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Política

Olivete Salmória

Colombo agora quer voltar ao Senado

Embora pesquisas internas do PSD colocassem o ex-governador Raimundo Colombo entre os nomes favoritos na disputa ao governo, é sabido que internamente havia muitas resistências à sua candidatura. Foi assim, que na reunião do PSD, na última segunda-feira, para apresentar os nomes para a disputa, Colombo se antecipou e anunciou sua pré-candidatura ao Senado. Quero crer que ele sabia, desde o início, que esse seria o caminho: primeiro, pela dificuldade do partido abraçar sua candidatura e, segundo: as chances de se eleger são pequenas. De outro lado, a candidatura ao Senado é sua chance de voltar a ocupar um cargo eletivo, tendo em vista que não há nenhum nome de peso na disputa pela vaga de SC (se preencherá a vaga deixada pelo senador Dário Berger). Nesta avaliação, nem se discute a sua escolha. Interessante que, no discurso em que expôs sua decisão, fez uma mea culpa, admitindo que o partido teve aquele mal desempenho na última eleição ao governo, porque ele não preparou seu sucessor. Ou não deixou que lideranças crescessem ao seu redor para que tivessem condições de enfrentar as urnas. E muito menos honrou com o acordo feito com Luiz Henrique, de que seria a vez do PSD apoiar um emedebista para o governo. Descobriu que uma andorinha só não faz verão e muito menos uma eleição. Não esqueçamos que o ex-governador Luiz Henrique lhe fez senador e depois, duas vezes governador. Mas agora, o presidente estadual do PSD, Milton Hobus, diz que vão "fazer um time de gente capaz, com vontade de ajudar. Esse é o propósito do PSD." E esse time vai trabalhar para colocar o ex-MDB e atual membro do União Brasil, Gean Loureiro, na cadeira de governador. Elogiou o Colombo por entender que se vive um novo momento e, mesmo estando a frente nas pesquisas de intenção de votos (entre os nomes disponíveis do partido), abriu mão da candidatura em prol da unidade do PSD. Gesto, aliás, que já havia sido feito pelo prefeito de Chapecó, João Rodrigues.


"Não há dúvida que havia corrupção nas gestões anteriores. Há muitas formas de corrupção. Então, quando eu falo pra você que eu corrijo um contrato público que me traz uma economia, alguém tá desperdiçando dinheiro ou se relacionando com fornecedores preferidos. Na área do sistema prisional nós economizamos mais de R$ 100 milhões em revisão de contratos. Eu digo que tem muitas formas de corrupção e essa é uma delas, quando você tem amigos que vêm fornecer, que colocam sobrepreço. A gente tem inclusive investigações importantes sobre esses temas em andamento."

Governador Carlos Moisés, durante entrevista à rede ND na última semana


Ceron diz que a Serra tem de votar em Moisés

Dos fatos políticos das últimas semanas, o que chamou atenção foi a fala do prefeito Antonio Ceron durante a reunião dos prefeitos na Festa da Madeira, em Otacílio Costa, com a participação do governador Carlos Moisés. Disse em alto e bom som que a Serra teria de retribuir a gentileza do governador, depositando nas urnas o voto para que ele prossiga à frente da administração do estado nas eleições de outubro. De fato, especialmente Lages, não conseguiria fazer nenhuma das obras em andamento e outras já concluídas sem o auxílio de Moisés. Contudo, acredito que não diria isso se tivesse a certeza de que seu partido, o PSD, tivesse um candidato forte para confrontar Moisés. O PSD aliado ao União Brasil, acabará apoiando o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro e, certamente, esse não terá o apoio do prefeito local.


Ceron acha que a Serra tem de retribuir com o voto, o que Moisés fez pela região

Foto: Oneris Lopes / Divulgação


É preciso transformar o condomínio em loteamento

Os vereadores presentes à audiência Pública realizada na Câmara, semana passada, para discutir o complexo/condomínio Ponte Grande, apontaram de forma unânime que é necessário um amparo legal, afim de achar um caminho jurídico que possibilite a mudança de condomínio para loteamento, o que todos reconhecem como um processo difícil, lento e burocrático. Como condomínio, a prefeitura não pode realizar obras no local. A ausência de representantes da Caixa foi alvo de críticas no parlamento e o presidente da Casa Legislativa declarou que será cobrado um posicionamento. As principais reclamações por parte dos moradores foram em relação à infraestrutura do local, apontando-se as necessidades de melhorias no transporte público, na fiscalização de construções irregulares, a falta de creche, a coleta de lixo e a dificuldade em receber correspondências.


