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Crise

Grupo dono do Lages Shopping Center entra em recuperação judicial

O Portfólio Centro-Sul administra mais três centros de compras no Brasil

O grupo Portfólio Centro-Sul (PCS), dono do Lages Shopping Center, entrou em recuperação judicial. O pedido foi deferido no dia 21 de agosto, pela 1ª Vara Comercial de Belo Horizonte (MG), onde a companhia mantém a sua estrutura administrativa.

O Lages Shopping Center é o primeiro shopping instalado na Serra Catarinense, localizado ao lado do Aeroporto Federal Antônio Correia Pinto de Macedo, no bairro Guarujá, às margens da BR-282.

A estrutura conta com 22 mil m² de área construída, 8 elevadores, 6 escadas rolantes, 1.080 lugares na Praça de Alimentação e 850 vagas de estacionamento, 4 salas de cinema.

Procurada, a assessoria do shopping disse que todo o processo está sendo tratado internamente e não pode repassar informações, nem mesmo o número de funcionários que trabalham atualmente no empreendimento.


Sobre a recuperação judicial

O grupo Portfólio Centro-Sul também administra outros três shoppings: em Varginha (MG), Bragança Paulista (SP) e Taubaté (SP), todos inaugurados entre 2012 e 2016.

O pedido de recuperação judicial ocorreu após o Bradesco abrir um processo para assumir a propriedade dos imóveis onde operam os shoppings.

A construção dos empreendimentos foi financiada com linhas de crédito do banco, que tem dinheiro a receber do grupo.

Na petição inicial, o PCS diz que, caso o procedimento vá adiante, a empresa poderá ter as atividades paralisadas, resultando no fechamento dos centros de compras e demissão de funcionários, o que inviabilizaria a salvação do negócio.

No pedido, a companhia argumenta que, em função de sucessivas crises econômicas do Brasil, o crescimento dos shoppings ocorreu de forma mais lenta do que o projetado.

“A demanda pelo aluguel das lojas e faturamento dos shoppings não alcançaram as expectativas iniciais, o que gerou um desequilíbrio entre as receitas operacionais versus crescimento do saldo devedor dos financiamentos”, diz a companhia.


Dificuldades financeiras

O grupo lista ainda a Covid-19, sustentando que o setor de shoppings centers foi um dos mais atingidos pela pandemia, com operações interrompidas “de forma abrupta e inesperada”. Em paralelo, a crise sanitária resultou em aumento na inadimplência de lojistas, acrescentou.

“Em razão de particularidades das requerentes, tais como o estágio inicial de maturação dos shoppings, com menor tempo de atividade, e a estrutura de capital adotada (financiamentos), a dificuldade de recuperação se tornou ainda maior”, informa o documento.

Mesmo com a liberação das atividades sem restrições, as vendas ficaram em patamares inferiores ao período pré-pandemia, segundo o PCS. Com isso, houve descompasso entre o resultado dos shoppings e o crescimento do saldo devedor.

De acordo com informações do processo, o valor total das dívidas chega a R$ 650 milhões.

Fonte: NSC


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