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Curiosidade

Bairro foi construído em regime de mutirão

  • No centro do Bairro, Escola Mutirão é uma das referência da comunidade

    Ary Barbosa de Jesus Filho/Divulgação

Prefeitura de Lages mobilizou a comunidade em torno do Mutirão e o primeiro passo seria adquirir ou permutar terrenos pertencentes à Associação Hípica e à Cúria Diocesana

Em 1º de fevereiro de 1978, o então prefeito Dirceu Carneiro lançou o Projeto Mutirão para construção de casas populares, motivado pelo grande déficit habitacional do município de Lages.

Diante disto, a Prefeitura de Lages mobilizou a comunidade em torno do Mutirão e o primeiro passo seria adquirir ou permutar terrenos pertencentes à Associação Hípica e a Cúria Diocesana. Resolvido essa questão, foram selecionadas, através de cadastro socioeconômico, 700 famílias que ainda não tinham casas próprias. Os critérios para a seleção foram: maior número de filhos, cinco anos de residência em Lages, renda insuficiente para se enquadrar nos financiamentos do antigo Banco Nacional de Habitação, e dependência de aluguel.

O objetivo do Projeto Mutirão era provar que havia modo alternativo de se construir casas com a utilização de materiais recicláveis (tijolos e esquadrias retirados de demolições) e de trabalho cooperativo (ajuda mútua das famílias contempladas pelo projeto).

Os materiais de construção, em boa parte, foram arrecadados de doações, incluindo dinheiro doados e depositados em conta exclusiva para custear o projeto social. A mão de obra coletiva e voluntária teve também a ajuda de cada um dos 800 servidores públicos municipais de Lages, daquela época. Inúmeros moradores de Lages e de municípios vizinhos acreditaram na ideia do mutirão e contribuíram de várias formas.

A orientação e execução técnico-operacional do projeto e das construções ficaram sob a responsabilidade da prefeitura.

Diomédes de Jesus, servidor público aposentado, um dos primeiros moradores do Habitação, conta que uma olaria comunitária foi instalada durante a execução do Projeto Mutirão, produzindo-se 20 mil tijolos por mês. 

O que não deu certo, como havia sido planejado pelos idealizadores do Mutirão, foi o projeto do biogás (para geração do gás de cozinha) e das lagoas de decantação, através de iguapés (biodigestores), para o tratamento do esgoto sanitário.

Hoje o bairro Habitação é um dos mais desenvolvidos de Lages: possui uma Escola Municipal de Educação Básica, Creche Infantil Municipal, Unidade Básica de Saúde, Capela Mortuária, Centro Comunitário, dois campos de futebol, quadra poliesportiva, dentre outras estruturas para utilização pública.

O comércio também se desenvolve cada vez mais, havendo no bairro farmácia, padaria, casa lotérica, supermercados, salões de beleza, dentre inúmeros outros estabelecimentos.

Dados do Bairro – Total de 3.695 moradores (1862 homens e 1833 mulheres) residentes em 1.008 domicílios (Censo 2010 – IBGE); divisas territoriais: ao Norte com o bairro Universitário; a Oeste com o Bom Jesus; a Leste com o bairro da Várzea; ao Sul com o Caça e Tiro.


Nova diretoria

A diretoria da Associação de Moradores do Bairro Habitação foi empossada na quarta-feira (5). Para a presidência da entidade foi reeleito o servidor público Luiz Lima Gonçalves de Lins (Luizinho). Luizinho, que já presidia a associação, disse que acredita no trabalho e representatividade comunitária. “Estamos conscientes de que é preciso trabalhar com dedicação para que a cultura, tradição e a história da comunidade permaneça cada vez mais forte”, destaca Luizinho.

Como destaque da tradição esportiva e carnavalesca do Bairro Habitação, uma mulata vestida com as cores da Escola de Samba Protegidos de São Carlos e um atleta do Esporte Clube Guarani estarão presentes na solenidade de posse da nova diretoria da associação de moradores. 

“Nosso bairro tem raízes culturais e históricas no esporte e no carnaval, alavancas do desenvolvimento social e do reconhecimento da comunidade em nível municipal e estadual”, fala o presidente da associação.

Dentre os membros da diretoria reeleita, apenas o vice-presidente Mario Augusto de Oliveira passará a atuar a partir desta nova gestão da associação comunitária. Ou seja, ele ainda não fazia parte da diretoria.


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