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Literatura

Baile de Máscaras é o primeiro livro do escritor lageano Lucas Pagani

  • Lucas é jornalista e sempre sonhou em escrever um livro

    Cláudia Pavão

O suspense policial se passa em um baile de máscaras, que comemora uma formatura, em uma cidade fictícia

Um viúvo vivendo em uma cidade fictícia é procurado por uma mulher do seu passado, com o propósito de contar a ele um segredo. Mas, mesmo antes de ela conseguir revelar o que a levou de volta àquela cidade, ela é assassinada em um baile de máscaras para comemorar uma formatura. Começam as investigações e todas as pessoas da cidade têm algo a esconder. 

Com esse enredo, o jornalista e escritor lageano Lucas Pagani estreia no mercado editorial, como o livro Baile de Máscara.

Ele conversou com o Folha da Serra e contou tudo sobre esse processo de criação.

 

Folha da Serra - Como surgiu a ideia de escrever um livro?

Lucas Pagani - Se eu te disser quando surgiu a ideia de escrever um livro, eu vou estar mentindo. Ela [a ideia] é muito antiga. Faz muito tempo que eu tenho esse desejo. Sempre gostei muito de ler e sempre acreditei que em algum momento da minha vida eu ia escrever um livro, que eu estava destinado a fazer isso. Mas essa história, em específico, eu posso dizer que o primeiro embrião já tem 10 anos que está pronto.

E como surgiu a história do livro Baile de Máscaras? Qual é o assunto? 

Desde a época do ensino médio, eu tinha vontade de escrever. Algumas vezes, algum livro que eu lia, ficava impressionado e pensava: eu sou capaz de escrever algo assim, também. Eu costumo dizer que dessa história, antes nasceram os personagens. Ao longo dos anos, fui criando essas pessoas, fui conhecendo o passado delas ao ponto de me tornar tão íntimo, que pareciam pessoas reais. Eu conhecia cada um dos meus personagens. De um ano para cá, de julho do ano passado, foi quando eu sentei e decidi que essas pessoas precisavam ter as histórias contadas e entrelaçadas para que todas tenham um enredo comum.

A história do livro parte de um assassinato. É um suspense policial. Baile de Máscaras tem vários sentidos, mas o mais literal deles é que há uma festa de formatura na cidade, que é um baile de máscaras e durante esta festa, uma mulher é encontrada morta. Aí, começa a investigação para descobrir a autoria do crime e dos motivos daquele crime, mas, no fundo, essa investigação leva-se à descoberta de que todos os moradores da cidade têm segredos, todos estão escondendo alguma coisa. Então, fala-se em baile de máscara porque todos têm de ser desmascarados e revelar alguma faceta sua que estava escondida.

E este livro já está disponível nas livrarias? 

A primeira tiragem foi feita pela Editora Safira, aqui de Lages, do Érico Lang. Antes, entrei em contato com várias editoras e tentei entender como funciona esse mercado editorial. Essa publicação saiu bem rápida, mas com uma tiragem bastante tímida, para sentir como funcionava, para ir se familiarizando, entendendo como é o processo de publicação, como se distribui, como se comercializa. A recepção foi tão positiva, tem tanta gente pedindo, cobrando... Até porque, enquanto escrevia, eu ia postando nas redes sociais colocando algumas dicas, alguns spoilers. Então, essa primeira tiragem se esgotou muito rápido, mas, antes mesmo de chegar às minhas mãos, já estava negociado para sair uma segunda edição.

Essa segunda edição será pela Editora Ascenção, do Rio de Janeiro. Talvez leve alguns meses para chegar, ainda. Até porque, a pandemia [do coronavírus] atrasou tudo. Possivelmente, no fim deste ano, o livro estará disponível nas livrarias, e para venda online, tanto no formato físico quanto digital.

Lucas, fala um pouco do processo de criação deste livro.

Este é o quinto ou sexto livro que comecei a escrever. Começava e não terminava. E, até antes deste livro, meu processo de criação era no sentido de que queria escrever 'algo' e não sabia, necessariamente, o que queria contar. Então, tinha um dia de inspiração e dias depois aquilo morria e era engavetado. Cheguei à conclusão de que precisava de uma ideia bem madura antes de sentar e colocar mãos à obra.

Alguns trechos do Baile de Máscaras já vêm de muito tempo, mas poderia que o 'grosso' do livro começou a surgir em 2017, quando eu estava morando fora, em Florianópolis e, naquele ano, tive muitas ideias, vieram muitas cenas na minha cabeça e eu precisava achar uma maneira de conectá-las em uma trama comum que organizasse aquelas histórias que eu queria contar. Mesmo assim, eu ainda tinha apenas só trechos, rascunhos. A escrita, mesmo, começou em julho do ano passado. No começo, eu escrevia sem muita rotina, a qualquer hora do dia. No começo deste ano, a partir da pandemia, foi quando me organizei melhor. Até o início do ano, talvez eu tivesse três ou quatro capítulos, a partir de março veio o restante dos capítulos, totalizando 30.

A pandemia foi positiva no sentido de permitir que eu concluísse o livro. E até parece uma ironia: o livro se chama Baile de Máscara, e estamos todos de máscaras.

  Você já tem projeto para um próximo livro? 

Sim. Quando terminei de escreve, ainda fiquei um mês digerindo o fim, sonhando com os personagens, com pena de acabar a história. Eu sempre tive bem claro aonde queria chegar, mas tinha medo do medo. Ao escrever, me coloquei muito no lugar do leitor. E, isso, o Jornalismo nos ensina, para escrevermos algo que gostaríamos de ler. Eu fiz o possível e faço a promessa de não ter frustração de uma história que não faça sentido ou que não fique bem amarrada. Com o fim do processo de escrita, fiquei bem satisfeito com a história que contei.

Com relação a outro livro, tenho planos, sim. Até pela experiência de ver que as pessoas têm interesse, querem conhecer mais, e também pela experiência positiva que tive com o mercado editorial, apesar de ser difícil se inserir nele, até pelo fato de que há muitas livrarias falindo, fechando, o livro é um produto que o brasileiro considera caro; o investimento é alto. Mas tive a oportunidade de entrar em contato com pessoas super competentes e que me incentivaram, o que me deu um gás para escrever outro [livro].

Eu penso em alguns detalhes plantados, algumas sementinhas já nesse livro, podem dar origem para um segundo. Imagino que o segundo se passe na mesma cidade, que é fictícia, e alguns personagens que aqui são secundários podem ter uma história principal lá na frente.

  Então você vai continuar nessa linha de suspense? 

Penso que sim. É algo que me interessa bastante. Aquele livro que você dá uma promessa para o leitor já na primeira página e fisga o leitor prometendo uma solução.


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