O projeto tem ganhado notoriedade em outros estados do Brasil, graças ao estímulo do Sebrae e de outros parceiros

O trabalho das artesãs da Associação de Artesanato Tramatusa, de Lages, segue ganhando espaço no território brasileiro. Desta vez, as peças artesanais serão expostas no 10° Artesanato - Feira de Artesanato do Espírito Santo, em Vitória, entre os dias 25 de novembro e 4 de dezembro.

A artesã e secretária da associação, Sandra Cunha Leite, está a caminho e leva na bagagem cestas, ninhos, bolas, porta guardanapos, enfeites natalinos, entre outras peças. Todas, produzidas com a Fita Tusa, principal matéria-prima oriunda de resíduo sólido das indústrias de papel e celulose da região. 

A manutenção e expansão do trabalho das artesãs lageanas conta com o apoio direto da Prefeitura de Lages, Klabin, Federação das Associações de Artesãos do Estado de Santa Catarina - (FAPASC), e do SEBRAE/SC.

Mais sobre a matéria-prima

A matéria-prima (fita tusa) provém de rejeitos de empresas de celulose, e o descarte que antes significava um problema ao meio ambiente, agora se torna arte nas mãos das artesãs. A descoberta do material resultou no projeto que atualmente confecciona peças de artesanato e alcançou reconhecimento nacional, graças ao esforço de 23 mulheres que fazem parte da associação. “A feira em Vitória será mais uma oportunidade de continuar divulgando nacionalmente o projeto desenvolvido em Lages”, ressalta Sandra.

Associação Tramatusa

Formalizada como associação em 2013, a Tramatusa reúne desde 2006 um grupo de mulheres que se reunia para troca de experiências. Organizadas, as artesãs começaram a produzir peças decorativas com a utilização de material dispensado pela empresa Klabin, conhecido como fita tusa. Classificado como conceitual, este processo artístico ganhou força com a consultoria tanto criativa como de gestão administrativa fornecida pelo Sebrae.