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69 anos

Serrano Tênis Clube é referência estadual

Para o presidente do Serrano, Raineri Castagna Júnior, o clube se consolidou como um dos melhores de Santa Catarina

Está em Lages um dos melhores clubes sociais de Santa Catarina. Ao completar 69 anos de existência, o Serrano Tênis Clube tem muito a comemorar. Constantemente é sede de eventos esportivos estaduais, grandes celebrações sociais e, com ampla e diversificada estrutura, promove a saúde e o bem-estar social de seus associados. 

Para o presidente do Serrano, Raineri Castagna Júnior, o clube se consolidou como um dos melhores de Santa Catarina, inclusive sendo utilizado como modelo para outros clubes do estado. “O Clube exerce grande influência no setor social e setor de esportes, movimenta a sociedade, à prática de eventos sociais e esportivos.”

Para o futuro, Raineri prospecta um grande aumento de atividades, crescimento considerável da agenda social e de eventos esportivos, campeonatos, competições, interação entre os sócios e, por consequência, crescimento e consolidação do Serrano Tênis Clube.


A história contada por quem fez parte dela

O empresário Werner Hoeschl (in memoriam) foi um dos pioneiros para a implantação do Serrano Tênis Clube. Ele deixou para seu filho, Walter Hoeschl um detalhado relato desta história, reproduzido a seguir:                                             

“Lá pelos idos do ano de 1940 a 1945 um grupo de esportistas praticava o tênis nos fundos do Clube 14 de Junho, na época presidido pelo saudoso Dr. Celso Ramos Branco. Esta quadra era de concreto, mas servia bem para o treinamento nos afeiçoados do tênis, os quais, segundo a minha memória, eram os seguintes: capitão Francisco Luz, Evaldo Amaral, Wandyck Silva, Hildemburgo Neves Burger, Dr. Sálvio Arruda, Romeu Machura e esposa, Dr. Vitor Gutierres e a minha pessoa.

Naquela época, disputamos torneio em Florianópolis, no Lira Tênis Clube, contra o Clube Barriga Verde, quando conseguimos algumas vitórias. Entre os jogadores que defendiam o clube da capital estava o tenista Humberto Beck, o qual já havia representado Santa Catarina no campeonato brasileiro.

Diversas diretorias do Clube 14 de junho foram se sucedendo e foi resolvido reformar para ampliar a sede do clube, ocupando o espaço da quadra de tênis, anulando assim a sua parte esportiva. Foi então que minha pessoa ficou encarregada de conseguir um novo local. Fiquei encantado com a antiga Chácara Becai, com suas belas pereiras e demais pés de frutíferas, sendo que as pereiras, por muitos anos ainda, estavam produzindo frutas e muita sombra para os automóveis. Esta chácara, na época, pertencia ao tenente Cícero Witze.

Após muita conversa, consegui uma opção de compra do terreno que tinha mais de 80.000m². A opção venceu em 90 dias e não consegui o numerário para pagar todo o terreno. Depois de muita conversa, ficamos com a metade da propriedade, com cerca de 40.000 m². Na época, o clube não possuía personalidade jurídica e não possuía nome para assumir qualquer responsabilidade.

De posse da metade do terreno e por meio do Batalhão, na pessoa do capitão Luz e do comandante, coronel Afonso Albuquerque Lima, conseguimos a execução de uma planta produzida pelos capitães engenheiros, a planta está aprovada por todos nós e que significou grande economia para o empreendimento.

Entre os praticantes de tênis, resolvemos dar o nome, que ficou Serrano Tênis Clube. Houve épocas em que queriam trocar o nome, mas esbarraram em nosso veemente protesto, pois o propósito principal era aliar a parte do esporte praticado e a parte social.

Aprovada por todos, foi iniciada a contratação do edifício principal. Quando já estava levantado o esqueleto, fizemos lá um churrasco beneficente, também, para reunir acionistas, quando com a grande ajuda do Sr. Aníbal Narciso.

Continuamos as obras e, naturalmente, faltou numerário. Nas aperturas financeiras recebemos sempre a ajuda espontânea dos senhores Emílio Battistela e Oscar Schweitzer, avalizando promissórias no Banco do Brasil.

Nesta época ocupava a presidência do clube o coronel Afonso, que prestava assistência através dos capitães engenheiros do Batalhão. No entanto, ele não se envolvia com a parte financeira, a qual ficou inteiramente sob a nossa responsabilidade.

Concomitantemente com a construção do prédio principal foi construída a primeira quadra de tênis, também de concreto, onde treinávamos para partidas entre nós.

De minha parte, iniciei a prática do tênis em São Paulo, quando ainda era estudante. Depois, já morando em Lages, ia constantemente a Blumenau,  onde com meu amigo Bernardo Hering íamos ao Tabajara Tênis Clube (clube de 200 sócios) jogar partidas de tênis.

Naquela época, surgiu a ideia de fazer aqui, também, um clube selecionado de proprietários, nos moldes do Tabajara. Assim ficou resolvido e começamos a venda de títulos do clube, com assinatura de promissórias que seriam cobradas através do Banco do Brasil. Toda a entrada e saída de numerários era contabilizada pelo citado banco, a fim de que houvesse transparência na movimentação financeira do clube.

Assim o Serrano foi crescendo. Diversas diretorias cumpriram diversos mandados, contaminando outros clubes com a modalidade tênis, sendo hoje em Lages mais de uma centena de tenistas, os quais disputam torneios aqui e no estado.

Em Lages, há poucos dias, foi disputado o II Campeonato Aberto de Tênis do Clube 14. Na classe A, o campeão foi Alexandre Hoeschl Valença, do Serrano, bem como na Classe C, o vice-campeão foi Lucas Zago, do Serrano e na Classe Infanto-juvenil, foi vice o tenista Lucas Zago, também do Serrano.

Para não me alongar, termino dizendo que fico feliz por contar com familiares jogando tênis juntamente com pessoas amigas que comigo conviveram neste ambiente de amizade.”

Por Walter Hoeschl 

Fotos: Acervo pessoal


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