Delegada regional apresenta panorama da criminalidade em Lages a empresários |
Oportunidade para os desempregados
No último dia 31, o setor de Comunicação da Prefeitura de Lages divulgou as 30 ações desenvolvidas no primeiro mês da administração Carmen Zanotto/Jair Junior, atacando as mais urgentes necessidades. Com exceção das ações emergenciais, como o atendimento às famílias atingidas pelo granizo, as demais são atividades que prosseguem ao longo do ano para que tenhamos um resultado efetivo. As ruas da cidade precisam de manutenção e pavimentação e isso não se resolve em um mês. Mas o que chama atenção mesmo neste primeiro mês de administração foi a disposição da prefeita em atender aqueles que lhe ajudaram a chegar ao poder: os suplentes de vereador dos partidos que compõem a aliança “Avança Lages”. A promessa de competência cedeu espaço ao pagamento de favores eleitorais. Até agora, foram mais de 30 nomeações de suplentes de vereador para os cargos de segundo e terceiro escalão. Deduzimos que todo este contingente de candidatos seja composto por desempregados. Chegamos a concluir que, com algumas exceções que conseguem agora um bico na prefeitura, a maioria se aventurou nesta campanha com o objetivo de resolver sua situação financeira. Estes integram aquele grupo de pessoas que gravitam em torno dos políticos como forma de sobrevivência. Não é à toa que se analisarmos esta lista vemos nomes que pulam de um partido para o outro, procurando sempre aquelas siglas que apresentam maior potencial eleitoral. São os chamados políticos de carreira e que a participação das campanhas são seu maior objetivo. Ao leitor, mesmo que deseje mudar o sistema ou cortar os carreiristas, se torna quase que impossível não alimentá-los, porque a listagem dos candidatos não oferece muita opção. É assim que quando aparece alguns nomes que fogem a este modelo e com algum serviço prestado, ganham votação expressiva, como é o caso da vereadora Bruna Uncini e mesmo das duas outras vereadoras que se reelegeram. Pelo menos, são profissionais que não dependem unicamente da política para viver. Sinceramente, o que eu não confio mesmo são naqueles que ficam pulando de um partido para outro e integram o contingente dos puxa-sacos que acompanham quem está no poder. Estes, estão sempre prontos a pular fora do barco assim que a situação não lhe for favorável.
“Estamos fazendo história hoje. Nossa região volta a ter um representante na Mesa Diretora depois de duas décadas. Assumo essa grande responsabilidade com a mesma disposição e comprometimento que me trouxeram aqui, em busca daquilo que é melhor para a nossa região, para o nosso estado e para a nossa gente”
Deputado estadual do Podemos, Lucas Neves ao falar de sua eleição para terceiro secretário da mesa da Alesc
Lucas integra a mesa da Alesc
O deputado estadual Lucas Neves (Podemos) foi confirmado como terceiro secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa para o biênio 2025-2026. A indicação representa a retomada da participação de um parlamentar serrano na condução da Casa após mais de 20 anos. O último deles foi do ex-deputado Sérgio Godinho, que também ocupou o mesmo cargo antes de se licenciar para assumir a Secretaria do Desenvolvimento Social, na administração Luiz Henrique da Silveira, em 2004. Apenas seis dos 40 deputados estaduais fazem parte da Mesa Diretora. Os deputados Paulinha e Camilo Martins é que fizeram a indicação de Lucas, pela cota do Podemos. Com isso, Lucas deixa a liderança da bancada, função que passa a exercer o seu colega de partido Camilo Martins.

Lucas agradeceu os companheiros de bancada que o indicaram para ocupar um cargo na mesa diretora
R$ 38 milhões de dívida a curto prazo
Pelas informações divulgadas no discurso da prefeita Carmen Zanotto, na abertura dos trabalhos da Câmara de Vereadores, os valores das dívidas da prefeitura somam R$ 38 milhões com os compromissos a curto prazo e R$ 142 milhões em dívidas a longo prazo. Embora ela tenha citado como situação caótica, isso não se constitui em nenhuma novidade, pois o próprio ex-secretário da Administração e Finança, Alexandre Martins, já havia informado os valores próximos a isso. Considerando o orçamento previsto para este ano, de R$ 936 milhões, tais dívidas não são exorbitantes. Basta lembrar que a dívida a curto prazo, em 2013, final da administração de Renatinho, era de R$ 33 milhões, com um orçamento bem inferior ao de hoje.

