pessoal e de busca por paciência, respeito e compreensão.

Candomblé e umbanda

Religiões de matriz africana, o candomblé e a umbanda celebram a semana santa de maneira diferente dos ritos católicos.

No período da quaresma, que se inicia na Quarta-feira de Cinzas, terreiros podem interromper atividades de costume em referência ao período do Lorogun, associado ao descanso coletivo. O momento representa um tempo em que os Orixás lutam uma guerra contra o mal.

Ao término do ciclo, tem início o ano novo litúrgico.


Ovos ou música, costumes e tradições

A Páscoa é uma das festividades religiosas mais importantes do mundo, celebrada por milhões de cristãos em todo o planeta. Para os cristãos, a Páscoa representa a ressurreição de Jesus Cristo.

Além disso, a Páscoa tem um significado importante para muitas culturas, simbolizando renovação, renascimento e esperança. É um momento de união e celebração com a família e amigos, e uma oportunidade para refletir sobre a importância da vida, da fé e da comunidade.

Ao longo dos séculos, a Páscoa tem sido uma celebração culturalmente significativa, e muitas tradições únicas se desenvolveram em diferentes partes do mundo. A Páscoa é uma ocasião para celebrar as diferenças culturais e religiosas, bem como a reunião e celebração da vida.

A Semana Santa da Espanha

Semana Santa de Páscoa ou Semana Santa é uma das festas religiosas mais importantes da Espanha e é celebrada com grande entusiasmo em todo o país. Durante os dias que antecedem à Páscoa, procissões religiosas desfilam pelas ruas das cidades  espanholas, levando imagens religiosas em palanques decorados com flores, velas e músicas.

As procissões são organizadas por grupos religiosos locais conhecidos como cofradías, compostos por membros da comunidade. Cada cofradía tem sua própria figura com representações de Jesus ou da Virgem Maria, geralmente carregadas por “nazarenos“, membros da irmandade que usam túnicas de cores vivas e capuzes pontiagudos.  

A música é uma parte importante da Semana Santa, e a procissão é acompanhada por bandas que tocam música triste e solene. 

A tradição dos ovos decorados na Ucrânia

A Páscoa é uma das festas mais importantes da Ucrânia e é celebrada com muitas tradições e cerimônias. Uma das tradições mais famosas é a decoração de ovos, também conhecida como pysanky. A arte de decorar ovos tem uma longa história na Ucrânia e é uma forma única de expressão cultural. Os ovos são cuidadosamente decorados e pintados à mão com padrões tradicionais como flores, estrelas, cruzes e animais, usando  corantes naturais de várias cores. 

O processo de pintura é trabalhoso e leva horas. Os ovos são usados ​​para várias atividades, como presentes para amigos e familiares, enfeites de mesa de Páscoa e até jogos de ovos. Existe também uma crença popular de que os ovos pintados trazem boa sorte e proteção. 


Queima de Judas e a Páscoa no México

No México, as celebrações da Páscoa são uma mistura de tradições religiosas e culturais, refletidas em várias atividades e práticas durante a Semana Santa. 

Uma das  tradições mais importantes, a Semana Santa começa no Domingo de Ramos e termina no Domingo de Páscoa. Muitas pessoas participam das procissões e missas em suas igrejas locais durante a semana. As procissões acontecem em muitas cidades do México e geralmente retratam cenas da Paixão de Cristo.  

Outra tradição popular é a queima de Judas no sábado antes da Páscoa. Essa tradição envolve fazer uma figura de palha ou papel machê representando Judas Iscariotes, o traidor de Jesus. O boneco então é queimado publicamente para simbolizar a condenação pelas ações negativas. 


Itália, tradição e boa comida 

A celebração da Páscoa na Itália está profundamente enraizada na tradição religiosa católica, e muitas das atividades e práticas associadas a ela são praticadas há séculos.  

Assim como no México, por exemplo, uma das  tradições mais importantes é a Settimana Santa (Semana Santa). Nessa semana, as igrejas em todo o país realizam procissões e missas especiais em comemoração à Paixão e  Ressurreição de Cristo. 

As procissões incluem fiéis carregando estátuas pelas ruas, muitas vezes acompanhados por músicos tocando instrumentos de corda ou sopro. 

Outra importante tradição italiana é a Pasquetta (segunda-feira de Páscoa), que é um feriado nacional no qual as famílias aproveitam para fazer piqueniques ao ar livre.  Um prato típico da ocasião é a torta pasqualina, uma saborosa torta recheada com espinafre, ovos e ricota.  

Fonte: confidencecambio.com.br


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