Na literatura, apenas um detetive fictício se destacou tanto (ou quase tanto) quanto o Sherlock Holmes, de Arthur Conan Doyle: o investigador Hercule Poirot, que foi protagonista de cerca de 40 livros da falecida autora Agatha Christie, e chegou a aparecer nas telas de cinema várias vezes, nos anos 1970 e 1980, personificado por vários atores.

Recentemente, depois de décadas longe das telonas, ele voltou a aparecer no cinema, sob a direção e a interpretação de Kenneth Branagh (o Gilderoy Lockhart, de ‘’Harry Potter e a Câmara Secreta’’), nos remakes de ‘’Assassinato no Expresso do Oriente’’ (2017) e ‘’Morte no Nilo’’ (2022).

Agora, ele está de volta para resolver um novo mistério, em ‘’A Noite das Bruxas’’ – filme que entrou em cartaz nesta semana, nos cinemas, e que adapta o livro de mesmo nome, lançado por Agatha Christie, em 1969.

Em ‘’A Noite das Bruxas’’, uma velha amiga de Poirot (vivida por Tina Fey) contrata o detetive para tentar desmascarar uma suposta médium (interpretada por Michelle Yeoh, a mais recente vencedora do Oscar de Melhor Atriz).

Ele, então, vai até uma mansão em Veneza, para assistir a uma sessão espírita da sensitiva, encomendada por uma socialite cuja filha cometeu suicídio.

Porém, quando se vê deparado com um inesperado caso de assassinato, ele precisa utilizar toda a sua capacidade de dedução para descobrir a verdade a respeito do mistério aparentemente místico que o rodeia.

Embora siga bastante a fórmula ‘’quem matou’’ – muito utilizada nas histórias de Agatha Christie, e também por outras obras do gênero de detetive (como os recentes filmes da franquia ‘’Entre Facas e Segredos’’) – o novo caso de Poirot possui um ‘’quê’’ sobrenatural que, até então, nunca havia sido visto nos demais filmes protagonizados pelo personagem.

Por esse motivo, deve agradar tanto os fãs de filmes investigativos quanto os fãs de filmes de suspense. Resta assistir ao filme para saber se Poirot está sendo manipulado ou se o mal que ele enfrenta é, de fato, sobre-humano.