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Santa Catarina

Infraestrutura de transporte demanda R$ 20,3 bi até 2027

  • José Luiz Somensi/Fiesc

Para alcançar a condição de “adequada”, a infraestrutura de transporte de Santa Catarina carece de investimentos de R$ 20,3 bilhões entre 2024 e 2027. 

O valor é resultado de levantamentos realizados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e constam na 9ª edição da Agenda para a Infraestrutura de Transporte e Logística Catarinense, apresentada pela entidade em dezembro.

“São necessários R$ 5,07 bilhões por ano e é primordial que haja uma boa gestão, previsibilidade e garantia de continuidade das obras”, afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar. 

"Precisamos incrementar o aporte de recursos, especialmente para as rodovias, a exemplo do que ocorreu em 2023, quando o orçamento da União destinou R$ 1,3 bilhão para Santa Catarina, sendo que até setembro foram executados R$ 700 milhões. Isso acelerou a execução de obras importantes como as BRs 470 e 280. O desafio é garantir os recursos no orçamento federal de 2024", destaca Aguiar.

“Então, precisamos fazer um pacto pela infraestrutura com a participação dos poderes executivo e legislativo, notadamente da bancada federal catarinense, destinando recursos de emendas para que as obras não parem”, acrescenta.


Investimentos privados

Uma boa notícia trazida pela Agenda é que pouco mais da metade dos recursos necessários (R$ 11,5 bilhões) estão garantidos via investimentos privados.

O restante é de responsabilidade dos governos federal (R$ 4,94 bilhões), estadual (R$ 3,6 bilhões) e municipais (R$ 254,6 milhões).

O maior volume, de R$ 10,3 bilhões, é demandado pelo modal rodoviário. O modal aquaviário, incluindo portos, requer R$ 6,6 bilhões. O ferroviário (R$ 1,7 bilhão), dutoviário (R$ 1,04 bilhões) e aeroviário (R$ 639,2 milhões) completam a demanda.

A agenda de infraestrutura defende a necessidade de planejamento integrado e sistêmico para curto, médio e longo prazos; cita os corredores estratégicos que devem ser priorizados; apresenta a necessidade de investimentos nos diversos modais de transporte e trata da questão de política e gestão.

O capítulo final, intitulado “O dever de casa”, defende a necessidade de cada indústria realizar ações chamadas da “porta para dentro”, ou seja, implementar boas práticas na logística empresarial.


Adaptação às mudanças climáticas

A agenda também propõe um plano de adaptação às mudanças climáticas. No caso de rodovias, a sugestão é identificar pontos críticos e estabelecer rotas alternativas.

Para a situação de portos, a proposta é que o Porto de Imbituba absorva as cargas que seriam destinadas aos portos do rio Itajaí. Além disso, a Agenda defende ajustes no calado da bacia de evolução no rio Itajaí.


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