É certo, e as pessoas ligadas à empresa, assim como o próprio mensageiro, confirmam que o dinheiro era entregue ao ex-secretário do Meio Ambiente, Eroni Delfes

Desde segunda-feira (17), a desembargadora Cíntia Bittencourt Scheafer, que está à frente dos processos da Operação Mensageiro, ouve testemunhas e réus envolvidos nas denúncias. São 27 depoimentos no total. Na realidade, nenhuma das pessoas ouvidas, na segunda (17) ou na terça-feira (18) apresentou novidade, além do que já foi revelado no que se divulgou nos primeiros relatos feitos à Justiça, mesmo aqueles realizados pelos delatores. Desde os valores das propinas à forma com que era distribuída, e como o mensageiro fazia a entrega do dinheiro.

Obviamente que se o prefeito Antonio Ceron recebia ou não a propina, o dinheiro nunca seria entregue diretamente a ele. E, quando as pessoas ouvidas hoje, se referiam a isso, quando indagadas, diziam desconhecer se o dinheiro era ou não destinado a ele. E, que nunca tinham feito a entrega diretamente ao prefeito.

É certo, e as pessoas ligadas à empresa, assim como o próprio mensageiro, confirmam que o dinheiro era entregue ao ex-secretário do Meio Ambiente, Eroni Delfes – e era esse que solicitava o dinheiro – e ao Arruda. E este último recebia o dinheiro em sua própria residência.

Pontos do depoimento do dono da Serrana Engenharia

Um dos destaques durante as oitivas, foi o depoimento do empresário proprietário da Serrana Engenharia:

Teve diversos encontros com os ex-secretários arrolados no processo para discutir o pagamento de propinas, mas nunca discutiu valores com o prefeito Ceron.

Esteve com Delfes por quatro ocasiões. Em uma delas, ele pediu dinheiro para a campanha eleitoral de 2020, além de propina de R$ 200 mil para a empresa vencer a licitação.

Conhece Antonio Arruda há 20 anos e com ele teve muitas reuniões, uma delas na casa de Arruda, quando o questionou a respeito da licitação da empresa.

Antonio Ceron, Eroni Delfes e Antônio Arruda começariam os depoimentos no final da tarde de terça.