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Legado

Morre Wilma Machado Carrilho, primeira médica e primeira vereadora de Lages

Depois de formada, em dezembro de 1956, voltou para Lages e começou a trabalhar como médica, sendo a primeira catarinense inscrita no Conselho Regional de Medicina (CRM), com o número 88

Nascida em Lages, em 21 de dezembro de 1927, Wilma Machado Carrilho morreu na manhã de domingo (4), aos 94 anos. Seu nome esteve ligado à Medicina e à política e a questões sociais, tanto na sua cidade natal, quanto fora dela.

Wilma Carrilho foi a primeira mulher a sair de Lages para fazer faculdade de Medicina, mesmo em uma época em que as mulheres eram educadas apenas para serem donas de casa. Em 1950, aos 22 anos, foi para Curitiba, onde ingressou na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Na capital paranaense, se engajou em um movimento estudantil e participou da fundação da Casa da Estudante Universitária, a qual ainda está em atividade.

Depois de formada, em dezembro de 1956, voltou para Lages e começou a trabalhar como médica, sendo a primeira catarinense inscrita no Conselho Regional de Medicina (CRM), com o número 88. Mas pai, Dr. Mário Carrilho, que era desembargador, quis que a filha também participasse da vida política da cidade. Então, em 1958, ele a inscreveu para ser vereadora, tendo conquistado com 469 votos, ficando como suplente e assumido no final da legislatura de 1959-1963. Wilma Carrilho foi a primeira mulher a assumir uma cadeira na Câmara de Vereadores de Lages.

O amor pela Medicina, não deixou que ela seguisse a carreira política. Ela clinicou por mais de 30 anos como ginecologista e obstetra, tendo trazido centenas de crianças ao mundo. Uma pesquisa feita há alguns anos, constatou que entre os anos de 1970 e 1980, doutora Wilma fez 1.392 partos e cesarianas.

Outra contribuição de Wilma Carrilho foi trazer o Clube Soroptimistas para Lages, incentivando o trabalho voluntário, especialmente de mulheres. Entre eles, o engajamento à construção do Hospital Infantil Seara do Bem, o sopão do Bairro Santa Clara, o Educandário Espírita Maria de Castro Arruda, a contribuição para a Casa Colibri, a evangelização espírita, entre tantos outros, além de lutar para que a mulher tivesse seu espaço, com igualdade de direitos.

Na manhã de domingo, a família de Wilma Carrilho comunicou a sua morte, depois de desde o dia 27 de agosto. O velório acontece no memorial Cristo Rei, bairro Santa Rita, e o sepultamento será às 10h desta segunda-feira (5), no cemitério Cruz das Almas. Dra.  Wilma deixa quatro filhos: Jorge, Rosa, Elias e Aziz e 10 netos.

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