As queijarias Tobias e Maciel, produtoras de queijo artesanal serrano no município de Ponte Alta, receberam o Selo Arte em evento realizado pela Cidasc e Epagri no dia 29 de fevereiro. A entrega aconteceu na propriedade do casal José Oliveira Tobias Pereira e Fátima Aparecida Farias Pereira, proprietários da queijaria Tobias.

O Selo Arte é um certificado de identidade e qualidade que possibilita o comércio nacional de produtos alimentícios elaborados de forma artesanal. O principal requisito é que o produto e o processo sejam artesanais. Para receber o selo o produtor precisa, dentre outros fatores, contar com um serviço de inspeção implantado e comprovar a adoção de boas práticas de fabricação e agropecuárias para obtenção de matéria-prima, incluindo atenção à sanidade, à nutrição, ao manejo adequado dos animais e às boas práticas ambientais. 

Queijaria Tobias

José Oliveira Tobias Pereira e Fátima Aparecida Farias Pereira nasceram e vivem na Localidade de Cerro Verde I, em Ponte Alta, onde implantaram a queijaria Tobias. Dedicam-se à produção de gado de corte e de queijo há quase 30 anos.

A produção de queijo é uma tradição na família, que veio dos avós paternos de Fátima. Ela iniciou a atividade após o nascimento do primeiro de seus três filhos, como uma forma de aproveitar o leite que tinha disponível na propriedade.

A produção de queijo era feita na cozinha de casa, com pouco espaço. O sonho da família era ter um local próprio para fabricação. Em 2015 teve início a construção da queijaria, com financiamento do Programa SC Rural, uma política pública do governo do Estado. A queijaria tem 26 m² de área e a sala de cura tem capacidade para 200 peças de queijo.

O produto da queijaria Tobias já participou de diversos concursos e foi premiado, sendo notícia na região e em Santa Catarina. Em 2022 a queijaria recebeu o título de registro no Serviço de Inspeção Municipal (SIM), que agora se soma ao Selo Arte.

Queijaria Maciel

Idefonso Amaro Maciel e Rosa Kroth Maciel são os proprietários da queijaria que leva o sobrenome da família. Eles nasceram no Oeste de Santa Catarina e se casaram em 1994, em Campos Novos, onde moraram por 10 anos no Assentamento 30 de outubro. Em 2004 se mudaram para o Assentamento Anita Garibaldi, em Ponte Alta, onde mantém seus negócios no meio rural. 

A família começou a produzir queijo porque precisavam de uma renda. No início, o queijo era feito do leite de duas vacas, a ordenha acontecia embaixo de uma árvore e a produção era vendida de porta em porta. Com o passar do tempo, a produção foi aumentando. Há mais de 20 anos o queijo é a principal renda da família.

Foto: Queijo serrano

Crédito: Epagri / Divulgação