Audiência cancelada

Foi cancelada a audiência pública prevista para quinta-feira passada (05), na Câmara de Vereadores, para discussão do projeto do executivo que prevê o repasse de recursos para a Transul, como subsídio para cobrir o deficit da demanda no transporte coletivo. Valor de até R$ 300 mil por mês. A audiência foi cancelada porque o prefeito Ceron acabou retirando o projeto da Câmara. E a retirada se deve a instauração de inquérito civil público, a pedido do Ministério Público, para apurar estes mesmos repasses feitos pela prefeitura durante a pandemia.


Presença

O vereador Gerson dos Santos não compareceu ao encontro do PSD em Florianópolis, quando foram apontados os candidatos do partido a deputado estadual e federal. O motivo: está se recuperando do Covid. Mas lá esteve o vereador Ozair Coelho, Polaco, que está trabalhando intensamente pela candidatura a estadual.


Violência

Segundo o juiz Alexandre Takaschima, do início do ano até essa semana, foram solicitadas 507 medidas protetivas de mulheres vítimas de violência doméstica, somente em Lages. Isso dá praticamente quatro por dia. Não é à toa que a cidade está entre as que apresentam o maior número de feminicídios em SC. Em todo o estado esse número chega a mais de 6 mil desde o início do ano.


Impacto do piso

A diretora do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, Andreia Berto, informou que a unidade conta hoje com 52 enfermeiras e 270 técnicas em enfermagem. Se for pagar o piso da categoria, agora aprovado pelo Congresso, o impacto na folha de pagamento do hospital se elevará em mais R$ 350 mil/mês. "Acho que a classe merece ser valorizada, mas é preciso agora indicar de onde virão esses recursos de forma permanente, para que possamos arcar com essa despesa. Isso porque o hospital não consegue gerar receitas novas." Esse é mesmo um fato! Acho que agora é obrigação do Congresso, ou dos deputados que aprovaram o piso, apontarem a fonte de receita. Veja o caso dos professores: os municípios até agora não aplicaram o reajuste do piso, alegando que faltam recursos. Se pagarem irão extrapolar o índice de comprometimento da folha, o que também implica em crime de responsabilidade fiscal.


Como assim!

Na sexta-feira passada (06) a aeronave da Azul não conseguiu pousar no aeroporto regional de Correia Pinto. Aos passageiros, (estava com lotação total) foi informado que o motivo foi a neblina. O piloto tentou pousar por duas vezes e teve de arremeter e seguir para Florianópolis. Os passageiros foram conduzidos para lá para tomar outros voos. A explicação: " Uma cabeceira da pista está homologada, mas a sinalização é insuficiente e a outra, que tem visibilidade, não está homologada". Como assim! Isso ninguém havia informado antes.


Plano Diretor

O diretor de urbanismo e Planejamento, Roberto Provenzano, informou na Acil que em março foi realizada uma audiência pública para discussão do Plano Diretor, que teve como definição de resultado reivindicações de revisão de alguns itens das propostas. De acordo com Provenzano, estas propostas deverão ser encaminhadas à Câmara de Vereadores nos próximos dias.


Só duas

A vereadora Suzana Duarte (Cidadania) pediu à prefeitura que enviasse à Câmara o relatório de todas as vias pavimentadas através do Pavilages em 2021 e 2022. Isso porque, atualmente, o programa está sendo executado em apenas duas delas: as ruas Waldeck Aurélio Sampaio e Miguel de Oliveira, que são feitas por três empreiteiras.


Disponíveis à comunidade

A vereadora Katsumi Yamaguchi (Progressista) sugere a possibilidade de abertura dos ginásios e quadras das escolas para competições de times e grupos das próprias comunidades, além da disponibilização de profissionais da área esportiva para a orientação nos jogos e utilização do espaço. Nada mais justo que as comunidades também usufruam destas estruturas das escolas, pois ficam sem utilização durante os finais de semana.


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