No discurso de abertura dos trabalhos do legislativo, na segunda-feira, a prefeita Carmen, falou das dívidas herdadas
Vice-presidente
Na sexta-feira passada aconteceu a eleição para escolha da nova diretoria da Fecam - Federação de Consórcios, Associações de Municípios e Municípios – e a prefeita de Lages, Carmen Zanotto, foi eleita como como terceira vice-presidente. A Fecam agora é presidida pelo prefeito de Florianópolis, Topázio Neto.
Melhor remuneração
Repercutiu a entrevista do presidente da Câmara, Maurício Batalha, ao falar a respeito do vale-alimentação dos vereadores. Disse ele que “o certo é que a gente remunerasse melhor os agentes políticos e tirassem os penduricalhos”. Senhor! Ainda acha que os vereadores ganham pouco: R$ 11.230,54. Isso que não têm gastos com telefone, recebem computadores, têm carro à disposição, diária, etc...
Assessor
O ex-vereador Leandro do Amendoim (PL) foi um dos últimos nomeados pela prefeita Carmen para ocupar um cargo de confiança. Está ocupando o cargo de assessor de Gestão de Agricultura, na Secretaria Municipal da Agricultura e Pesca. A época em que vendia moranguinho nas sinaleiras ficou para trás.
Obra paralisada
A obra da quadra poliesportiva do Petrópolis foi paralisada por notificação extrajudicial, por pedido do deputado Marcius Machado, mas também houve denúncia ao MPSC. A denúncia foi direcionada à obra da quadra do Bairro Petrópolis, porém, a obra da quadra da Brusque é da mesma emenda e licitada para mesma empreiteira, então houve a paralisação. Foi feita auditoria em dezembro de 2023 e constatou-se as irregularidades. As duas quadras estão sem as obras finalizadas. A empreiteira, segundo a administração anterior em informação ao MPSC, foi notificada para pagar a multa contratual. E pasmem: a mesma empresa posteriormente ganhou duas obras, uma da quadra de grama sintética no Bairro Araucária e outra no Bairro Guarujá. E nestas duas quadras, a empresa pediu aditivo de prazo de 90 dias. Segundo o deputado Marcius, "não foi feita nenhuma cláusula de impedimento contra este tipo de empresa". As duas quadras serão licitadas novamente.
Aditivos
A prefeitura publicou no Diário Oficial dos Municípios sete aditivos de contrato com as empreiteiras que estão tocando as obras de pavimentação. Estas empresas acabaram demorando na execução das obras licitadas ainda pela administração passada. Agora, para poderem concluir, tiveram de solicitar aditivo e, a prefeitura, para ver as obras concluídas, acabou concedendo os aditivos.
Em Itapema
Saulo Salustiano Ramos Neto, conhecido como Policial Ramos, foi eleito vereador pelo PP, em Itapema. Ele tem 42 anos e é de Lages. É farmacêutico e bioquímico e deixou a área da saúde quando entrou para a Polícia Militar de Santa Catarina. Ele recebeu 1.635 votos e cumpre seu primeiro mandato. Semana passada, ele prendeu dentro da Câmara um homem que estava com mandado de prisão em aberto.
PSD na direção
O deputado Júlio Garcia (PSD) foi eleito presidente da Assembleia pela quarta vez, recebendo 37 votos entre os 40 parlamentares, e confirmando o favoritismo. No comando da sessão, por ser o mais velho entre os que têm mais mandatos da Casa, o deputado Padre Pedro Baldissera (PT) confirmou a vitória do pessedista. Dos três votos que não entraram para a conta, dois não foram registrados, porque os parlamentares estavam em viagens – embora tenham se declarado a favor de Garcia. A única abstenção foi do deputado Sargento Lima (PL).
É contra
A Facisc é contra a ideia que aumenta de 513 para 531 o número de deputados federais. A entidade enviou ofícios aos parlamentares catarinenses solicitando apoio na defesa deste tema. Isso porque a Câmara dos Deputados cogita aproveitar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de atualizar a proporcionalidade de representantes a que cada estado tem direito. O principal argumento se baseia em compensar as perdas que alguns estados terão com os ajustes. A inclusão de 18 deputados federais levaria a um acréscimo de pelo menos R$ 33 milhões ao ano em despesas. Só o salário médio atual de um deputado federal é de R$ 44 mil, sem contar os benefícios.
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