Dor da alma

Histórias que a gente continua ouvindo envolvendo a pandemia, e a maior reclamação continua sendo a solidão. A dor, o sofrimento, a angústia de não ter perspectivas também têm mexido com a cabeça das pessoas. Dona Marli, prestes a completar 75 anos, enquanto aguardava por atendimento médico, desabafou, pôs pra fora sentimentos doloridos causados pela solidão, mesmo tendo familiares seus morando no mesmo terreno. Conta que na cirurgia que precisou fazer, devido a um tumor encontrado próximo do coração, foi sozinha e até hoje seus filhos e netos não ficaram sabendo da intervenção. Eles não batem à sua porta, eles não a visitam. Olhando para aquele rosto enrugado, sofrido, desmotivado, tentei confortá-la com algumas palavras, após ouvi-la repetir por várias vezes o que poderia ter feito de errado para estar naquela situação. É, dona Marli, têm perguntas que a gente se faz e não encontra respostas. O que não consigo entender é este descaso, este isolamento da família de dona Marli, que não está nem aí com a dor da sua solidão.

“Conhecer Paris foi a realização de um sonho. De onde vim, poucos diriam que seria possível. Sonhe, acredite, busque, realize.” Amandinha, ex-jogadora do Leoas da Serra, eleita por oito vezes a melhor jogadora de futsal do mundo. E Lages perdeu esta preciosidade

Reflexão

Sobre o que nos serviu o episódio eleições 2022? Nos serviu para conhecer a verdadeira face de uma boa parcela da população, uma parcela que jamais imaginei poder existir neste mundo. Serviu para separar famílias, afastar amigos de longa data. Serviu para conhecer um sentimento de ódio sem precedentes, olhares de revolta...Serviu para conhecer que estamos longe, muito longe do patriotismo que saiu às ruas para protestar o resultado de uma eleição. E como vamos recuperar nossa família? Como vamos recuperar as boas e velhas amizades? Como vamos transformar o ódio em amor, os olhares mais tênues? Como valorizar e amar novamente as cores da nossa bandeira, das quais tomaram posse? Ah, como foi dolorido, como foi triste conhecer um Brasil dividido, um Brasil que não buscou pela democracia, que não quer respeitar a escolha do povo. Meu lamento é por tudo isso e, principalmente, pelo vazio que deixou em nossos corações... Que possamos dar a volta por cima e reconquistar a nossa "Pátria amada Brasil".

Ana Learth já está no preparo de repertório para noitada de flash back que vai rolar no Jardim Elétrico – Gastro Pub, em dezembro. 

O preço

E parece que as restrições nas importunações telefônicas, usadas para controlar ligações de telemarketing, bem como a robotização, começaram a pesar num dos itens que mais preocupa a população brasileira: o desemprego. A Flex (Lages tem uma filial também), uma das maiores empresas de call center do Brasil, vai fechar uma de suas 10 unidades. E a primeira cidade a passar por isso, de acordo com anúncio feito pela sede da companhia, localizada em Florianópolis, é Xanxerê. A Flex tem unidades espalhadas pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, proporcionando mais de 11 mil empregos, onde as vagas (na sua maioria) são ocupadas por jovens.

População

Batemos a marca de oito bilhões de habitantes no mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas. Já os dados do Departamento do Censo dos Estados Unidos mostram que a China é o país mais populoso do mundo, com 1,4 bilhão de habitantes, seguido pela Índia, com 1,3 bilhão. Juntos, os dois países asiáticos têm mais de 25% da população mundial. O Brasil tem 217 milhões de habitantes, ficando no sétimo lugar da lista. É o país mais populoso da América Latina.

Passou por aqui

E eu só fiquei sabendo no último dia. Que peninha! O Refúgio do Lago foi palco do Festival Apuama. Foram cinco dias (11 a 15) de um evento que reuniu um público diferenciado e ligado ao bem viver.  Por lá rolam um montão de coisas boas, como música eletrônica psicodélica, terapias alternativas, teatro, dança, rodas de conversa, pinturas, oficinas, acampamentos... A natureza foi o palco de iniciativa que serviu também para fomentar o turismo rural da Serra Catarinense, promover o pensamento sustentável e inspirar conhecimento. Uma das convidadas, que mostrou também entender muito bem de música eletrônica (os filhos têm por quem puxar) foi a DJ Ekanta Jake. E quem é ela? Deve estar se perguntando o leitor e a leitora. Ela é a mãe do Alok e é por causa dela que a cena do Psy Trance em solo nacional segue pulsante. 

Ekanta, a mãe do Alok, se apresentou no Apuama, logo ali, no Refúgio do Lago

Curtas

*Mulheres em Evidência serão homenageadas no domingo (20) em badalado evento organizado pela colunista social, jornalista e influencer, Karla Cruz. Vai ser nas maravilhosas paisagens in natura do Cerro Azul Hotel Fazenda.

*Bacana iniciativa da Associação Lageana de Escritores, que se repete este ano. Livros que Alimentam acontece de 02 a 04 de dezembro, das 9h30 às 18h, no salão da igreja Santa Cruz. Como funciona? Você vai lá em um desses dias, leva um brinquedo ou um quilo de alimento e troca por um livro.

*A ALE está aceitando doações de livros literários para engrandecer ainda mais o Livros que Alimentam, uma vez que brinquedos e alimentos arrecadados serão distribuídos nas comunidades vulneráveis de Lages. Contato pode ser feito com Elisa, pelo Watts (49)99795157. Você com certeza deve ter alguma edição aí no canto da sua casa. Passa pra frente, será de grande utilidade.