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Ponte Grande

Avenida é preparada para receber asfalto

  • Mauro Maciel

Iniciado em 2011, projeto pretende melhorar o fluxo de veículos, ampliar o tratamento de esgoto e reduzir enchentes nas imediações do Bairro Guarujá

As obras do Complexo Ponte Grande, em Lages, entram em uma nova fase, a da pavimentação. O prefeito em exercício, Juliano Polese, entregou para a empresa responsável a ordem de serviço que autoriza o início das obras. O trecho em obras irá compreender 1.580,00 metros, da Avenida Presidente Vargas até a Avenida Marechal Castelo Branco. O valor do investimento (via governo Federal/Caixa Econômica Federal) é de R$ 8.580.839,47.

De acordo com Juliano Polese, a obra contemplará terraplenagem, drenagem, pavimentação asfáltica, obras complementares urbanísticas, obras de contenção e sinalização viária. O projeto prevê ainda, três pistas, com ciclovia e passeios públicos (calçadas).

Ao todo, quando houver mais recursos, o pavimento se estenderá da BR-282 até a ponte de acesso ao condomínio Ponte Grande, no Bairro Caça e Tiro. Mas o asfalto será aplicado apenas na margem direita da avenida, que interliga 13 bairros da cidade.

Custeada com recursos do Ministério das Cidades, a obra foi contratada no segundo semestre de 2011 e em mais de dez anos, enfrentou vários problemas, inclusive a desistência da empresa que venceu a licitação. O tempo passou, mas o valor de R$ 57 milhões não foi reajustado, fato que exigiu a adequação do projeto inicial, que previa saneamento básico, urbanização e pavimentação nas duas margens da avenida.

Outro entrave foi a desapropriação de imóveis construídos nas margens do rio. Cerca de 200 famílias foram remanejadas para um condomínio, construído próximo ao Bairro Caça e Tiro. “A prefeitura pretende buscar mais recursos para executar a outra margem,” afirmou  Polese em agosto do ano passado, quando foi anunciada a liberação do recurso para a pavimentação. 

Ele avaliou que se trata de uma obra cara, principalmente a parte que envolve saneamento básico e não pode mais ser vista, porque está enterrada. Todo o esgoto será encaminhado por um emissário até a unidade de tratamento no Bairro Caça e Tiro. Depois de tratada, a água é despejada no Rio Caveiras.


Nova licitação

No dia 17 de fevereiro, a Prefeitura de Lages lançará nova licitação. O objetivo será pavimentar o trecho da Avenida Castelo Branco até as proximidades do condomínio instalado nas proximidades do Bairro Caça e Tiro. Assim, ficará faltando apenas o trecho entre a Castelo Branco e a Rodovia BR-282, que depende de novos aportes financeiros por parte do Governo Federal. . 


Mobilidade urbana

Quando todo o percurso da avenida estiver pavimentado, motoristas que estão na rodovia BR-282 e precisam  entrar na cidade, terão mais uma opção além das avenidas Duque de Caxias e Corina Caon. A Ponte Grande interligará os bairros pelo interior das comunidades.

A mesma facilidade terá uma pessoa que estiver na região Sul da cidade e precisar se

deslocar até o Leste. Fará a travessia sem utilizar as avenidas Dom Pedro II ou Luiz de Camões, que já possuem trânsito intenso.


Coleta de esgoto

O emissário foi implantado com tubos de concreto com diâmetros de 700, 600 e 500 milímetros. No ponto inicial de coleta a bitola é a menor, chegando à ETE-Caça e Tiro com tubulação de 700 milímetros.

Paralelo às essas obras, são construídas seis estações elevatórias, as quais se constituem

em poços de captação dos dejetos sanitários não escoados pelo sistema de gravidade do emissário. As elevatórias são estruturadas para bombear o acúmulo de esgoto para a linha de gravidade da rede emissária e, desta forma, chegar até à ETE mais próxima, neste caso aquela instalada no Bairro Caça e Tiro, à margem do Rio Caveiras. 

Segundo o prefeito em exercício, o sistema de tratamento deve ser ativado até junho deste ano. Faltam ainda as ligações elétricas das elevatórias e a entrega e ativação da unidade de tratamento de esgoto (ETE). 


Uma das melhores de SC

O projeto do Complexo Ponte Grande foi iniciado em 2011 e deve ser concluído na atual gestão. Juliano comenta que foi uma decisão certeira do prefeito da época, Renatinho, e que essa é uma das atribuições do gestor público, trabalhar para melhorar a qualidade

de vida da população.

A maioria das cidades catarinenses não possuem 30% de esgoto tratado. Lages tinha 25%, com a ativação do Complexo Araucária passou para 50% e agora, com o Complexo Ponte Grande atinge 75% de capacidade instalada para tratar seu esgoto.

Juliano Polese faz um alerta. Explica que para o sistema funcionar, cada morador precisa fazer a ligação do seu esgoto na tubulação que passa em frente à residência. A prefeitura faz a obra principal do emissário, mas a ligação residencial é dever do cidadão.


Impacto para a população

Obra deve melhorar tráfego, combater enchentes Lages terá capacidade para tratar 75% do seu esgoto, um dos maiores percentuais de SC. Mesmo sem o asfalto, em alguns trechos, as pistas estão liberadas para o uso dos moradores. “É uma obra difícil, mas que trará grande benefício. Deve reduzir situações de enchentes, enxurradas e também os problemas de saúde causados por contaminação de esgoto à céu aberto.” explica Polese. 

Ele cita estudo da Organização Mundial de Saúde que aponta que para cada U$ 1 investido em saneamento e água, se economiza U$ 4,3 em sistemas de saúde.


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