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Enchentes

Situação na Serra Catarinense é de risco

  • Sérgio Pinheiro/Prefeitura Otacílio Costa

Como era previsto, a terceira onda de tempestades, chuva forte e vento atingiu Santa Catarina. No último levantamento da Defesa Civil, 138 municípios catarinenses já haviam registrado ocorrências em relação à chuva, com deslizamentos, alagamentos e até acidentes fatais.

Na Serra Catarinense, praticamente todas as cidades foram atingidas, mas a situação é mais séria em Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Lages, Otacílio Costa, Palmeira, Painel e Urupema que decretaram situação de emergência. 

Em Lages, a pior situação está no entorno do Rio Carahá, que atinge principalmente os bairros Habitação, Caça e Tiro e Bom Jesus. 

A secretaria de Assistência Social, da Prefeitura de Lages, administra dois abrigos com pessoas desalojadas de suas casas em função das cheias.

Um dos abrigos é o da Associação de Moradores do Bairro Caça e Tiro, onde estavam cerca de 40 pessoal. O outro abrigo foi instalado na sede do Pinheirinho, localizado às margens da BR 282 (Bairro Passo Fundo). O foco deste local é pessoal do Bairro Gethal, atingidas pelas águas do Rio Ponte Grande. 


Arrecadação de donativos

A Prefeitura tem dois locais de arrecadação de donativos às famílias que sofreram com os alagamentos de suas residências. Um deles na Praça de Artes e Esportes Unificados (CEU), em área anexa ao Ginásio Jones Minosso, e outro na Defesa Civil, no piso superior da Rodoviária Municipal. 

A coordenação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL),  também está fazendo arrecadação de doações diretamente no Calçadão central da cidade.


Em Otacílio Costa, 71 famílias deixaram suas casas

O município de Otacílio Costa, através do decreto nº 3.631/2023, declarou situação de emergência nas áreas afetadas pelas chuvas intensas dos últimos dias.

A medida, conforme aponta o prefeito Fabiano Baldessar, teve por base a ocorrência de chuvas intensas nos últimos dias, afetando a área urbana e a área rural e resultando em danos e prejuízos para o município. 

No dia em que assinou o decreto, o prefeito alertou que o Rio Canoas, estava com o nível de 7,32 metros. O agravante é que os municípios acima como, por exemplo, Bocaina do Sul e Rio Rufino, estão com o nível de 9,62 e 10 metros, respectivamente.

“Isso preocupa bastante, pois essa água vai descer pra nós, e o Rio Canoas continua subindo mesmo após as chuvas cessarem”, afirmou o prefeito otaciliense.

Realmente foi o que ocorreu. Na manhã de ontem (12), 71 famílias já haviam sido retiradas de suas casas, sendo que três estão abrigadas no Salão da Igreja São José, no Bairro Pinheiros, e cinco no salão da Igreja, no bairro Fátima.

Outras três famílias estão com os móveis depositados no barracão do Voltoline, na entrada da cidade. Já as demais famílias estão alojadas em casa de parentes. 

Duas ruas do perímetro urbano estavam interditadas, uma no Bairro Targino e a outra no Bairro Pinheiros. Nivel do Rio Canoas chegou 8,08 metros.

A preocupação está em Bocaina do Sul, onde o nível do rio ainda não para de subir, e, com as chuvas das últimas horas, a situação tende a piorar. Em Bocaina do Sul o Rio Canoas está com 10,91 metros, em Estado de Emergência.


Vale do Itajaí é região mais afetada

Subiu para 138 o número de municípios com registro de ocorrências relacionadas às fortes chuvas que atingiram Santa Catarina. De acordo com o relatório da Defesa Civil do Estado, divulgado às 18h desta quarta-feira, 11, permanecem em situação de emergência 98 cidades, a maioria delas no Vale do Itajaí.

Com os temporais que atingiram o estado entre a noite de quarta-feira e a manhã de ontem, a expectativa era de que mais regiões apresentassem problemas. 

É no Vale do Itajaí que estão os municípios de Blumenau e Rio do Sul, dois dos mais afetados pelas águas. Mas ocorrências são registradas em praticamente todas as cidades catarinenses e há previsão de chuva até domingo. 


Cuidados contra a leptospirose

Por Thiago Junkes/PML

Após intensas chuvas que inundaram a cidade, a Prefeitura de Lages, através da Secretaria Municipal de Saúde, emite um alerta para a população: a leptospirose representa um risco significativo para aqueles que estiveram em contato com a água das enchentes. Esta doença, muitas vezes negligenciada, requer atenção imediata.

Os sintomas da leptospirose podem ser enganosos, mas sua manifestação não deve ser subestimada. Aqueles que tiveram contato com a água de enxurradas devem estar atentos a sinais como febre súbita de alta intensidade, dores corporais e de cabeça, acompanhadas de inchaço e vermelhidão nos olhos, náuseas/vômitos, calafrios, alterações na frequência urinária, icterícia, sangramento anormal ou problemas no fígado.

A leptospirose é uma infecção causada pela bactéria leptospira, que é comumente encontrada na urina de ratos e outros animais.

A transmissão ocorre principalmente através do contato com água contaminada, especialmente se houver cortes ou ferimentos na pele.

Nas situações de enchentes e inundações, a urina de ratos presente nos esgotos e bueiros se mistura com a água da chuva e a lama, criando um ambiente propício para a propagação da doença.

Regina Martins, diretora de vigilância em saúde, explica: "Em momentos como esses, o risco aumenta substancialmente para qualquer pessoa que entre em contato com esses elementos contaminados."

Em caso de suspeita da doença, é fundamental procurar a Unidade Básica de Saúde ou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para avaliação médica.

A leptospirose pode ser tratada quando diagnosticada precocemente, garantindo a recuperação e a segurança dos afetados.


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